Lucas Otavio Peres
Experimente amar.
É como se tua alma transcendesse e se voltasse só para o bem.
Não falo aqui de paixões, momentos especiais.
Ou amores ditos de bocas chulas que nunca souberam o que é amar.
Amar é transformar espinho em flor
É ouvir o balanço do mar ritmado na batida que o coração amado se dá
É ter esperança onde se procurava fé
Pois fé é a firme opinião de que algo é verdade
Sem qualquer tipo de prova ou critério a averiguar
Definido o amor verdadeiro assim está
Pode ser que esse amor seja recíproco, ou pode ser que seja cíclico,
Ambas são ao certo a mesma forma de amar.
Mesmo com diferentes formas de se dar,
Amar não destrói corações, mentes ou pede contrapartida.
Amar relaciona-se a alma, o sopro da vida.
O amante se deixa consumir, pelo simples fato que,
Enquanto ele vive, seu coração pulsa,
Enquanto ele pulsa, se recarrega,
E essa recarga só se dá,
Quando a “felixcidade” do amado está no ar.
E com esse circulo de amor, está pago o consumo.
Consome o amado o quanto do amante precisar.
Para isso, é claro, há uma única regra:
Ser dado direito ao amante, como já foi dito, o sorriso do amado carregar.
Mas pode ser que tudo sejam rosas, mesmo que existam espinhos,
Que todas as batidas, ondas do mar, mesmo que haja corais e rochedos a quebrar.
Dessa forma o amor cíclico deixa seu ser,
Ao uni-se a outro ciclo,
Como dois prótons, com dois elétrons a circular;
Os prótons são os corpos, dois, unidos no núcleo.
As almas? Os elétrons, fundidas em qualquer parte desse átomo chamado amor.
Que a química moderna chama-o Hélio,
Nesse caso, já não é mais possível qual alma identificar.
Dois, porque o amor recíproco é estável,
Não há espaço para mais almas,
Se assim não o for, amor deixa de ser, pois amor que é amor,
Ou se autorrecarrega com a felicidade do amado Ou equilibrado e imutável?
Imutável? Bem, há quem verdadeiramente viverá a dádiva demais de uma vez amar.
Mas há aquela alma, que no outro extremo está,
E que de ilusões, aventuras e paixões,
Morrerá sem ao amor, se elevar.
Abril de 2014, Minha Concepção de Amar.
Lucas O.Peres
“Every little thing gonna be all right”
Bob Marlei
Exagerado ou Comedido, Verdadeiro ou Falso? Prefiro Borboletas
Parafraseando Mariana Lobo, em Prefira Borboletas, “Eu sou uma menino. Eu exagero. Eu brigo. Eu subestimo. Eu penso sobre tudo. Eu sonho alto. E quando eu digo que (...) amo, eu não estou mentindo.”
Enquanto todo mundo prefere o equilíbrio, eu prefiro encarecer, ampliar, ultrapassar o socialmente necessário.
Nunca fui como todo mundo. Nem melhor, nem pior, apenas diferente.
Prudente, moderado, sóbrio, discreto, controlado, contido, ponderado, reservado; nenhuma dessas palavras combina com meu Eu. Admiro quem seja assim, mas lamento quem esteja assim.
Pode parecer um paradoxo, que se desfaz quando se aprende a diferença entre o ser e o estar, entende que suas palavras, suas ações podem indicar um estado transitório, passageiro, apenas depende dele a escolha, a busca pelo melhor caminho a seguir.
Ser remete a um estado intrínseco do indivíduo. Estar, ao padecimento de alteração, onde as convenções sociais alteram sua psique, sua individualidade e suas relações sociais.
O Colorido pode ser um exagero para quem aceita um mundo preto e branco; a adrenalina, para quem prefere a calmaria; o sonho, para quem tem sempre o pé no chão.
Prefiro ser como Dumont, quando sonhou com o avião. Como Thomas Edison, que não se conformou com a escuridão. Como Shakespeare, que não se conformou em conter a paixão.
O equilíbrio é essencial, mas não me satisfaz.
Prefiro ser essa metamorfose ambulante, a ser uma alma contida pelos preceitos sociais.
Posso me arrepender no segundo seguinte de berrar. Mas não carrego comigo o peso de me calar, de me conter, pelo que vão dizer.
Se eu nunca mais vou respirar, se eu posso até morrer de fome, ser tudo ou nunca mais, isso só eu posso sentir e dizer.
Choro Rios de lágrimas, Ligo Um milhão de vezes, Morro de Rir, Espero a Séculos.
Sim, um “hiperbolado”. Antes um exagerado verdadeiro do que um comedido frustrado.
Eu prefiro borboletas!
Em 20 de Julho de 1969, o homem chegava a lua e o médico argentino Enrique Ernesto Febbraro considerou esse momento como "um feito que demonstra que se o homem se unir com seus semelhantes, não há objetivos impossíveis".
Milhares de pessoas passarão pelas nossas vidas, centenas deixarão alguma contribuição marcante, dezenas te seguirão por algum tempo, mas apenas alguns te acompanharão para sempre.
Salve Jorge,
Salve aquele que, seguindo os desígnios e leis divinas, oferece proteção aos seus "filhos"
Salve aquele que, sempre que precisei
Ofereceu-me uma lança ou uma espada.
Salve Jorge, o Santo.
Salve Jorge, Ogum.
Jorge, o Orixá!
A ferida para ser curada, precisa ser lavada. E dói, ainda mais quando se lava com lágrimas, ao invés de água
Que nesse dia de aleluia, Cristo renasça em nossos corações e a luz se faça em nós, ressuscitando a esperança na Páscoa do Divino
Sou brisa leve, mas saliente
Permeada por gotículas de água
Que hidratam o ambiente
Dispersando a luz em prisma
E também sou vendaval,
Com gotas frias e dolorosas,
Que remexe o material e imaterial,
Bagunçando a _eco_ por cisma
Mas nem todo temporal
Vem pra atrapalhar sua vida
Alguns limpam caminhos
Revelando como a brisa é colorida