Lucas Carneiro de Oliveira
"(...)E lhe deixava a própria cabeça aberta, disposta a novas idéias, novos entendimentos. Que se ramificavam e entrelaçavam-se até se romper. E cada vez que uma nova surgia, deixava a antiga pra trás, e assim suscedia-se. E também perdia-se. Como a quem subia então degraus, num labirinto de escadas, que o deixavam cada vez mais no alto, e cada vez mais longe da realidade."
Desperto quando sinto que meu corpo, sabe a hora que seu corpo vai tocar no meu
me dizendo com seus gestos, sinais e restos, que se tornam, por se tratar do que
ainda sobrou, do que ainda resistiu, você... verdadeiramente.
Desperto quando no interior da madrugada, da minha madrugada, onde talvez eu já estivesse
dormindo se não fosse a vontade de estar com você, me mantendo acordado... acordado e também
disposto a entender que no oposto talvez esteja a perfeição. Não no oposto do que você se imagina,
mas sim do que você é.
Desperto só de olhar um raio de luz entrando pela fresta da cortina, esquentando o lugar
onde você estava e esteve até imaginar que pensamentos bons não passam de amor...e vice-versa.
Desperto ao acordar dentro do meu sonho, acreditando que ali minha imaginação me levaria a
lugares inimagináveis, lugares extradiordinários, que eu sempre quis conhecer, desvendar,
me extasiar... e acabo me surpreendendo novamente, desta vez comigo e com minhas vontades,
acabo sentado, num banco de praça, conversando comigo mesmo, me indagando porque tantas
vezes fui covarde, mas me parabenizando pelas tantas vezes que tive coragem, discutindo
porque tantas vezes deixei a oportunidade passar, apesar de tantas outras que fiz ela acontecer,
acabei dando risadas, daquelas de ficar com dor de barriga, ao ouvir novamente as piadas que um dia
contei, e felicitando-me mais ainda porque alguém as havia entendido, desesperei-me ao re
lembrar as aventuras que passei e os momentos que pensei que nada fosse dar certo, conversei
debati, discuti idéias de muitos outros assuntos, mas uma questão nem eu mesmo pude
me responder: porque eu deixei você ir embora?
Desperto ao sentir você me passar a mão entre os cabelos e me beijar, me dando bom dia e dizendo
que era um pesadelo, mas que você esteve ali o tempo todo.
Desperto ao saber que você, com seu jeito de princesa, que sempre sabe misturar perfeitamente o querer com o desejo de fazer, vai estar ali, pra mim, sempre que eu acordar.
Nem sempre agente esquece dos sonhos ... ;)
"Naquele dia cumpri rigorosamente o protocolo de um estagiário. Sorrisos pra cá, bom dia pra lá, cafézinho daqui, um "precisa de alguma coisa senhor?" acolá, e ao final do expediente completei o primeiro dia de serviço e fui embora com uma sensação melhor do que ser um inútil que é mal remunerado, a sensação de ser um inútil NÃO remunerado. Sim, eu tinha caído na conversa de que estava sendo pago com conhecimento. Mas eu não pensava assim reclamando da vida, e sim pelo lado engraçado. A vida é cômica se parar pra pensar. E cá entre nós, dá pra se rir de tudo, tudo mesmo. Mais tarde eu ia perceber que a vida é repleta de "estágios não-remunerados", só que com nomes diferentes.
Assim que descia do ônibus, eu desembarcava no ponto em frente a uma padaria em que costumeiramente eu parava pra comprar algumas carolinas, no fundo eu acho que existia algum espírito de gordo guloso dentro de mim. A balconista dessa padaria era uma mistura mal misturada de gordinha sexy com gostosa não-sexy, se é que dá pra entender isso. De toquinha branca ela me servia os dois pães, sempre dos mais branquinhos, a gosto do cliente. E nossa conversa se resumia em "Bom dia" e "obrigado", tudo bem, eu nunca ia querer pegar ela mesmo."
Você está em pé no metrô lotado. Uma pessoa quer passar, então você fica todo torto mas gentilmente cede a passagem. Porém pra sua surpresa ela não queria passar e sorrateiramente rouba o seu lugar e você fica se equilibrando que nem o michael jackson no smooth criminal só que com um pé só e de costas."
"Fui dar um rolê em um parque na hora do almoço, procurei uma grama bem confortável e deitei pra dar aquela pensada na vida e relaxar. Alguns segundos depois me chega um guardinha ofegante de bicicleta: "Ei senhor, senhor! Não pode deitar" Perguntei: "Ahh ta, não pode deitar aqui... nesse lugar?" "Na verdade não pode deitar em lugar nenhum dentro desse parque, só sentar... deitar é proibido!" Até pensei em perguntar o porque, mas desisti. Levantei e caí fora. Proibido... Deveria ser proibido eu ouvir uma babaquisse dessa."
"Restart está para o rock como cone crew está para o rap como the walking dead está para as séries como aba reta está para a moda como naldo está para água de coco como academia está para o verão como a carpa está para a tatuagem como o absurda está para os óculos como como a falta de conteúdo está para o ser humano = modinha"
"De que importa toda sua inteligência, sua cultura e soberba, se quando alguém fala você não para pra escutar?"
"Eu sou a favor da pena de morte no Brasil. E deveriam começar pelas pessoas que empacam no lado esquerdo da escada rolante."
Homens que se propõem a passar frio, fome, medo e falta de ar, escalando montanhas gigantescas e geladas durante dias, semanas até meses. Muitas vezes perdem amigos durante essas jornadas, alimentam-se mal, perdem peso, perdem tempo. (Tempo não, horas). Tudo isso com o constante pensamento de que tudo pode dar errado a qualquer momento... Aí eu te faço uma pergunta, a troco de quê? É uma ótima pergunta... Para alguns é praticamente impossível entender que, nem sempre, o troféu é o que importa, o prêmio, ou o desejo tão almejado que te faça cair em sua zona de conforto. Para alguns, na maioria das vezes, o que realmente importa é a conquista, ou o modo como foi conquistado. O caminho, o trajeto, o percurso. As dúvidas, os receios, os anseios, e finalmente as certezas. No final, que seja. Aquele frio na barriga que nos alerta sobre o risco, mas que ao mesmo tempo atiça nosso brio, dando pista de como saboroso pode ser escalar mais um objetivo. E se mais uma montanha for escalada? E se no topo houver sol, houver céu azul, houver tudo? E se não houver nada? Só gelo, frio e vazio? Não faz diferença. Existem outras montanhas a serem escaladas. Outros caminhos a serem percorridos, outros aprendizados, novos medos a serem enfrentados, novas conquistas. As escaladas sim nos ensinam. E antes de se acomodar no topo da sua montanha, pare pra pensar que ás vezes o finalmente. Ás vezes o finalengana. Ás vezes ainda não é o final. E ninguém aqui está falando de alpinistas, montanhas ou gelo. Isso é a vida.
De um amor que não tenho como retribuir. Só me cabe acreditar que, pra ela, me deixar ser amado seja o suficiente.
E de todas as fortunas eu me faria livre se pudesse em teu olhar me sentir preso, e em teus braços encurralado. Fosse por uma só noite, em que tuas pernas se enroscariam as minhas, e as nossas aos meus trapos, fosse somente enquanto se fizesse ouvir um sussurro perdido jogado ao vento. Detalhes, que em nada importariam.
Você também sabia. Aliás, soube desde quando eu te disse. Lembro que, deu pra ver pela tua cara de espanto, pelo modo como teus olhos me engoliram, apesar do descansar sereno e quase indiferente de tuas sobrancelhas, que não era exatamente o que esperava ouvir. Mas não obstante, sorriu. E como poderia esquecer? Se era como se o teu rosto se dividisse entre dia e noite. Luz e trevas. O olhar mais piedoso e o sorriso mais encorajador do mundo. Foi algo parecido com a sensação de quem pisa em uma escada rolante desligada. Eu era a sua escada naquele momento. Você se desequilibrou pra frente, segurou-se no ar e, mesmo assim, mesmo sendo nítido que a saliva na sua boca havia se tornado árida e teu ar rarefeito, continuou em mim. Andando. Já não posso mais dizer se pra cima ou pra baixo. E hoje, estamos aqui. Enrolados em lençóis que não são nossos, quebrando promessas que nunca existiram e nos perdendo em sonhos que você sabe, nunca serão realidade. É o que eu imagino que esteja fazendo, enquanto eu te olho dormir, sonhando. Á pouco tudo era mais fácil, menos consequente. Nos enrolávamos, nos afundando em nosso suor enquanto sua boca alimentava a minha, e meu cheiro te entorpecia. E era tudo mais fácil, ao que parece. Estou te olhando dormir sem roupa, enquanto me decido se, mais uma vez, simplesmente vou-me e, confirmo o que você sempre soube: Nunca serei seu. Na verdade de ninguém. Mas menos seu porque você, ao contrário de todos, me ama incondicionalmente. De um amor que me deixa de mãos atadas. Que não tenho como retribuir. Se eu cuspisse em tua cara, me olharia nos olhos e diria : "Eu te amo!". Ou se fico, e me conformo que talvez, pra você, somente me deixar ser amado já seja o suficiente.
Precisava sentir teu cheiro, me cobrir com os véus que teu aroma desenhava no ar. E você sabe, uma boa bebida se degusta com todos os sentidos, com todos os costumes e (su)posições. Enquanto te sugava, teus olhos, sempre com olheiras, revezavam entre minha boca, minha roupa e meus discos do Frankie vallie. Nunca me enganara sobre eles. Dizia serem antiquados de mais ou cheios de mofo de mais, mas tua sobrancelha esquerda me dizia o contrário, conversávamos sempre. Com teus pés também, sempre inquietos, sempre atrasados. Teus pés a parte mais apaixonada do teu corpo. Enquanto me batia, me jogava as tralhas na cabeça e me jurava eternidades escondidas atrás de um sol e uma lua, ou de um sopro em teus seios, teus pés permaneciam sem dignidade alguma enroscados aos meus, como quem diz : tá cedo, vai não...
Tão distantes da razão. Tão distantes da emoção. São só corpo. Mas a mente, mente. E mente antes de ser mente, é corpo. Voltemos a bebida antes que esfrie.
A minha xícara, como já havia me habituado, sempre tão pouco cheia, tilintava no pires e vezemquando subia até a boca pra voltar do mesmo jeito. Sem beber nada. Nem cheirar. Nem soprar. Só ouvir, aquele tilintar de olhos fechados sentindo a xícara febril esquentar meus dedos. E quando esquentava trocava de mão. E escutava o tilintar. E escutava seu pulmão controlando a respiração. Escutava tuas pálpebras abrindo e fechando, teus cabelos, aqueles da franja e os de trás da nuca suspirando com o toque da minha pele ouriçando tudo por onde passava. E levava então xícara a boca pra te deixar entrar, e descer, confortar e despertar todo o resto. E sentira que todo aquele amargo intrigante, que me lançava à realidade, já não estava mais lá. Em lugar algum. Nem no fim pensei, contrariando Newton, mas não. E eu te cuspi pra fora, pra longe, pro vento. Com toda aquela doçura remoendo em minha língua, toda aquela falta de você. Ela ainda persistia em te caçar em minha boca, ainda anseiava por você no meio daquele conto-de-fim-de-ano-qualquer. Quando notei que você continuara como sempre foi: Penetrante, quente. E nem poderia ser diferente. E continuava sim, me despertando. Todo esse açúcar era a minha boca, enjoativa. Causava náuseas. Mas você não, continuava amarga, encorpada, gostosa, e principalmente: Sem açúcar. Perfeita. E eu com a cara mais lavada do mundo te pedi:
- Me serve mais uma xícara de você, por favor?
"Tens um olhar lindo enquanto dança, não pude deixar de notar. Teus olhos funcionavam como meu eixo. Por mais que tudo girasse, se desencontrasse e se perdesse, meus olhos não queriam perder os teus. Não podiam. Não deviam. "
Sabe o que é mais gostoso do que um abraço? Esse simples pesar do meu corpo contra o teu. Sem carícias, sem afagos, só meu corpo pesando sobre o teu, enquanto esvazio de uma forma sutil e quase desapercebida o ar dos teus pulmões, inúteis por sinal, quando o que respiras sou eu, não oxigênio. Só meu corpo pesando contra o teu e deixando a gravidade unir o que já não sabe mais ficar separado.
E o sol nasceu de novo,
em tantos outros lugares.
Iluminou tantas paisagens,
tantos sorrisos, tantos olhares.
E toda essa luz, toda essa energia do bem,
a fez sorrir também.
E o sol coitado, ficou assustado
por ver algo tão radiante,
algo que mais do que ele brilhasse,
de um modo como nunca se viu.
E, mesmo sem entender ao certo,
deixou o orgulho de lado
e se rendeu conformado.
Que talvez não seria só dele essa função,
de os rostos tirar da escuridão.
E por seu sorriso deixou-se apaixonar.
E, no fim das contas,
por ela também sentiu-se iluminado,
e como um bobo, sorriu despreocupado.
Lembrou-se quando aquele velho esquecido
Não esquecido por ser da escória,
Era apenas mais um velho esquecido da memória,
Lhe deu uma idéia sem pé nem cabeça,
Mas pensando bem, quem sabe,
Por ser algo tão demente, aconteça.
Disse: mocinha, percebe que tudo a sua volta,
Quando você se solta,
Parece não existir do lado de fora,
Mas sim do lado de dentro?
Tal pergunta a fez calar, e pensar por um momento.
E se vivesse de tal forma, desvairada e intensa,
Inconsequente e divertida, que não pudesse saber,
Nem com reza braba ou macumba encardida,
Se vive um sonho ou realidade?
O que é mentira ou o que é verdade?
E ela, que não fugia da raia, e nem perdia uma briga,
Daquele dia em diante, tomou a loucura desse velho
Como seu trilho. Içou as velas e se lançou.
E respondia sempre, ah eu me arrumo,
Quando alguém lhe perguntasse:
Mas menina, qual o teu rumo?
E todo dia era assim, As flores pareciam lhe dar bom dia,
E o seu gato, por todos os deuses do céu e do inferno, lhe Sorria.
Estava perdida. E era tão bom não se encontrar.
Não se achar. E era como ser um daqueles dentes-de-leão
Soprados pelo vento, só voando.
Foda-se o depois.
E se o depois estiver acompanhado do passado,
Foda -se os dois.
Agora ela é a garota do momento,
Sendo conduzida pelo vento.
Nao sabia mais ao certo o que era sonho.
Nao sabia mais se o mundo real era quando da cama caia,
E os olhos abria, ou se quando se deitava,
E os olhos cerrava. Mas sorria. Só sorria.
Nos olhávamos secamente. O olhar de duas almas desgatadas por sentimentos brandos, suores sem sal e cafés expresso. Porém, pela primeira vez, foi como se não nos olhássemos com os olhos, mas com o que há no fundo obscuro deles. Seria isso uma janela da alma, esta já tão enjoada de rótulos, de pretextos e mesmisses, ou apenas mais uma cavidade repleta de sangue, músculos e toda essa coisa qual a única finalidade é apodrecer?
Ele trazia um certo peso, uma certa tristeza estreitamente doce no olhar, que ao primeiro choque, a intrigou. Nem conquista, nem asco, e com certeza muito longe de desinteresse. Ela carregava uma beleza não estereotipada, e essa primeira impressão desceu suavemente pela sua garganta deixando seu gosto por onde passava. Lábios, boca, bochechas, gengivas, língua, garganta. Como um bom vinho. E alí, mesmo que de relance, mesmo antes de se tocarem, ele sentia que já a devorava, já a consumia e a fodia.
E pela janela do nosso quarto a água caía fina e desaritmada. E uma gota, intrusa, pequena e incessante pingava na nossa cama. Tarde demais pra perceber, tarde demais pra arrumar ou se importar. Não incomoda. Mas também não deixa em paz. Era a natureza cuspindo sua indiferença sobre nós. E nos fazendo lembrar quem existe pra quem. E sabe, não é de todo ruim ser insignificante. Talvez não viremos filmes de cinema, e talvez depois de nossa morte não sejamos lembrados pela humanidade. Mas você se importa? Pensei. Enquanto havia a colocado deitada, já sem roupa, e desenhava com minha barba em seu corpo como um andarilho qualquer que vai sem pressa nenhuma de chegar a lugar algum. Suspeitei que não se importasse, pelo modo como suas covinhas pareciam estar pintadas à mão em seu rosto, e nesta hora, pensei quão bom foi não estragar tudo dizendo algo ruim. Nem dizendo algo bom, ou dizendo qualquer coisa. Se o fizesse talvez não escutasse a sua respiração e perderia o ritmo do seu coração batendo prensado contra o meu.
E enquanto estávamos ali, brindando a nossa insignificância, o resto do mundo continuava girando, ignorando por completo aquelas duas almas de olhares desgastados, vivendo em épocas de amores brandos, suores sem sal e cafés expresso. E as gotas, naquele quarto, naquela cama, por sua vez, continuaram pingando exatamente do mesmo jeito. Porém, não mais só de chuva.
Toda vez que tento me definir, percebo que descrevo o que já fui, e não o que sou. Porque talvez, o que sou, eu saiba somente quando não mais o ser.
Por que andas olhando sem ternura, respirando sem fartura e de tudo tão cansada? Pra que tanta preocupação, meu bem? Se nesse eterno vai-vém, o balanço desse nosso louco navio no (a)mar é nossa unica certeza?
Não faz sentido querer dar tudo que recebeu, nem querer de volta tudo aquilo que deu. A vida é uma balança naturalmente desregulada e tentar apertar seus parafusos é o caminho mais curto à insanidade
À beira de um abismo chamado "Pra sempre", nos encaravamos. A tensão fazia os cantos dos lábios tremerem, como que querendo sorrir timidamente, causava também aquela já conhecida falta de força nas pernas, a secura na garganta. Não sabiamos qual dos dois se estraçalharia no chão primeiro. Nem se algum de nós aprenderia a voar. Mas algo fazia nossos dois corpos quererem estar juntos inconscientemente, talvez pelo universo que se criava entre nossos estômagos toda vez que eles se encostavam.
E esse passo, um único passo, de um em direção ao outro, foi inevitável. Um mergulho no vazio. A queda era tão rápida que aquele doce e intenso vento batendo forte contra o nossos cabelos, contra nosso rosto, colocaria forçadamente um sorriso estampado nos lábios mais desolados. Mas no nosso caso não foi preciso. E enquanto nos olhavamos mutuamente, eu me perguntava qual dos nossos sorrisos deu vida ao outro.
E durante a nossa queda, era impossível não se questionar quão louco é esse lugar chamado "pra sempre". Um lugar inabitável. Não é um horizonte alcançável que possa ser avistado quando se ergue a cabeça, ou um destino no fundo de um precipício. Muito menos um momento já vivido, guardado ou esquecido.
Se me perguntassem agora, o que é o "pra sempre", se é um lugar, um percurso, ou uma utopia, eu não saberia. Mas acredito que está mais próximo de ser o modo como você sorri livre e gostosamente, não se importando onde esse abismo vai terminar. E sem qualquer ajuda daquele vento doce e intenso que colocaria um sorriso arreganhado no mais sisudo dos rostos.