Luana Ghisolfi
Roubo
Garota tiraram sua inocência,
Mesmo com o seu “não”.
Destruíram sua vida,
Não tiveram pena nem compaixão.
Se apossaram de você, querida
Bateram na porta e entraram
Mesmo você não permitindo.
E aconteceu.
De novo e de novo.
Ninguém via.
Ou apenas finga.
Ele era silêncio,
Você o puro medo.
Quanto mais rápido acabasse
Mas perto estava os braços da irmã.
Garota tiraram sua inocência,
Mesmo com o seu “não”.
Destruíram seu brilho,
A sua alma…
Talvez você ainda esteja por aí,
Flutuando por onde sempre quis.
Talvez um dia eu te veja novamente,
Com sua calça jeans e um sorriso sacana.
Talvez tenha se perdido em si mesmo,
E esteja correndo com o vento.
Ou talvez tenha parado no espaço,
Esperando que as estrelas venham-lhe buscar.
Sou o que eu quiser.
Mesmo com todas as incertezas de hoje,
E os medos de amanhã.
Sou parte do vento e da terra.
Sou bela como a lua.
Sou escuridão e luz.
Perdição e refúgio.
Sou o que quiser ser.
Que a água possa levar tudo de mau,
Que ela leve as dores e as angústias.
Que ela percorra seu corpo,
E mostre sua beleza
Envolva sua alma,
E transborde-a.
Na areia da vida deixo pegadas.
Um lembrete que passei por ali.
Agora a água vem e leva.
Leva com ela todos os rastros que deixei.
Que serão eternos,
Eternos enquanto lembrados.
Olho para o lado e vejo alguém que nunca vou me tornar.
Olha para cima e imploro.
Me viro para frente e recuo, desisto e fujo.
Corro para trás, volto para aquilo que nunca vou deixar de ser.
A garota insegura, quebrada e fraca que sei que sou.
Aumento o volume, fecho os olhos e tento me distrair. Mas ainda vejo e ouço você. É como um filme, um que não tem fim. As músicas felizes estão rodando no meu celular, mas quem diz que estou ouvindo realmente? A cada vez meu peito se aperta mais. Mas quem se importa não é mesmo? Se estou bem ou não? Se você me deixou destruída ou não?
Sei que é bobo sofrer por isso, mas é mais forte que eu. Posso lutar e lutar, mas quando acho que tenho uma barreira firme, um simples ato destrói tudo. Me faz virar cacos e mais cacos de nada. Não adianta, ninguém pode me salvar.
Ninguém...
Ninguém...
NINGUÉM.