Letícia Nogara
Não há começo, nem fim. Deve-se plantar amor infinito, e sempre com um pé na necessidade de existir o mal. Nem amor puro é saudável. E é isso que faz a existência ser interminável: a busca do equilíbrio.
A escuridão apareceu, e além do horizonte eu sentia que tinha algo mais pra mim viver. Tenho um caminho, mas não sei qual deles escolher. Tenho uma meta, mas não sei se vou conseguir alcançar. Parece-me que de novo estou sem foco, mas dessa vez, to conseguindo voltar a ver de novo. Queria ter alguém ajudando a me guiar, mas parece que as pessoas fogem de mim. As cores lá fora, me fazem ver que tudo é possível. E nem mesmo as piores coisas do mundo vão me abalar, pois eu sei que eu vou conseguir passar por tudo, nem que aconteça o pior. Eu vou tentar.
Eu acredito no amor. No amor que sentimos pela vida, o quanto estamos insatisfeitos com o mundo e o quanto alguns se esforçam pra fazê-lo sempre melhor. Amor entre os nossos irmãos de sangue e irmãos que escolhemos, o que pode adormecer com a distância, mas continua existindo. Acho que não preciso nem comentar sobre o amor de pais por filhos, que a grandeza e força não se comparam à coisa alguma. O amor dos cães pelos seus donos. Amor na família. Amor pelas pessoas. Amor à arte. Amor a nós mesmos. Amor ao nosso corpo. Nós movimentamos o amor e o amor modela o cosmo. Então, se for pra falar de amor, fale de amor, e não de romances adolescentes frustrados.
Muita gente chora por amor, pensando que o chorar vai fazer as pessoas terem pena e a amarem. Só existe pena, apenas.
Dentro de nós a uma coisa que chamamos de medo, e dentro do medo há um amor guardado, que ainda não se revelou.
Estou dando um passo a frente, só tenho medo de cair e de me esquecer. Mas enquanto escrevo descobrirei minha identidade. Não sei como começar, não sei como continuar ou se vou parar, mas quando escrevo, meus sentimentos fluem sem destino. As coisas não são tão fáceis assim, penso, logo choro. Escuto, logo reflito, sigo e logo caio. As coisas realmente não são tão fáceis assim. Pensar requer cérebro e bons pensamentos, e isso é uma coisa que ainda está se desenvolvendo dentro de mim. Assim como a minha capacidade de perceber e acreditar que um dia vou ficar marcada nesse mundo. Enquanto uns observam, outros falam, alguns pensam e acreditam... eu sinto.
Quando paro pra pensar, olhos as pessoas á minha volta e percebo o quanto temos menos da vida, sem ao menos temos vivido. O quanto precisamos de amor, mesmo nunca termos amado. O medo é uma vontade não realizada. E o amor, é um sentimento insaciável. Uma espécie de necessidade que todos nós temos. O medo nasce com a gente, e o amor também. Mas a diferença é que temos que aprender que o medo nem sempre é algo normal. E a perceber a importância do amor e nunca deixá-lo, literalmente. O medo nos faz fracos, e ao mesmo tempo corajosos. Acredito que sentir medo é ter coragem. Enfrentamos o medo e com o tic tac do relógio, o perdemos. E isso é viver. Já amar é flutuar em um céu infinito, e não saber onde se vau chegar. O amor se revela em nosso olhar, isso já faz parte do nosso ser, da nossa vida. É assim, se perca, tendo medo de não se encontrar. E se encontre sem medo de se amar.
Somente quem ama, sabe a sensação de estar preso em algo que querendo ou não, nos domina. Somente quem ama, sabe como o coração se prende, como ele ama, como ele se apaixona, e somente quem ama, sabe a dor de não ser amado.
Você realmente não sabe como é estar no meu lugar. Ninguém nunca saberá como estar no seu lugar. Amor, dor, ódio, orgulho, frases soltas dentro de uma mente. Loucura, paz, bem estar. Palavras repetitivas dentro de uma cabeça. Eu. Olhos perdidos dentro de um ser. Você. Palavras, frases, e olhos perdidos em você. E depois de amor, dor, ódio, orgulho, paz e bem estar só existem sentimentos guardados dentro de mim.
O que tem por trás daqueles olhos? Algo inimaginável. Imagino a dor escondida entre o ser e o amar. A paz daqueles olhos me deixam em paz. As palavras fluem sem destino, como um pássaro selvagem. A alegria vem com a aurora da noite. E então o que será que aqueles olhos escondem? Um segredo que teme? Um amor proibido? A paz ou a guerra? Imagino algo que não consigo explicar. Imagino esses olhos, os seus olhos de encontro ao meu, e no mesmo momento meu corpo treme.
Naquela floresta escura, eu encontrei a minha calmaria. Era tarde, estava frio. E eu nem notei. Escorada naquela árvore, olhei para o céu, e alua era a única coisa que eu via por entre as árvores. De repente, em um vento repentino, eu não estava mais bem. Sofria, amava, chorava, angustiava, humilhava, e perdida comecei a tremer, a ouvir ruídos estranhos e então, fechei meus olhos. Havia algo na minha frente, e com medo, não via nada. Parecia que haviam colocado cola em meus olhos. Só uma coisa passava na minha mente naquele momento: "Vai Passar...". E Não passou. Estava tonta e algo me puxou, ainda de olhos fechados, eu andava sem destino, sendo guiada por esse estranho. E sem se quer uma palavra, e só um silencio. Ele me abraçou, e eu nunca mais me encontrei.
Todos os sons da noite se calaram, exceto o som das folhas... A porta seguia seu trajeto lentamento em direção a parede, ela bateu. Fiquei exatamente onde estava, no chão. Chorei, pois meu coração estava quebrado, e eu tinha necessidade disso. Não, meu coração estava completamente partido. Depois de algum tempo, as cigarras fizeram seu som apaixonado. Fiquei em pé. Andei em direção a porta, eu estava tremendo, e então eu parei. Sem eu sequer notar, lágrimas começaram a descer do meu rosto. Fui até a janela, e lá fora, a luz da lua iluminava a rua deserta. E sem ao menos esperar, a luz me deixou tonta... Fui ao chão. E então fechei meus olhos, e apertei-os com força, e fiz meu último desejo...
Eu acho que você devia olhar para si mesmo, como ela olha. Olhe para a vida dela. Com certeza você encontrará algo além do que você jamais viu. E algo que tenha um toque de magia e esperteza, assim como você tem, ela também tem. Ela acha que é capaz, bem, ela tem uma vida que ela não acha NADA normal, e essas coisas acho que não acontecem com todo mundo. Ou será que acontecem? Fico olhando pra ela, e tentando a entender. Eu gosto dela. Gosto muito dela.
Estou tentando começar com algo mais real. Bem real. E esse realismo ta tomando tanta conta que, ela que tanto digo, sou eu.
O amor é a parte mais linda de nós, não é descrito somente como uma parte, mas, é no amor que encontramos tudo. E nem sempre conseguimos nos encontrar.
Quando me pedem quem é você, eu digo que você é minha outra metade, e que só sou completa quando você está aqui.
Eu sinto pena de você, pessoa que não consegue viver sozinha, que vive de mentiras, que acha que fazendo certas coisas vai se sentir menos incompleta, mas não, só vai se sentir mais sozinha e vazia.
Sinto pena de você, sinto pena por acreditar em momentos que já tiveram fim, e mesmo assim, insiste em acreditar que tudo vai continuar bem, tudo legal, tudo ótimo. Acabou.
Eu sinto pena de você, que acha que deve sentir pena dos outros, que foje dos seus problemas, que engana a si mesma, que cria sentimentos pra que as pessoas se prendam a você, que se faz de vítima quando não aguenta suportar uma verdade, que acha que não conhece ninguém e ninguém merece sua confiança, mas não, você não conhece nem a si mesma, e não, nem confia em si mesma.
Sinto pena de você, que ás vezes sorria para esconder uma lágrima e chora para esconder uma aparente felicidade. Você sempre percebe o quão insensata é essa atitude, mas por pena de si mesma insiste em agir com tamanha insegurança.
Eu sinto pena de você que pensa que as pessoas te amam demais e você as magoa pra se achar um fardo, pensa que você que ama, mas não, você não ama nem a si mesma. Você que precisa de tanto esforço pra conseguir sorrir.
Sinto pena por olhar com olhos tão inocentes para as coisas mais inimagináveis do mundo e mesmo assim desacreditar da sua própria vida.
Que inconsequente, que mutável, que imatura!
Sinto pena de você, por amar com tanta intensidade, por se machucar tanto com coisas que nem deviam fazer lágrimas jorarem do seu rosto. Eu sei o quanto você é triste. Não me pergunte como, mas seus olhos, eles nem brilham mais.
Um dia você vai se olhar no espelho e ver que o amor é que faz a vida, e que sua vida é uma mentira. Sinta pena de si mesma.
Palavras minha boca se esqueceu de dizer. Toques de amor, toques de carinho e só solidão esteve aqui. O brilho nos olhos sumiu. Uma confusão dentro de mim surgiu. Amores sofridos, falados, sonhados, realizados, esquecidos, amados... O amor o vento trouxe. E a confiança se instalou dentro dos olhos daqueles que nunca amaram. Surgiu então, todos os outros sentimentos. Angústias, emoções, tristeza, carinho, lágrimas, sofrimento e com o sofrimento o amor foi esquecido. Passaram a acreditar que ele não existia mais. E quanto mais o tempo passava, mais forte o sofrimento e a consequencia dele surgia, era apenas o amor escondido entre todos os outros males. O amor o vento trouxe, o amor o vento levou. Fora esquecido por muitos, lembrados por poucos. E sentidos por todos. O vento nos dá dúvidas. Acreditamos. Amor o vento só nos deixa sentir, sentimos... não sentimos. O vento vai e volta. Mas e o amor? Embora com idas e vindas. Sempre esteve aqui.
Perguntaram-me se o objeto do meu desejo era lindo... O que eu posso responder? É uma beleza simples que se torna tão diferente entre os outros, uma beleza que me seduz de tal maneira que me faz perder completamente a cabeça. Uma beleza agradável a meu espírito, tão belo que me encanta de certa maneira desconhecida até agora pra mim. Agradável a todos , todos os meus sentidos - que quando está perto perdem o equilíbrio, o controle. Reúne todas as qualidades positivas cabíveis, talvez atinja o mais alto grau em minha escala de valores, é completo. Ele não é lindo, é perfeito.
Gosto quando as pessoas dizem que gostam do que eu escrevo. Ás vezes alguns dizem que se identificam. Eu gosto. Mesmo que ás vezes o que eu escreva não tenha sentido, sinto que tem sentido pra alguém que talvez eu nem conheça.
Impossível é uma coisa que por fatos extraordinários não está ao nosso alcance. Tudo é possível, mas há coisas que dizemos que são impossíveis, por não estarem ao nosso alcance. Sempre tento me contentar e fazer o possível. Mas sempre tem um gostinho do impossível no meu pensamento. Eu sei o quanto algumas coisas são impossíveis. Mas mesmo assim, continuo a amar o impossível. O impossível tem um gostinho doce, pelo qual não consigo parar de provar.
Sobre dúvidas e incertezas, a dor se escondeu por entre meus olhos. Não achei que passaria, mas o escuro me parecia um bom lugar para ficar. As incertezas me cercam. E no decorrer de um dia chuvoso me veio a mente, que somos tão dependentes da dor, que quando estamos felizes… sempre inventamos outra desculpa.