Leticia Bergallo
Não me venha com esse papo de que não devo defender animais irracionais, para defender humanos. Sempre protegi humanos também. Talvez não com tanta veemência, porque, afinal, eles já têm seus semelhantes que fazem isso como ninguém. Mas, de fato, agora, não mais protejo os desumanos. Porque agora sei reconhecê-los. Entre eles, está você, que fica aí me criticando enquanto podia usar seu tempo, fazendo alguma coisa útil por quem reivindica minha consciência.
Você faz parte da 'cadeia' alimentar ? É assim que justifica seu hábito de alimentar-se de outras vidas ? Eu ? Não! Obrigada! Já passei dessa fase! Hoje em dia uso minha capacidade de PENSAR e faço parte da LIBERDADE DE VIVER!
Queridos papai e mamãe! Se vocês tiverem entre seus filhos algum que não gosta de comer bichinhos, não pense que é "sandice". Talvez seja uma visão do mundo diferente daquela a que vocês estão acostumados. Permitam que seus filhos sejam diferentes daquilo que vocês planejaram. Respeitem seus sentimentos e escolhas. Procurem informações sobre o vegetarianismo e o veganismo. É sim, possível que ele cresça saudável, tendo hábitos diferentes dos milenares. E, certamente, ele será muito mais feliz, tendo a certeza de que seus pais o amam, mas o amor de verdade, aquele que ajuda a construir um ser humano no caminho da liberdade consciente.
Se, por lei, os animais são tutelados pelo Estado, por que temos que lutar TANTO para que sejam respeitados ?
Não sei o que teria sido de mim, se tivesse continuado a acreditar cegamente em tudo aquilo que me ensinaram. Talvez tivesse, por exemplo, continuado a 'adorar' churrasco. Sem, nem ao menos saber o que, realmente, isso significava.
O Amor...
Amor, tortuosa trilha...
Que brilha no semblante da alma
Doce e cruel armadilha,
Calmante que agita e acalma.
Amor, coisa que não tem porquê...
E se tem, não faz diferença...
Só precisa de um "eu", de um "você",
Sem importar raça ou crença.
Amor, é quando o sempre vira agora,
É quando o agora é para sempre.
Amor é nunca ir embora...
É amar eternamente...
Francamente, não concordo em chamar o homem de animal. Porque se o homem, realmente, honrasse sua animalidade, usaria a tal da razão, da qual tanto se orgulha, para ser um pouco melhor com seus irmãos irracionais.
Xingamentos ?
Cachorro! Vaca! Jumento! Cavalo! Burro! Veado! Animal!
Essas são expressões usadas no intuito de ofender, diminuir ou discriminar pessoas. Não! Na verdade, são expressões sagradas, que só deveriam ser usadas para justamente o contrário, pois os animais fazem parte da natureza. São co-habitantes do nosso mundo. São nossos auxiliadores evolutivos. Muitos deles têm suas vidas sacrificadas, em prol da condição humana. Muitas vezes, não só da condição, como da CRUELDADE.
Está na hora de repensarmos sobre a maneira com que nos dirigimos a certos atos desumanos. Muitos se referem a tais atos, como "animalescos". Mas os animais não são cruéis e não cometem crimes. Seguem seu instinto de sobrevivência e auto-preservação. Respeitam a cadeia alimentar proposta por sua natureza desprovida de consciência. Protegem suas famílias muito melhor do que a maioria dos seres "humanos". Alguns deles protegem seus donos humanos, com a própria vida, se for preciso. Outros, lançam seu suor em trabalhos pesados e realizam tarefas que os humanos, sem sua ajuda, jamais conseguiriam.
Animais não cometem crimes. Então, por que, tantas vezes, o ser humano chama de ANIMAl, um outro ser humano que cometeu alguma barbaridade ?
A consciência (capacidade de pensar e modificar a realidade e o destino - o próprio e o do planeta), é uma dádiva dada somente ao ser humano, justamente a ele, que não sabe aproveitá-la com AMOR.
Por isso, trago uma reflexão e peço a todos que falam que criminosos são animais, que mudem a expressão. Chamem criminosos de MONSTROS! Refiram-se a barbaridades como MONSTRUOSIDADES.
Compreendo que igualar um ser capaz de cometer qualquer atrocidade a nós mesmos, é muito degradante. Apesar de tudo, nossa condição humana ainda conta com bons corações. No entanto, não se justifica que degrademos o animal, dando a ele o status de culpado das barbaridades cometidas por seres "humanos".
Cachorros são os melhores amigos do homem.
Vacas produzem o leite, que alimenta nossos filhos, depois da primeira infância (quando, nós mesmas, devemos amamentá-los). Jumentos, cavalos e burros, são animais que auxiliam em diversas tarefas a serviço do homem. Através da tração, carregam pesos muito superiores a aqueles que o homem poderia aguentar. Através da montaria, auxiliam em inúmeras tarefas, servindo como transporte para os seres humanos.
Veados são animais inocentes, que não fazem mal algum a qualquer ser humano, e, no entanto, são tão injustiçados por ele, sendo alvo de chacotas e sendo usados para mais uma barbaridade "humana", o preconceito contra os homossexuais.
Animais são seres sagrados.
Vamos, todos juntos, aprender a respeitá-los cada vez mais. Vamos, todos juntos, ser gratos por tudo o que vem dos animais.
Vamos transformar essa realidade tão triste e promover tais xingamentos, a ELOGIOS. 23/10/2007.
A melhor coisa que fiz nesta vida foi parar de ser cúmplice do assassinato de animais que amo e defendo desde que me entendo por gente. Nascemos num mundo totalmente equivocado e, por isso, tantas vezes, levamos uma vida totalmente equivocada. Eu também pensava que tinha que comer carne. Mas um dia descobri que posso viver sem MORTE. Que a vida VIVA! E VIVA A VIDA!
A vida é feita de encantos e encontros. Encantos, na maioria das vezes, viram desencontros. Mas encontros, esses jamais viram desencantos.
Em que grande perda de tempo, se resumem as brigas, as intrigas e os desentendimentos!... Caso possam, amem-se! Caso não, desapeguem-se! Caso contrário, sejam todos felizes! Amém!
Não importa quanto tempo temos e nem o quanto temos tempo. Só importa que o tempo que temos, independentemente do tempo que temos, deve ser vivido com vívida emoção.
Respeite minha opção. Eu optei pela vida.
Escolhi não ser cúmplice de assassinatos. Aprendi que posso me alimentar sem derramamento de sangue ou lágrimas de sofrimento e dor.
Apesar de estar convicta de que a minha escolha, obviamente, é a mais saudável, não só para os animais, como também para mim, eu respeito a sua opção.
Não vou lhe impor a minha vontade, nem a minha verdade, nem a minha convicção.
Já não sou mais criança faz tempo. Há muito já aprendi que qualquer imposição impede a verdade de fluir livremente. Defendo os meus ideais com unhas e dentes. E, igualmente, defendo o seu direito de não concordar com eles.
Mesmo assim, acredito no seu direito de, pelo menos saber a verdade. De não ignorar tão inocentemente sobre aquilo que defende com tanta violência.
Informe-se de tudo o que acontece antes que aquele pedaço de carne ou animal inteiro pare no seu prato. Leia a livros, assista a documentários.
Se o sofrimento daqueles seres que morrem para lhe servir de alimento não tocar seu coração, então não temos mais nada a falar.
Continue se alimentando como sempre tem feito, como aprendeu, cresceu e aceitou sem pestanejar. Continue ignorando que não somos os únicos a termos direito à vida no planeta.
Continue destruindo o planeta para agradar seu paladar sanguinolento. Vou continuar lhe respeitando, apesar de nossas discordâncias.
Apenas exijo o mesmo respeito.
À minha ideologia.
E exijo respeito à vida dos animais que sofrem barbaramente para se tornarem a sua comida.
Ah, os animais... bem, desde que Amelinha chegou em minha vida, em 2008, dedico a noite do ano novo a acalmar seu coraçãozinho assustado por demais com os fogos. Dei a ela um calmante (metade da dose mínima), que já sei que sempre ajuda. Os fogos chegaram (sim, aqui teve fogos como nunca pensei, as pessoas são loucas, adoram fingir a felicidade onde nem sempre ela existe, fazendo MUITO barulho). O inferno durou quase vinte minutos. A surpresa foi Rosinha. ela ficou apavorada. Tentava se esconder, fugia, consegui pegá-la. Taquicardia perigosa. Não tinha tempo de eu ir na sala de atendimento pegar o calmante. Fiquei com ela no colo, tentando acalmar Sheik e Karina com palavras (Dengosa e Áthila ficaram num banheiro e Olívia em outro). Foi quando o Sheik, sim, aquele cachorro pancadão, agitadézimo, rotulado pela maioria como "malucão" do pedaço se aproximou de mim (que continuava abraçada à Rosinha). Dei um beijo nele achando que o que ele queria era um conforto, afinal, os fogos estavam pipocando no céu do "calmo" condomínio onde moro. Mas que nada... ele começou a lamber o rosto, as orelhinhas e o pescoço de Rosinha, como quem quisesse acalmá-la. Quase ouvi algumas palavras como por exemplo - calma, isso é coisa de gente. Gente tem essas maluquices. Eles reclamam da gente, porque a gente late. Mas o barulho que eles fazem é assim mesmo. Para esconder suas desilusões, infelicidades e frustrações. Não fique assim, Rosinha. Isso logo vai passar.
Sheik, meu Sheik. Ele me acalmou também.
(1 de janeiro de 2013)
As pessoas se preocupam tanto com o início e com o fim, que acabam por se esquecer que é o intervalo entre estes dois acontecimentos que se chama VIDA.
Tornei-me vegetariana e me libertei. Saí da cadeia. Sem essa de "cadeia" alimentar. Eu quero é liberdade alimentar!
Algumas vezes, espere alguma coisa e não tenha nada. Não espere nada e não terá nada mesmo. Portanto, vire-se! Arregace as mangas e vá à luta. É a única maneira de contar com alguém.