Leonice santos
O ano coroado de estações quebra rotinas e a vida arranja os dias ofuscado dos mortais. Em total benevolência, a terra dar o seu ouro , o mar dar as pérolas e o jardim as flores.
A noite engordou e a lua em dieta se fez anel...
Um murmúrio da ourora se ouve ao longe...
Mirando o céu eu...
Seria algum pisquim as estrelas mais ditosas picando para mim?
Dormir...
Já que preciso descansar essa carne, que seja como uma viagem.
Que um silêncio predomine e desempregue os tímpanos e tenha ofício a alma.
Que o carpido seja de um Anjo guardião que chega ofuscante para alento, guia e realização.
GAROA: Nevoeiro fino com chuviscos suspensos na atmosfera que cai por tempo prolongado, correlacionada aos corações renitentes arbitrariamente nebulosos que eclode em depressão vivo e morto.
Dos hobbies: Gosto dos meus versos e dos versos dos outros.
O universo fica maior. (Leonice Santos)
A noite absorta em súbita alegria
Jóvem e audáz criatura da era
Negreada de sombras animada se via
Naquele folguedo cavava crateras
Em todos planetas e jogava pra cima
Espaços empoeirados sem proporções
Lufadas passavam estavam no clima
Poeira empolgada se fez constelações.
Por trás do pinheiro brilha prateada e sempre, nem lambada nem demente, a lua dança entre as nuvens dependurada em nada.
FLOR DE ALGODÃO...
Sutileza na escultura, flocos, capucho, lã ou eflúvios em vapor?
Linhas tênues cirzidas em brancura...
Ou encaixou nuvens numa flor?
Saudade tem cara de coisas velhas, coisas antigas, que não se foi.
Se renova aos impulsos e vive presente.
Dias de preto e branco em lençol frio tem se apresentado no rol da vida.
Salpicos de misericórdia em tinta fresca retoca o fim de cabeça erguida.
Crepúsculo quando me olhas, sem muros sem segredos...Tuas cores tem chaves...Tuas palavras poemas...Teus ventos pincéis.
O anoitecer vestido de ternura e coroado de silêncio me cogita a pensar se o amanhã se levantará na mesma cumplicidade.
Anoiteceu, enluarou-se, penerou orvalho nas pétalas recém nascidas, realçando ao rubor cores e vida.
Fim De Tarde.
Neste panorama encerrando deste lado, viagem de mais um dia brilhante.
Do outro lado iniciante: SOL.
Estação das flores.
_Nos vincos do tempo se alastra nos campos, nos cantos, em passos de dança.
Colorida se apresenta a prima-vera.
Já pedi á Deus que levante uma noite enluarada, onde as estrelas enomoradas piscam para o céu, embebidas numa esfera
cintilante.
Há quem diga: dias tristes de outono!
Nevoeiro embarça e encobre caravelas.
Há de ver com claridade seu terno Dono.
Desenhou em versos cada folha em aquarela.
A imaginação é possivelmente aparentada com o universo e este nos mantem vivos nos fornecendo esperanças e sonhos.