Léo da Silva Alves
Se Deus quisesse que vivêssemos das mágoas que passaram, teria colocado o nosso coração atrás das vértebras e instalado um dos olhos na nuca.
A ausência do bom não é necessariamente ruim. Pode ser um estado neutro, um vazio que a gente preenche conforme as circunstâncias.
Guerras, terremotos e pandemias servem para conhecermos os homens no que eles têm de melhor e de pior. Em toda catástrofe se agrupam os solidários e se aproveitam os cafajestes; aparecem os que socorrem as vítimas e os que se locupletam com o horror.
Em uma República não pode haver privilégios; prevalece a igualdade entre todos os cidadãos. A única distinção deve ser pelo mérito e pelas virtudes.
Os animais, desde os primatas, sabem identificar os líderes. A espécie humana é a única incapaz de escolher quem lhe guie.
Há várias formas de corrupção. A pior delas é quando o homem público corrompe as suas ideias e se entrega à conveniência de exercer o poder a qualquer preço.
A humanidade sobreviverá enquanto conservar a força da indignação; mas será o fim da espécie humana quando se considerarem naturais a miséria, a violência, a poluição e a falta de empatia com o outro.
Necropolítica é o exercício oficial da morte. Matam índios, matam pretos, matam pobres, matam sonhos.
Um povo que fica de joelhos para os impostores públicos, charlatões, demagogos e vigaristas só terá redenção se levantar os olhos para o altar dos interesses da Pátria.
Os lixos no caminho não atrapalham o meu caminhar. Sempre é possível abrir uma trilha e sair da imundice.
O direito é uma ciência a serviço dos valores da humanidade. Fora disso, não é direito nem é ciência: é uma coisa.
O direito deve ser a garantia da paz social e da distribuição da justiça ao povo. Não podemos aceitar uma ciência para abrigar favores pessoais e interesses de larápios de toda espécie.
Bom tempo em que jovens casais sentavam à sombra de uma árvore frondosa, entrelaçavam os dedos, embalavam os corações ao trinar dos pássaros e diziam sem falar.