Léo da Silva Alves
A falta de respeito a valores humanos – que é um compromisso ético – é o que deixa idosos, crianças e grávidas sem atendimento em hospitais onde não há lugar nem para filas.
A solidariedade entre as pessoas, a paz entre os povos e o mundo dos nossos filhos dependem dos valores éticos que semearmos agora.
Não confunda inteligência com esperteza. O esperto é desprovido de caráter e a sua ferramenta é a manipulação do sentimento alheio.
Quantas pessoas saíram da sarjeta e mudaram de vida porque encontraram alguém no caminho que lhes deu um abraço, um prato de sopa e lhes chamou de irmão?
Deus não é o remédio que apenas se procura na hora da dor. Deus é o oxigênio das plantas, o respirar espontâneo, o pulsar permanente. Há quem viva com saúde sem remédio, mas não conheço quem viva serenamente sem Deus.
Atenção com os sapatos. Não é exagero afirmar que a apresentação de um orador pode começar pelos pés.
Se os advogados cumprirem o que juraram; se unirem-se em torno de uma causa chamada Brasil, devolverão à história o seu papel.
Fui candidato à Vice-Presidente da República para falar aos brasileiros que o dever de quem governa é trabalhar para a erradicação da miséria do povo; não é o de agradar banqueiros, garantir a fortuna dos parasitas do poder e fazer a festa dos bajuladores de plantão.
Participar do processo político é enfrentar o poder econômico, o exercício da mentira e a sórdida manipulação da democracia.
Os corruptos no poder, para operarem os seus crimes, derrubam os dois pilares da democracia: manipulam a vontade de pessoas humildes e sequestram as instituições do Estado.
Para os demagogos o trabalhador é como uma vírgula nos textos: aparece várias vezes mas por si só nada significa.
Não existe dinheiro público. Seria público se brotasse como capim na Esplanada dos Ministérios ou nas praças do país.
Se o presidente da República não for educado e respeitoso, não será exemplo de postura para as novas gerações do país.
Basta dessa ladainha de fazer o discurso dos pobres para ocupar o poder e, no seu exercício, colocar-se a serviço dos grandes interesses financeiros.
Políticos demagogos costumam debitar aos servidores e empregados públicos a culpa pela ineficiência do Estado. Na verdade, o que fazem é lançar uma cortina de fumaça sobre a própria inutilidade.
Acusar é uma escolha; defender é uma obrigação. É na defesa do injustiçado, na proteção do direito que alguém nega, no clamor público da justiça que realizo o meu dever social.
Política – como o Brasil reclama – é para homens ou mulheres de coragem cívica; não é para cérebros de minhoca formados na escola da hipocrisia e do sorriso falso.
Teremos voto com responsabilidade no dia em que os eleitores escolherem corretamente entre a pátria e a mentira.
Em uma democracia sólida não haveria essa encenação: o candidato visita asilo, beija ancião; finge que come bolo e a equipe divulga imagens na propaganda eleitoral. Espero que um dia esses atos fiquem reduzidos ao teatro da história.