Leandro Bahiah
II Era passagem de tropeiro
De viajante, mascate solitário
Pessoas ganhando seu honesto dinheiro
Molhando-se no frio orvalho
UMA SAGA CONTADA
I Vejo muitíssimos indícios
Matas habitadas por índios
Restaram apenas os resquícios
Da coragem dos ameríndios
Tenha-se sempre em mente
Que o certo é trabalhar com os dentes,
E comer com a gengiva.
Caso contrário (é a atual previdência).
Feliz é quem sabe renunciar.
Só o amor é irrenunciável!
Pois renunciando-se o amor
renuncia-se Deus
e renunciando-se Deus
perdi-se tudo.
SONETO DA AMIZADE.
Confesso-te tudo minhas amigas e amigos
Os meus segredos
Conto te tudo meus queridos
Os meus anseios e medos.
Amor incondicional
Não se sabe quando começa
Se esta mal
Ajuda-te depressa
Sentimento tão nobre
Quem não te conhece
É um coração pobre
Todo ser tem necessidade
Um sentimento que enobrece
Tu és bendita Amizade
EU SOU...
Eu sou com o som dos violões
Dilacerando nas cordas que gemem
Rasgando as almas dos algozes e vilões
na infinitas sobram tremem.
Eu sou como Universo em dimensão afável
Misterioso, encantador, de tamanho inrevelado.
Amor imenso, imaginável!
E tão infinito no agrado.
Eu sou como a imagem da fotografia
A lembrança jamais esquecida
A cena do filme animada frígida
Pintura, imagem congelada e colorida.
Eu sou como sabor do mel
Que adoça os paladares dos miseráveis
Desagradando o fel
Alento dos espíritos de vidas intermináveis.
Leandro Bahiah
Criança e a Velhice
Amor, carinho e favores de pais
São coisas que se deve.
Se deve levar para o resto da vida...
Isto são coisas impagáveis.
O que nos filhos podemos fazer?
Retribuir com amor, carinho e favores,
E jamais quitaremos nossas dividas.
Cuidaram de me (criança), cuidarei de você (velhice).
Baianidade.
Baiano é preguiçoso?
Não conheces um seu moço
Ou estais sendo leviano...
Se um baiano para de trabalhar
A vida [PARA] e o mundo – TRAVA.
Soneto Adrielense.
Digas quem tu és?
Tu que andas displicente!
Olhos famintos, lábios sedentos...
Com ar de inocente.
Que almejas da vida moça? Diga-me!
De onde tu vens?
Sabes o que este reles mortal resta saber?
É para onde tu vais.
Fotografia em preto – branco
A pele clara, lábios atros apetecíveis.
Cabelos castanhos...
– E que este encanto se encerre!
A Deus peço vendo estes – Olhos ávidos...
Quem és a Dona destes? Adriele.
De tanto procurá-la, encontrei-a.
Era a tal da felicidade.
Depois, perdi-a...
Entre a minha casa e o trabalho.
As primaveras? Conheço.
Desabrocha a Flor anti-Tirania.
Nas páginas do livro: História.
Manifestações no Egito,
Ficara na minha memória.
Terra molhada tem cheiro.
E o povo? Que simpatia!
As mulheres com o seus jeitos brejeiro.
Que paisagem!
Uma alegria incontrolável acomete-me
Inunda o meu peito.
Aí Rio... Estou em Ibitupã.
Amizade.
É o mais lindo e o mais nobre dos amores. Amizade não tem idade, e, nem sexo. Ao invés de cor, cores.