Leandro Bahiah
XXVIII Trabalhador cadê vossos direitos?
Oh,triste lugar da desinformação!
Brasil teus filhos são leigos
Uma grã vergonha para Nação.
XXVII Infinito Deus o que irá acontecer
Com esses trabalhadores pobrezinhos?
Sem justiça a padecer...
Nas mãos destes fazendeiros mesquinhos.
XXVI Os trabalhadores são humilhados
Não tem jornada fixa de trabalho
Não tem horas extras e nem feriados
Só apenas um mísero salário.
XXV Hoje ainda tem escravidão
Em algumas fazendas ibitupaense
Trabalhadores vítimas de exploração
Cadê as autoridades Ibicuense?
XXIV Se preferir ainda tem
A querida Serra da Lontra
Mas se nem tudo lhe convém
Apresento-lhe a Cabocla com muita pompa.
XXIII Tem ainda o nosso Garapa
Cheias de pessoas humildes
Todo ano vão pra Bom Jesus da Lapa
Rezar pelas pessoas tristes.
XXII Caso queira conhecer outro lugar
Ouvir lendas de caça ao tesouro
Você não irá se desanimar até encontrar
A abençoada Região do Ouro.
XXI Faça um piquenique
Na intrigante Serra do Moni
Aqui ninguém faz trambique
Lá onde a lua cheia se esconde.
XX Conheça a bondade da nossa gente
Visite a Ponte do Criminoso
Conheça a solidariedade da nossa gente
Não se esqueça de banhar-se nas águas do Rio Novo.
XIX Venha pra Ibitupã passear
E verá como é gostoso
E com um ibitupaense namorar
Não se esqueça de banhar-se nas águas do Rio Novo.
XVII Tivera ``Explosão do Momento"
Hoje caminhando ``Nazzueira"
Apenas, contudo lamento
Ver algazarra, bobagem e bebedeira.
XVI Terra de poetas ocultos
Artistas que não têm valor
Lugar dos cantores mudos
Em vez de teatro, só ator.
XV Vem pessoas de todos os Estados
São três dias de alegria
Pra curtir a Festa de Largo
Em Ibitupã Bahia!
XIII E lá para o final do mês
Chega a Festa de Largo
Patrão torna-se freguês
E os fiéis saem do armário.
XII Em Agosto lá para o dia Dezesseis
A festa é comemorada
Onde vai pobre e burguês
Minha singela morada.
Desde quando eu era criança
Jamais fui a Budapeste
Ó, que belíssima festança
São Roque, livre-nos da peste.
X Desde quando eu era criança
Saia na linda procissão
A cantar, tendo fé e esperança
Pedindo a São Roque intercessão.
IX Tudo resolvia-se na bala
Terra sem lei vida Severina
Quem tinha juízo se calava
Ou morreria na boca da carabina.
VIII Foi cercado Candinho
Foi um tiroteio arretado!
Preso dentro do armarinho
Jagunços pondo fogo pra todo lado.
VII Filinho acabou sendo morto
Por um pedaço de terra
Jagunço sedento e louco
Iniciando uma horrível guerra!
VI Então veio Mané Leonço
Homem de grande poder
Munido de terrível jagunço
Desmandando a seu bel-prazer!
V Depois vieram os poderosos
Apoderar da nossa riqueza
Com seus jagunços criminosos
Acabando com a selvagem beleza
IV Na política só submissão
Contentando-se com migalhas
Política arte da corrupção
Isso de agrada canalhas?