LaylaPeres

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Por que você não pode ao menos gostar de mim do jeito que eu quero? Eu escrevo tão mal assim? Eu tenho um cabelo loiro tão artificial, mas não é digno de ser amado? A minha letra é desenhada e isso atrapalha? Por que hein? Ah, deixa.

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Não quero mais brigar e nem tentar acreditar mais nisso. Acabou, é isso. Mas eu não me esqueço de você, e você, não se esqueça de mim. Me veja como algo bom, ou algo dramático-divertido. Só isso.

Ando parecendo que vivo com uma sacola vazia que nunca se enche, não se altera, não se enche de alegria.

Eu me refiro quando o mundo desaba a qualquer hora na cabeça e não se pode levantar os braços para tentar segurar. Me refiro quando outras pessoas começam a rir de algo engraçado e você não pode fazer nada, não tem mais forças para mover um músculo da face. Mas não se pode chorar por uma verdadeira tragédia grega.

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Hoje sinto sexto sentido mais alerta do que todos os dias. Não sinto. É verdade. Esqueço que não tenho mais coragem de lutar e nem dar a minha santa cara a tapa. Dormir já não resolve, o bom seria apagar e puft. Cadê a Layla que tava aqui? É, não pode ser isso também, sairia piadinha americana e sem nexo.

Me disseram que só curava um amor com um outro mais forte, mais bonito e mais seguro. Mas como eu arrumo isso? Tem algum manual ou listinha de básica de quem é permetido? Não, não tem.

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Impotência toma conta e eu quero só comprar chocolate. chocolate, chocolate, chocolate. esmalte. esmalte. esmalte. Inventar estórias agora seria uma boa né? Mas tá frio e frio não faz muito bem a mim e nem com os meus sonhos. Amanhã seria realidade quebrada e tudo ao normal. Então, esquece. Impotente, você não será um, mas eu sou uma. E eu sinto tão mal quando alguém acabe chorando pelos meus textos. Mas ao mesmo tempo eu vejo que a minha dor passageira e dramática existe nos outros e se comovem comigo.

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Não posso erguer os braços para segurar o mundo, mas posso evitar de pensar que tudo isso pode mudar um dia. E é bom assim, um novo estilo de pensar, de agir e até mesmo de gostar das pessoas de novo.

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Minha ex professora disse que eu estava bonita e sorri sinceramente, bom começo não é? Mas passando em frente a uma loja de roupas de cama começou a tocar Same Mistake e ontem, chorei tanto ouvindo essa música. Perguntando porque diabos os meus sorrisos, os meus sentimentos, os meus textos não eram valorizados.

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Mas ao sair da loja, o coração vazio com a sacolinha de chocolate na mão direita e dos esmaltes na mão esquerda. E eu querendo abraçar o mundo assim. Quantas vezes eu já quis abraçar o mundo sendo que eu estava com as mãos tão ocupadas?

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E meu coração ainda parece que vai sair da boca quando a música Me Namora começa a tocar no celular da minha mãe, mas aí lembro que não é mais meu celular, não é mais você.

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Nunca mais pude abraçar com siceridade com um abraço simples, agora, eu peço abraço para o meu conforto. Nunca mais pude beijar com o coração explodindo e sentindo aquele amor dentro de mim, mas agora os beijos viram sem sentindo, sem graça. Nunca mais pude sorrir com sinceridade e antes, eu sorria atoa por aí.

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Nunca mais pude dizer que gosto verdadeiramente de alguém, porque eu sei que ele vai embora e no final das contas, vou acabar me sentindo do jeito que eu estou hoje. Nunca mais!

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É, nunca mais pude fazer alguém feliz, nunca mais pude ser inteira mesmo com o meu cabelo loiro com a raiz aparecendo, mesmo com os meus dentes que são do tamanho de uma criança, mesmo com as minhas unhas vermelhas e com o velho coração de sempre. Nunca mais pude lembrar o tanto que é bom viver, tudo que é bom sentir o coração na boca, as perna ficarem trêmulas e as mão geladas.

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Nunca pude entender porque você nunca pode sentir o mesmo que eu sentia por você. Nunca quis saber porque o destino é tão cruel com as pessoas. Nunca me interessei sobre teus assuntos, sobre tuas garotas, sobre teus amores e tuas festar. Porque no final, eu sofreria e você iria ficar bem, anulando os fatos e descobrindo que eu sou apenas uma dramática mimada que fica escrevendo textos por aí. Nunca quis acreditar em príncipe ou menino perfeito mas tudo mudaria aí .

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Nunca quis acreditar em amor eterno, e hoje eu acredito. Nunca, jamais, eu queria te esquecer, mas hoje de manhã eu percebi que me zerei de novo. Nunca se esqueça de mim, nunca se esqueça desses textos que não têm o real significado, só para mim. Nunca deixe de acreditar. Nunca. Eu sei, não tenho então motivos para continuar, mas eu ainda continuo com o coração vazio. Mas acho que nunca é uma palavra tão forte, não é? Então troco tudo por momento, mas não tenho mais forças, porque eu nunca fui uma menina forte.

Só quero respirar aliviada, no ar mais puro, com o coração vazio, mas eu nunca consigo. Depois dizem que eu sou fria, não é mesmo, coração?

Quando a noite chega, eu sinto uma aflição que ninguém muda, amanhã vai ser um novo dia, um novo modo de tentar sobreviver sobre tudo sem você. É tão estranho agora eu escrevendo textos e mais textos sendo que sinto raiva acumulada com eles.

Inserida por LaylaPeres

Tudo foi em vão. Tudo. E eu não posso chorar, porque não tenho mais a mínima vontade e porque não merecem o meu dolorido choro. Sinto uma dor lá no fundo, mas é suportável ou se pelo menos não é, não vou chorar e resolvi isso. Não andam merecendo nem o meu sofrimento. Descarreguei meus medos, planos, amores, desamores, ilusões e o que eu andei sentindo ultimamente, são coisas que eu mal consigo falar para minha própria mãe, mas tenho a coragem de falar para ele, legal. Não, não é nada legal. Aí ele não pode fazer nada, ele ajuda para que o sonho termine mais rápido, com muita dor, e eu com muita vontade de fugir para o Paquistão, mas é a vida, essa é a realidade.

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Eu fiz a dor como a minha amiga, como a legítima amiga, que anda comigo para lá e para cá, ela senta ao meu lado na escola e me faz escrever esse texto.

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Porque isso é só mais um sono em uma noite fria e com um coração vazio. É, vou deixando...até que ela resolva encontrar outra menina a quem torturar, mas já a noite... eu não consigo evitar. Talvez a dor me faça ver o que realmente eu sou uma menina, uma só menina que espera sua mãe desesperada para que ela fale logo:
- calma, dorme, está tudo bem, vai passar.
E eu vou acreditar, já que sou apenas uma menina.

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Eu queria tanta coisa que agora eu não quero mais ou se quero, eu não sei ou não entendo ou talvez, eu entendo mas não quero aceitar esse fato. Ando pelas metades, tenho um coração bem pela metade, meu cabelo está pela metade (sabe como que é, quase um mês sem tingir), minha esperança também. Ou seja metade completa.

Inserida por LaylaPeres

Acabo de fazer uma trança no meu cabelo, meio de lado, meio desajeitada, como um dia, eu tive um amor, tão de lado, tão desajeitado. Você deve tá achando graça eu te comparando a uma trança não é? Pois é, até eu estou achando bastante cômico com isso.

Inserida por LaylaPeres

Sonhos são tão doloridos e tão inteiros, tão bonitos, mas agora ficam pelas metades, com um coração partido ao meio. Uma parte fica com você, e uma comigo. Combinado? E daqui uns dias (meses ou anos) eu te entrego a minha parte e você fica com o meu coração, e o melhor ou pior de tudo, ele será inteiro para você.

Ando parecendo que vivo com uma sacola vazia que nunca se enche, não se altera, não se enche de alegria. Uma sacolinha rosa e média, não é gigante e nem pequena, digamos que dá para levar e não se faz passar vergonha. Me disseram que tinham medo de me perder, e eu confesso que a sacolinha começou a pesar, mas aí eu lembrei de tudo, eu li as mensagens, recordei amores, recordei momentos, e a sacolinha foi esvaziando e foi se tornando um saco de lixo.

Inserida por LaylaPeres

Cheguei ao ponto neutro que não tenho mais vontade de me arrumar tanto, de não acordar, de não ouvir músicas, de não mais viver mas eu não posso continuar, não pode nunca adiar a vida.