Larissa Rocha
Como seria começar uma vida do zero? Simplesmente zerar. Como seria saber viver com pouco? Com as coisas que realmente importam e trazem felicidade? Por que escolhemos o pior caminho? Cheio de abismos. Não somos robôs mas somos idiotas.
A minha vida não é um filme. Às vezes parece. Mas se não é, melhor ainda. Não preciso seguir um roteiro, posso criar o meu próprio.
Ontem ao caminhar pela rua, vi um rapaz idêntico a você. Queria correr até ele e abraçá-lo, mas não podia. Não sei ao certo por que deixamos de conversar, mas não deixo de sentir saudades.
Há tantas coisas boas neste mundo e eu me pergunto porque continuo insistindo naquelas que me fazem mal.
Não consigo gostar de ninguém, o meu coração parece estar vazio e ao mesmo tempo cheio de amor para dar. Eu sou estranha? Talvez eu seja.
Às vezes acho que uma pessoa ou outra vê algo em mim, mas vamos ser sinceros. Eu não sou nada de especial. Quem ira gostar de mim se nem eu gosto?
É mais do que atração física. Quando ele encosta em mim, me sinto viva, como se uma corrente elétrica estivesse percorrendo todo o meu corpo. É paixão? Não sei. Pela primeira vez não quero dar uma definição ao que sinto. Só quero sentir porque é um sentimento agradável e bonito.
Desta vez não está sendo assustador e nem sinto a enorme vontade de acabar com tudo. É simplesmente paz. Paz essa que vem do seu sorriso, olhar e toque.
Hoje, como todos os dias, ao vir para o trabalho, observei o céu. Mas desta vez não estava tão bonito, o sol da manhã não refletia no enorme verde que cobre a estrada.
Desejo todos os dias, a toda hora, o seu corpo junto ao meu. Necessitamos de um abraço, de um beijo, de carinho. Preciso de você na minha vida, nada seria o mesmo sem a sua presença. Quero te fazer feliz, segurar suas mãos e dizer que estou aqui. Eu te amo, intensamente, loucamente e para sempre.
Todos aqueles términos e reconciliações quebraram a magia deste amor. Vamos admitir, as coisas agora são diferentes. O "jogo" mudou.
Normalmente, escrever para mim é tão simples como sorrir. Ultimamente, tem sido algo difícil e meio doloroso, tendo em conta que gosto de refletir um pouco sobre a minha vida. Não estou feliz, por mais que pareça estar bem, há sempre este sentimento angustiante preso ao meu peito.
Por que há dias em que me sinto extremamente sozinha? Por que choro sem conforto? Por que me abandonam tão rápido? Ou eu que afasto as pessoas?
Está tudo bem. Faz parte do crescimento. Tudo isto faz parte da minha história, a qual vou contar para os meus filhos com um sorriso no rosto.