Katiana Santiago
A vida é bem igual,o novo se torna velho em fração de segundos,a única celebração genuína é o velho e tão renovado amor, só ele cra, recria, se recria.
Nossa “bagagem” particular ajuda a tantas outras bagagens a continuar e aí entendemos que nenhuma “dor é sozinha”
Vou ali... Cultivar o romantismo pela vida, sem rigidez, nem muito menos respostas fechadas, há sempre uma oportunidade criativa, até na própria dor, no sofrimento. Estou me recriando sempre.
O caos de fato organiza a vida, nos faz acordar, começar. Nos torna humildes, menores, submissos as próprias experiências,nos lembra onde paramos nas pequenas coisas.
Quando olhamos para o céu, ele está igual, o mesmo brilho, a mesma luz, a mesma dimensão pura celeste. quanta vida há, não há sombras, os temporais passaram, os grandes ventos com seus turbilhões, que deixaram a vida mais forte, mais firme.
E descobrimos nos escombros um tesouro que estava soterrado.
Quão doce é o meu Senhor, que permite a vida ter todas as dores, mas ao mesmo tempo seus sabores e licores.
A paixão tira o sono, nos faz dobrar a rua com um sorrisão, identica em uma ilusão o amado na multidão. Neurose?
O amor faz a canção descer do vento
faz tremer a alma tanto quanto o coração,
faz viajar nas emoções, no corrosel dos sentimentos.
O céu é sempre blue.
Para quem crer no amor de Deus, morrer é mudar de ninho, pois em vida somos pássaros em um mundo. Na morte pássaro dos mundos, das cortes mais altas,celestes, com voos maiores...
Doce novembro chegando, mais um ano indo sim…
Areia branca da praia, lua ardente marfim.
Ouço ondas e risos, lua prateada de cor.
Há clausuras interiores, mas também ainda há versos para flor...
Minha melodia toca com clareza, vendo a lua tão brilhante, é intocável os átomos indecifráveis que brilham mais que mil diamantes…
É uma renovação sem fim minha lua ofuscante…
E a passos lentos prossigo, na luz que me ilumina
Há uma atmosfera de encanto, sentido, com “brisa”
redescobertas de sonhos
renascimento de vida …
No Dó,Ré, Mi da vida muitas voltas dá o coração,
Fá, Sol, Lá, Si, Dó toca em paz essa canção,
Musica, letra, poesia, uma vogal de “anunciação”…
Vigia sempre a fantasia de uma nova canção, vem inverno logo depois verão…
O “DÓ” da mi
nha vida compõe as notas da emoção e quem não ama vive sempre na marcha
“RÉ “ da solidão…
“MI” queira, se queira…também o mundo e o segundo…e ame se ame, e na escala musical da existência cante e dance…
FÁ” é parte da fantasia a alegria dos sonhos que nascem a cada dia…
O” SOL” bate sempre outra vez na poesia, na canção do luar, do inverno ou do verão, ou de uma pequena ação contida do dia…
“LÁ ” no fundo da alma são as notas que tocam a emoção, com toda força da criação, do ser, do existir…
E no toque do “SI” sussurra o coração no fundo a própria razão, no mais profundo a harmonia vibrando por ver o clarão do dia fonte divina de inspiração, inverno-verão cruzeiro norte-sul, sudeste-nordeste-sertão, de música é meu coração…
Nas águas tão claras quentes ou frias,vislumbro as “sombras” das alegrias que formam a tal canção, não há noite nem dia, nem dor, tristeza, angústia ou agonia…
Apenas o DO, RE, MI da alegria…
E o FÁ, SOL, LÁ, SI, que encheu o meu coração…
Infeliz é a tristeza, que chega ao coração e se instala sem permissão
Forte o bastante para inquietar alma e razão
Livrar-se como? Tolera-se, de um pessimismo que já se fez, habitando em tão grande dimensão
Gerando no mais íntimo o susto, o segredo e o medo de continuar pela a vida talvez.
Te faz pressão, te esconde no oculto, no escuro absoluto de um quarto sem luz, as lágrimas te conduz, mas não te traduz, pois não sabes o porque de tamanha prisão e escuridão.
Na tristeza já não há para vida, sonhos, perspectivas, nem sorte, nem destino.
Tudo se perde no quarto escuro do labirinto mundo da solidão.
Mas sabe aquela porta fechada? Aquela trancada?
Um som tenta entrar
Uma melodia que quer pousar
Esse som se chama “AMOR”
Em meio a tanta dor e solidão,
nessa breve jornada que se faz, te inquieta uma vez mais na passarela da vida, antes mesmo do descolorir
Tenta provar desse saboroso e curador elixir…
A passarela da vida segue,vai descolorindo no compasso da existência e o que podemos fazer nessa decadência?
Tentar talvez,embora a luz da despedida nos ofusque de vez, colorir o que nos resta,sair do quarto escuro, para as lindas descobertas, pois ainda estamos na passarela e não sabemos por quanto tempo ainda andaremos por ela…
Há um contentamento contente para quem anda no amor…
Há uma preciosidade em existir, em meio a descompassos da vida,é coisa para os grandes encontrar sentido, quando não há saída.
Que bom que novembro chegou, pra mim tem cheiro,tem cor…
Vivemos muitas vidas,em uma vida só.
Questionamos início, meio e fim
Mas como definir o que nos é ausente?
A semente torna a florescer, para que o fruto seja maduro e depois torna a morrer.
Para o puro, só existe um caminho a percorrer.
Os anos carregam em si seus segredos, sem propor fim.
O final será sempre um desconhecido a prosseguir.
Ontem olhando para uma velha embarcação atracada na Beira-Mar, fiquei a pensar, quantas viagens esse navio já fez, quanto alimento ele já proporcionou, quantos mares já cruzou...
E hoje está atracado, abandonado, pois não tem mais serventia.
Porém ele ainda esta dentro do mar...
Não há respostas prontas, no máximo um referencial de vivencias alheias das quais comparamos a nossa própria vida.
Equilíbrio é uma palavra bonita, mas na balança existencial, as decisões fogem da teoria, pois na prática é o calor do momento que sugere! Somos pulsão, imprevisíveis.
Isso porque não se prever um choro, uma dor, nem tão pouco a alegria,somos apenas humanos.
E a vida é sempre uma caixinha de surpresas...
Se a porta esta fechada, ainda há janelas
Vitrais do horizonte, paisagens tão belas...
Caminhos são trilhas que aos pés envelhecem
Se não aceita a despedida, jamais terá a verdadeira vida.
Entende o começo, sente o meio e aceita o fim.
Pois ele só não existe para querubins e serafins.
Uma boa vida consiste em perceber as janelas, não há portas mais sedutoras e nem paisagens tão belas...
Um olhar por trás do quadrado...A madeira pode ser velha, mas os vitrais sempre serão novos, pela “lente” que os espelha.
Quem precisa de portas, quando se tem um olhar que atravessa as janelas...
Minha alma traduz versos quando vê o “jasmim-estrela”, tem sua leitura própria, faz da aurora um recomeço com janelas sem portas.
Todo céu começa no coração!