Juraci Rocha
Ontem estava triste, e a morte veio me visitar, convidando-me a passarmos o final de semana juntos. Respondi-lhe que usava uma máscara de tristeza, que na verdade estava muito feliz por mais um final de semana chegando. Disto aprendi uma lição: É perigoso usarmos máscaras.
Comparo a felicidade a uma flor que brota em cima do lajedo. Nossa vida é este lajedo bruto, porém, brotando a felicidade, há de ter um efeito contrastante.
Quem ama com intensidade e não é correspondido, deixa de ver as belezas do mundo para olhar para um cadáver insepulto.
Morrerei de amor, cercado de flores, não importando se amarelas, rosas, lilás ou vermelhas, o que importa é que haja flores, muitas flores na minha despedida.
Quando descobrimos a nós mesmos, a estrada da vida se abre nos convidando a andar por ela, ficamos cientes dos percalços e detalhes do caminho; aqui a importância de estarmos bem sugestivamente, pensamento positivo, ideais definidos.
Que a primavera desabroche em suave profusão de cores, borboletas esvoaçantes, campos floridos e corações gratos pela vida.
Quero colher em meus lábios esse doce veneno que é vertido para me embriagar de prazer e sonhos, devorarei esta fruta madura como um faminto na beira do deserto.
Quem muito se entrega é quem menos reclama, o silêncio da partida é o silêncio mais ensurdecedor. A dor da partida é a dor mais difícil de ser sentida, porém, o corpo constrangido impede a entrega total, quem ama quer ser correspondido, assim eu amo.
O amor tem destas surpresas, tem momentos que chega arrebentando, declarando, se impondo; outras vezes chega matreiro, sorrateiro, dissimulado e se instala pouco a pouco em nossa vida.
A simplicidade é um ornato que enfeita a vida de homens e mulheres, tornando-os mais belos diante do seu semelhante e atraindo a benevolência de Deus.
A saudade é uma torturadora que usa lembranças boas para arrancar suspiros do coração e lágrimas dos olhos.
O medo é um instrumento idealizado por Deus para que tivéssemos prudência e não nos aventurássemos em algo, sem que antes avaliassemos a conseqüência.
Creio que quando nascemos recebemos um livro para anotar as nossas impressões, a cada impressão positiva, será registrada outra de igual valor. Assim a nossa felicidade vai depender das anotações que fizermos ao longo da vida, para nos ajudar podemos ter o tempo como aliado da nossa vivência.