Junior Lacerda
Não retroceda à lagarta, suporte a pressão, a solidão, o sufoco, a escuridão, o desconforto, a ausência de boas perspectivas; resista, aguarde, não se mexa, não mude o propósito, porque no tempo certo, o Senhor te soltará, e os mesmos que te criticaram e desacreditaram de você te aplaudirão, e dirão que tiveram parte na sua transformação e conquistas, mas não importa, porque estarás voando, alto, tão alto! Que as dores do processo já não importarão mais. Por fim, quem queima é lagarta, borboletas voam! E o maior medo de uma lagarta, é ver outra do seu cotidiano, se transformar e evoluir antes do que ela.
As más conversações são como uma diarreia verbal, na qual um indivíduo derrama sobre o outro todo o lixo que não foi capaz digerir. Assim como utilizamos os nossos cinco sentidos para analisar um alimento antes de o ingerirmos, se faz necessário fazer uso do discernimento espiritual, durante determinados assuntos e aprendizados. Contudo, a Bíblia nos compara a vasos de barro que escondem tesouros espirituais, não à vasos sanitários.
O homem sábio analisa a fonte antes de beber da sua água. Portanto, não confunda cisterna com fossa. Contudo, acautelais-vos com notícias; opniões, interpretações pessoais e estudos.
lembre-se, Jesus nos ensinou que uma fonte não pode jorrar duas águas, ora doces ora salgadas.
Cozinhar seguindo uma receita, permite que amadores, preparem refeições como grandes chefes de cozinha (Isso não é sobre cozinhar).
Quando não comemos o suficiente ficamos insatisfeitos, e essa fome, nos faz desejarmos mais. Semelhantemente, buscamos na vida satisfazer os desejos de conquistas. O problema é que assim como teremos fome novamente no amanhã, permaneceremos desejando mais, como o vento que satisfaz e se vai.
O Criador nos empresta o fôlego de vida, o ar que respiramos, o alimento que comemos, a água que bebemos, o dinheiro que armazenamos temporariamente, os bens que conquistamos, as pessoas que convivemos, as posições que ocupamos, a saúde e vigor físico e, graças a perfeita obra de Jesus, recebemos também emprestado o seu Espírito Santo. Contudo, nenhum empréstimo do Noivo satisfaz a alma, somente tê-lo.
OBS: Todas as coisas carecem de manutenção e zelo.
MORDOMOS.
As vezes um agir que parece ser cruel, na verdade está cheio de misericórdia e bem querer. Por outro lado, há também agires que parecem bondosos, mas cheios de maldade e segundas intenções. Essa é a diferença entre exortação e bajulação. O diabo bajula a quem odeia, Deus exorta a quem ama.
GESTÃO DAS EMOÇÕES DURANTE A PRESSÃO E CAOS:
A gestão emocional é essencial para qualquer homem, especialmente em tempos de caos e incerteza. Nossas emoções podem ser comparadas a uma complexa cabine de comando de um avião, onde cada botão e alavanca representa diferentes sentimentos e reações. Nessa cabine, a esposa desempenha o papel de copiloto: em momentos de calma, seu direcionamento é fundamental; em tempos de crise, ela pode entrar em pânico e precisa ser “ignorada” para manter a estabilidade da aeronave.
A tripulação desse avião representa nossa família; filhos, pais, netos e, em outras ocasiões, nossos liderados no trabalho ou irmãos em Cristo. Durante a jornada, enfrentamos turbulências, e mesmo que a tripulação entre em pânico, é nosso dever manter a calma. A capacidade de gerenciar nossas emoções se torna crucial para navegar com segurança através das tempestades.
Dentro da cabine, frequentemente lidamos com um “terrorista”: nossa própria má inclinação. Esse inimigo interno precisa ser contido regularmente, pois pode sabotar nossa paz e clareza. Além disso, também enfrentamos ataques externos, representados por ladrões, que podem ser vistos como as tentações e investidas de satanás, buscando roubar nossa esperança e fé.
Em meio a todas essas adversidades, é fundamental que ouçamos a voz da torre de comando; Deus, que nos guia através de Seu Altar. A conexão com Ele nos permite manter a calma e evitar decisões precipitadas que podem levar a resultados desastrosos. É essencial não perdermos de vista a orientação divina, pois, mesmo em meio ao caos, a esperança permanece.
Além disso, temos a certeza de que Jesus, através do Seu Espírito Santo, está presente dentro do avião, como um agente disfarçado pronto para agir. Ele está ali para neutralizar o terror da nossa má inclinação e expulsar os invasores que ameaçam nossa paz interior.
Por isso, não devemos nos afastar da NAVE da igreja. A comunhão e o apoio da comunidade são vitais para que possamos voar seguros, confiantes na direção que Deus nos proporciona até o seu resgate aéreo.
A OVELHA IMATURA
Em um lugar remoto, sob um sol implacável, uma ovelha órfã vagava sozinha, atormentada pelo calor e pela solidão. Sem proteção, sentia-se vulnerável, sempre temendo predadores.
A cada sombra, seu coração acelerava. Para escapar do calor, se escondia sob arbustos, evitando aves de rapina e outros perigos. O sofrimento a tornava mais fraca, e a falta de comida impedia sua recuperação. Sem saber para onde ir, afastou-se do caminho certo até se perder completamente.
O Bom Pastor, ao notar sua ausência, partiu em busca dela. Com compaixão, encontrou a ovelha debilitada. Ternamente, ele a levou a uma de suas casas, onde, junto com seus servos, cuidou dela. Tratou suas feridas, removeu parasitas e a amou. Em pouco tempo, a ovelha se tornou forte e linda.
Após restaurá-la, o Pastor confiou seus cuidados aos servos até o seu retorno. No entanto, com o tempo, a ovelha começou a dar trabalho. Mesmo adulta, não queria largar a teta de sua mãe, permanecendo carente e egoísta, ocupando um espaço que deveria ser das mais novas.
Quando os servos passaram a dar mais atenção às filhotes, a ovelha rebelde sentiu-se desprezada. Em vez de refletir, falou mal dos servos e da mãe, resistindo à correção e ignorando os ensinamentos recebidos.
O Bom Pastor, com amor incondicional, não desistiu dela. Orientou seus servos a serem pacientes e a mantê-la perto até que amadurecesse. Ele sabia que ela precisava aprender a se alimentar sozinha e a ajudar os outros, em vez de ser um peso. Apesar de suas ações problemáticas, continuou a amá-la, esperando que entendesse seu verdadeiro papel.
Durante boa parte da minha vida ministerial, eu fui essa ovelha. E você?
Você conhece as duas principais estratégias que satanás usa contra os profetas do Senhor?
1. Tentativa de corrupção: O opositor busca enganar o profeta, fazendo-o profetizar por si mesmo, aproveitando-se da credibilidade que o nome do Senhor oferece. O objetivo é obter benefícios pessoais, como dinheiro, reconhecimento ou posição. Isso leva o profeta a liberar mensagens e profecias agradáveis ao público, mas que vão contra a vontade de Deus. Afinal, quem pode trazer cura quando Deus deseja ferir? E quem pode ferir quando Ele quer curar? O que Satanás ganha com isso? Cria espaços de ação em meio às confusões geradas pela desobediência.
2. Tentativa de acusação: O principal objetivo do opositor é silenciar o profeta. Ele ataca seu ânimo e suas emoções, levando-o a sentir-se indigno, pequeno ou a duvidar da direção recebida. Isso pode resultar em um silêncio "por precaução".
Como se proteger desses ataques?
Confronte sempre a profecia recebida com a direção proveniente do altar, lembrando que a maior profecia é a palavra de Deus.
Deus geralmente opera em conformidade.
Na vida, enfrentamos várias fases que nos desafiam de maneiras diferentes. Cada etapa traz suas próprias dificuldades e aprendizados, muitas vezes nos fazendo sentir que estamos em um jogo difícil.
Lembre-se de quando jogava videogame. A cada nova fase, as coisas ficavam mais complicadas, não é? Os desafios aumentavam, e, em certos momentos, éramos confrontados por um Chefão que parecia quase invencível. Lidar com isso despertava uma mistura de emoções: a ansiedade antes da luta, o coração acelerado e o medo de não conseguir vencer.
Na vida profissional e ministerial, as dificuldades podem ser semelhantes. Quando estamos prestes a alcançar um novo nível, as pressões aumentam e nos sentimos desafiados. Cada erro pode nos levar a momentos de frustração, mas também de reflexão. É normal querer desistir após várias tentativas sem sucesso, assim como no jogo, quando a ideia de voltar ao início da fase parece desanimadora.
Contudo, assim como nas batalhas do videogame, cada tentativa nos ensina algo. A determinação cresce à medida que buscamos entender o que nos impede de avançar. Muitas vezes, essa batalha interna é exacerbada pelo orgulho, que nos impede de aceitar as mudanças necessárias. A recusa em adaptar nossas abordagens ou em aprender com os erros só torna o desafio mais difícil. A falta de perdão, tanto em relação a nós mesmos quanto aos outros, se torna um peso que carregamos, nos prendendo em uma fase que não conseguimos completar.
Quando finalmente vencemos o Chefão, a recompensa é significativa. Não apenas nos sentimos aliviados, mas também ganhamos novos poderes, dons e habilidades. Essas conquistas incluem experiência valiosa e recursos que nos preparam para a próxima fase. A vitória traz a confiança necessária para encarar os desafios futuros e nos abre para novas oportunidades de crescimento.
O verdadeiro Chefão que enfrentamos, então, é o nosso próprio Ego, que alimenta o orgulho e a falta de perdão, fazendo-nos duvidar de nossas capacidades. Superar essa batalha interna é fundamental para continuar progredindo e conquistar novos desafios. Assim como em um jogo, vencer essa luta nos prepara para alcançar o próximo nível da vida, onde poderemos aplicar tudo o que aprendemos e usar nossas novas habilidades para avançar ainda mais.
Moisés encontrou amizade em seu sogro nos momentos de adversidade; Davi experimentou a amizade leal de Jonatas; Daniel contava com a confiança de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Poucos falam da solidão de José nos tempos difíceis, onde aqueles que o cercavam estavam mais interessados no que ele carregava: Potifar admirava seu talento como administrador, a esposa de Potifar se atraía por sua beleza, o carcereiro valorizava sua integridade, e o copeiro e o padeiro viam apenas seu dom espiritual.
José contou apenas com o amor de seu Pai, que lhe deu uma túnica que, na verdade, se tornou um fardo. Seus próprios irmãos transformaram esse presente em um alvo de suas flechas.
Meu filho, quero te contar uma história que ilustra a importância da entrega genuína a Deus, usando personagens que você pode entender melhor.
Era uma vez um guitarrista que, em busca de fama e sucesso, passava suas noites tocando em bares e festas. Ele sonhava em ser reconhecido, mas, um dia, encontrou Jesus. Nesse encontro, Jesus lhe pediu que abrisse mão de seu sonho de fama, um preço ministerial que ele precisaria pagar para seguir a verdadeira vocação.
Decidido a entregar seu melhor a Deus, ele dedicou tempo e recursos para aprimorar sua musicalidade e equipamentos, como alguém que adquire um perfume precioso.
Certa vez, foi convidado a tocar em um culto. Em vez de se conter, ele se entregou de coração, criando solos que enchiam o espaço com sons magníficos. Sua guitarra, tocada com sinceridade, tomava todo o ambiente, assim como o perfume que Maria ofertou a Jesus (João 12:3).
Mas nem todos estavam felizes. Alguns irmãos, ao ver sua performance, começaram a criticá-lo, dizendo que sua música era vaidade e exagero! Eles não entendiam que, para ele, tocar era uma forma de adoração genuína, não sabiam das suas renúncias e altos preços pagos. Esses críticos eram como Judas, que não conseguiu ver o valor do gesto de Maria (João 12:4-6).
O guitarrista, porém, sabia que sua entrega era sincera e que cada acorde expressava seu amor por Deus. Ele aprendeu a ignorar as vozes que tentavam desclassificar sua adoração.
Essa história nos ensina que, quando nos entregamos a Deus de verdade, Sua presença se manifesta de forma poderosa. Assim como o som da guitarra pode encher o ambiente, uma única entrega genuína pode transformar o coração das pessoas ao nosso redor, como um perfume derramado em sua totalidade.
Portanto, meu filho, não se fragmente para se encaixar nas mentes pequenas e julgadoras. Continue crescendo e obrigando que os outros se amoldem ao tamanho do que Deus te confiou carregar. Lembre-se sempre de que sua verdadeira entrega a Deus vale mais do que qualquer crítica, e é isso que te aproxima do Criador.
Deus, em Sua infinita sabedoria, escolhe esconder Seus tesouros em vasos de barro, revelando-se nas situações mais improváveis (2 Coríntios 4:7). Essa escolha divina não apenas desafia nossa percepção, mas também exalta a profundidade de Seu plano.
Considere Moisés, o maior libertador do Egito, que foi ocultado em um cesto nas águas (Êxodo 2:3), longe dos olhos de quem poderia ver sua grandeza. Ou pense em José, que, mesmo sendo um dos maiores governadores, foi aprisionado (Gênesis 39:20-21), onde sua verdadeira vocação começou a ser moldada. Daniel, que recebeu revelações extraordinárias, foi escondido na cova dos leões (Daniel 6:16-22), provando que até nas circunstâncias mais sombrias, Deus é capaz de iluminar.
Até mesmo o apóstolo Paulo, que se tornou o autor de várias epístolas (Romanos 1:1; Gálatas 1:1), teve sua formação no farisaísmo, um lugar que parecia, à primeira vista, limitar sua missão (Filipenses 3:5-6). E, por fim, o Rei dos Reis veio ao mundo não em um palácio, mas em uma simples manjedoura (Lucas 2:7), mostrando que a verdadeira grandeza pode ser encontrada nas coisas mais humildes.
Esses exemplos nos lembram que Deus não busca a lógica humana ao escolher Seus instrumentos. Sua sabedoria é um convite para olharmos além das aparências e reconhecermos a beleza do que é aparentemente simples. Em cada vaso de barro, há um tesouro esperando para ser descoberto, refletindo o amor e o propósito divinos em meio às dificuldades. Essa é a sabedoria de Deus: esconder o extraordinário em meio ao ordinário.
As crises e o caos são momentos cruciais em que Deus opera Sua ordem nas transições da vida. É nesse cenário que o dinheiro passa de uma mão para outra, posições são trocadas e autoridades são concedidas. Em meio a essa turbulência, podemos encontrar um propósito divino, mesmo que inicialmente pareça desconcertante.
Por que Deus permitiu isso em minha vida? Essa é uma pergunta que, muitas vezes, nunca encontrará uma resposta satisfatória. No entanto, podemos reformular essa indagação de maneira mais construtiva: "O que Deus deseja que eu aprenda com essa experiência? De que forma Ele está me desafiando a crescer? Como espera que eu reaja diante dessa situação?" Essa é a verdadeira maneira de enfrentar uma crise.
Assim como Jacó, que lutou com um anjo até o amanhecer e não se deixou ir sem receber uma bênção (Gênesis 32:24-26), e recebeu um novo nome, representando uma nova autoridade e posição espiritual, por isso devemos batalhar com nossas dificuldades. Não permita que elas passem sem que você extraia a sua benção. O objetivo é se reerguer mais forte, mais sábio e melhor do que era antes. Lembre-se:
Crises repentinas carregam bençãos instantâneas. O DE REPENTE DE DEUS.
RESPONDER-TE-EI SE CLAMAR
Filho, neste momento, estou na unidade de saúde, escrevendo enquanto a frustração se acumula. A consulta, agendada e esperada, tornou-se incerta quando o médico não apareceu. Mesmo vendo-o perambular pela unidade, minha voz parecia não ser ouvida. Bati na porta da sala do médico, mas não obtive resposta. A recepção tentava localizá-lo, sem sucesso.
Diante disso, procurei a coordenadora, registrei uma reclamação e liguei para a ouvidoria. Fiz barulho, ciente de que, após anos de mensalidades em dia, meu direito não poderia ser ignorado. Se não tivesse insistido, talvez perdesse a consulta, assim como muitos perdem seus direitos e petições pela falta de insistência.
Enquanto aguardava um novo atendimento, a situação me fez refletir sobre as Escrituras. Lembrei de Mateus 7:7: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.” A insistência em buscar uma resposta é um ato de fé. Naquele momento, eu era mais do que um cliente exigindo atenção dos funcionários negligentes, era como um filho futuro herdeiro, que clamou por justiça diante dos servos do seu Pai, insistindo até que fosse atendido.
O clamor do cego Bartimeu (Marcos 10:46-52) também ressoava em minha mente. Ele não hesitou em chamar Jesus, mesmo diante da tentativa de silenciá-lo. Sua determinação foi recompensada, e a fé o curou. Assim como Bartimeu, devemos clamar, mesmo diante de obstáculos.
Além disso, a ideia de que “o céu é tomado à força” (Mateus 11:12) ecoava. Às vezes, precisamos fazer um clamor fervoroso, votos, propósito e campanhas, não porque Deus seja negligente como o médico, mas porque nossas necessidades podem não ter chegado até Ele. A batalha espiritual frequentemente tenta bloquear nossas petições, assim como a falta de atenção tentava impedir meu atendimento.
Por isso, é essencial insistir, orar e buscar respostas. A perseverança é a chave para que nossas necessidades sejam atendidas. Quando batemos à porta, fazemos isso com a certeza de que nossa insistência trará resultados. A luta pela nossa saúde e pelo que é nosso por direito exige que não desistamos, pois o que buscamos não deve ser deixado de lado.
A OVELHA IMATURA
Em um lugar árido, sob o sol implacável, uma ovelha abandonada vagava sozinha, sem direção. Vulnerável e temerosa, buscava abrigo em arbustos, fugindo do calor e dos predadores que a rondavam. O cansaço e a fome enfraqueciam seu corpo, e a solidão corroía sua alma. Incapaz de encontrar o caminho certo, se perdeu, afundando ainda mais em seu desespero.
O Bom Pastor, ao passar por aquele lugar com seu rebanho, a avistou e se compadeceu dela. Movido por compaixão, encontrou-a abatida, mas não a repreendeu. Com ternura, carregou-a nos braços e a levou para uma de suas casas. Ali, junto aos seus servos, tratou suas feridas, a libertou dos seus parasitas e a alimentou. Com o tempo, a ovelha foi restaurada, tornando-se forte e saudável.
Contudo, mesmo recuperada, a ovelha não queria crescer. Permanecia carente, egoísta, insistindo em ocupar o espaço que deveria ser das mais novas. Continuava a buscar a teta da mãe, dependendo do leite quando deveria se alimentar com comida sólida. Quando os servos voltaram sua atenção às ovelhas recém-chegadas, ela se sentiu rejeitada. Em vez de refletir sobre suas ações, murmurou contra eles e até contra sua mãe, recusando a correção e ignorando as lições que aprendera.
O Bom Pastor, com amor infinito, não desistiu dela. Instruiu os servos a serem pacientes, mantendo-a próxima até que amadurecesse. Sabia que, embora ainda estivesse perdida em sua imaturidade, ela precisava aprender a se alimentar sozinha e a ajudar os outros. Mesmo com suas falhas, Ele continuou a amá-la, esperando o dia em que compreendesse seu verdadeiro papel.
Por muito tempo, fui essa ovelha. E você, já se viu nesse espelho?
Ovelhas… doces e pequeninas, mas, quando mordem, suas mordidas deixam marcas profundas. Se você não estiver preparado para suportar a dor, talvez seja melhor não se envolver. Algumas ovelhas vão resistir, rejeitar suas tentativas de correção, preferindo os riscos do desconhecido. São teimosas, inquietas, e insistem em andar por caminhos que as afastam do Pastor.
Porém, quando amam, elas amam de verdade! Confiam sem reservas, entregam-se completamente, mas essa confiança precisa ser conquistada. Não é um amor automático, exige paciência e investimento. É preciso resgatá-las quando estão perdidas, compreendê-las em sua fragilidade, prover o que lhes falta, zelar e proteger, exatamente como O Bom Pastor faz.
As ovelhas dEle reconhecem Sua voz, e se você falar em nome dEle, com autoridade e amor, elas também te reconhecerão. Mas lembre-se: esse caminho é de entrega. É preciso carregar a marca do Pastor, vivendo e falando com o amor que transforma, mesmo quando ovelhas ferem e resistem.
Filho, como você sabe, tenho trabalhado com a Mi em alguns casamentos e debutantes, fazendo as gravações. Recentemente, gravamos três debutantes seguidos, e ao ver os jovens se divertindo, arrumando-se como homens, confesso que, por um segundo, senti uma breve tristeza por não ter vivido algo assim. Logo depois, pensei na possibilidade de você também não vivenciar isso, e aquela tristeza voltou. Mas, mais uma vez, o Pai Celestial nos surpreendeu! Você pôde viver algo muito especial na celebração de 15 anos da cantora excepcional e, acima de tudo, mulher de Deus, Kellen Byanca. Foi lindo demais! O culto que ela fez ao Senhor me tocou profundamente, e fico cheio de alegria ao ver você envolvido com pessoas que amam Jesus acima de tudo.
Te amo mais do que consigo expressar, e você nem imagina o quanto o Senhor te usa para me curar! Obrigado por ser quem você é. Jamais perca sua essência. Tenho muito orgulho de você, filho!
A conexão entre as palavras “amor” e “amo” é mais do que uma curiosidade linguística; ela revela uma profunda verdade espiritual. Ambas derivam do verbo latino “amare”, sugerindo que a autoridade do verdadeiro Senhor não pode ser dissociada do amor e do serviço. Isso é visível no chamado de Jesus para que nos amemos e sirvamos uns aos outros:
“Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros.” (João 13:34).
Aqui, Cristo, o Senhor supremo, nos exorta não apenas ao amor mútuo, mas também ao serviço, mostrando que seu senhorio é fundamentado no amor, e não na opressão. A palavra “amo”, com sua origem no amor, reflete o caráter do Senhor que, em vez de nos dominar com dureza, nos serve, cuida e se sacrifica por nós. Jesus não é um Senhor que oprime, mas um Senhor que ama a ponto de entregar sua vida (João 10:11) e lavar os pés dos seus discípulos, como um servo (João 13:14-15).
Essa semelhança entre “amor” e “amo” também ilustra a diferença entre a escravidão física e a escravidão espiritual. Enquanto a opressão do “amo” humano poderia ser tirânica, o “amo” divino, Jesus, exerce seu poder com o mais puro amor, chamando-nos a servir uns aos outros, assim como Ele nos serviu (Marcos 10:45). Ele nos convida a sermos escravos do amor, onde o Senhor nos guia com liberdade, nos libertando da verdadeira escravidão do pecado (Romanos 6:18).
Quando Cristo nos manda amar e servir uns aos outros, Ele não apenas nos ordena a viver em harmonia, mas nos revela que o próprio sentido de liderança, de ser “amo”, está enraizado no amor e no serviço. Somos, assim, chamados a sermos senhores de nosso próximo com o mesmo amor e espírito de serviço com que Cristo nos amou e nos serviu (Gálatas 5:13). O governo de Jesus é o do amor e da servidão voluntária; aquele que verdadeiramente ama, governa com justiça, misericórdia e serviço.
Essa é a essência do versículo: amar e servir uns aos outros, como o Amo nos ama e nos serve.
Nos bastidores, o silêncio e a falta de perspectiva sufoca como uma semente enterrada na escuridão. O esforço parece invisível, e a notoriedade distante. Contudo, é nessa pressão solitária que o verdadeiro crescimento se consolida, aguardando o momento certo para brotar na luz.
Jesus foi como uma semente plantada, seu subsolo foi uma manjedoura na Judéia. O vento da perseguição de Herodes o soprou para a simples Nazaré. Ele brotou como a Videira, plantada na qual precisava morrer para brotar, crescendo ferido pelos espinhos, mas as ervas daninhas não ousaram tentar sufocá-lo, até ser pregado no madeiro, secando até morrer. Contudo, ressuscitou em três dias, fazendo sombra de refúgio para os que buscavam alívio e para os seus opressores debaixo do sol. Concedeu o vinho do seu puro fruto a quem se curva abaixo dEle, propondo um pacto de aliança no vinho carmesim, como sangue.