Júnio Dâmaso
Com as nossas vivências cotidianas vamos percebendo melhor as coisas, principalmente no que tange as nossas atitudes pessoais para com os demais.
Se do avesso somos virados é certo que nunca voltamos a ser como antes, assim como a folha amassada não perde as marcas das dobras, temos também as nossas.
O pensamento humano é progressivo... amadurecemos... e aqueles pensamentos do princípio se mostram muitas vezes menino, inocente.
Até os mais sábios cometem tolices de vez em quando, pois que mero homem mortal encontrou a perfeição em si mesmo?
Quisera eu dizer tantas coisas mas não encontro palavras, e ainda que as tivesse talvez não entenderia.
Preciso desenvolver a frenagem neural se não quiser ultrapassar os limites da loucura, e acabar me tornando um gênio!
As sinapses me obrigam a escrever sem ao menos pedir licença, de repente, BUM! Lá estão elas, as ideias loucas.
Às vezes fico boquiaberto e não sei donde fluem, à quantas andam certas ideias e loucuras que fazem moradas nas interconexões dos meus míseros neurônios desconhecidos. Para mim, espanto, para outros, estupidez!
Aqueles que, por engano, culpam a Deus têm mais esperança do que os obstinados, que nada questionam.
Estrondo
Caro leitor, que ouve sua própria voz
Ressoando na cabeça,
Te explico
Implicitamente abaixo:
O início do processo criativo
Não chegou ao meu conhecimento
Seu local talvez seja privativo
Nem passou por meu pensamento;
Me debruço sobre o nada
Como se fosse num parapeito
De cabeça eu mergulho
Mas o que sai, está feito;
Disso não me orgulho
O mérito não é meu
Terminado o barulho
O crédito é todo seu.
Há vezes em que fico frustrado por não me lembrar de alguns pensamentos, estes então, se perdem no tempo por não terem sido grafados de modo permanente. Só existiram no meu esquecimento.