Júlio Pattuzzo
Xayzen
Xayzen será uma filosofia prevalecente entre as demais pois buscará reconciliar o nosso conhecimento com a realidade. Ela tem o intuito de explicar, unificar e facilitar o entendimento da realidade.
Xayzen buscou e ainda busca o conhecimento sobre a essência humana; mas não só a humana, como também a de todos os seres sencientes, daqui ou de outro planeta.
Esta essência é tudo que é intrínseco ao ser e que rege as suas ações. Tudo no âmbito intelectual. Esta chave do Xayzen esclarece a essência senciente, dando uma base e um caminho para análise. Com essa chave poderá medir se uma ação é boa ou má; poderá quantificar se um governo é bom ou não, além de servir de base para demais chaves do conhecimento.
Antes de entrarmos totalmente no assunto, devemos entender algumas afirmações:
Consciência
1. Todo ser senciente nasce ignorante;
2. Todo ser senciente pode conhecer;
Crença
1. Todo ser senciente é convicto;
2. Todo ser senciente tem crença com base em seus conhecimentos;
Vontade
1. Todo ser senciente tem vontade;
2. Todo ser senciente realiza suas vontades com relação ao seu conhecimento e às suas convicções;
Todo ser senciente possui consciência, crença e vontade.
Pilares da Vida Senciente
Pilar da Consciência:
A consciência é como um prédio em eterna construção: possui um alicerce, vigas, andares e um guindaste. Consciência é o construto do ser, é tudo que faz ele ser ele; no entanto, no início essa consciência não existe. O que existe é o solo (cérebro), e conforme o bebê nasce e se desenvolve, seu alicerce é formado; ergue-se as vigas e começa a construir cada andar, mesmo que às vezes tenha que demolir e reconstruir. A consciência é o conjunto da personalidade, das crenças, das memórias. E todo esse conjunto de fatores definirá como reagirá ao seu meio: introvertido ou extrovertido; receptivo ou refratário, calmo ou agressivo... Nascemos ignorantes, mas com o tempo adquirimos conhecimento.
Xayzen também nos revela que da consciência surge os outros dois pilares conhecidos: Crença & Vontade
Pilar da Crença:
A crença: disposição subjetiva a considerar algo certo ou verdadeiro, por força do hábito ou das impressões sensíveis. Crençaé o estado psicológico em que um indivíduo adota e se detém a uma proposição ou premissa para a verdade, ou ainda, uma opinião formada ou convicção.
Pilar da Vontade:
A vontade: faculdade que tem o ser humano de querer, de escolher, de livremente praticar ou deixar de praticar certos atos. Força interior que o impulsiona a realizar algo, atingir seus fins ou desejos. E ao realizá-los, pode ou não infringir a liberdade de outrem. A vontade se baseia em seu conhecimento e em suas crenças.
Visto os três pilares, se faz necessário dizer que cada pilar pode ser separado em outros dois:
Consciência > conhecimento & ignorância
Crença > curiosidade & convicção
Vontade > altruísmo & egoísmo
"A crença está no fato de acreditar que precisa escolher; a vontade em querer escolher e a consciência no ato da escolha." - Júlio Pattuzzo
Tendo visto todos os três pilares, poderemos analisar questões e dizer se elas são boas ou não, mas somente questões envolvendo as relações de seres sencientes. Por exemplo: podemos analisar e dizer quais pilares estão envolvidos na fé; o porquê do fanatismo ser ruim de acordo com os pilares envolvidos, e até ter um caminho para evolução intelectual.
Deus existe? Vamos tirar isso a limpo! 2.0
Antes de tudo, o que é Deus? um conceito;
como tal, deve ser definido: primeiro motor.
Quais seriam as características de Deus?
Onipresença;
Onisciência,
Onipotência.
Definido o que é Deus e dado a ele características, vamos identificá-lo em nossa realidade:
Se Deus está em todo lugar, obviamente sabe tudo, e se sabe tudo, obviamente pode tudo. Então, o que é Deus? O que, em nossa existência, seria descrita perfeitamente pelas características dadas a Deus? A natureza.
Veja bem, o que existe além da natureza, sendo que a mesma é tudo que existe? Toda partícula, onda, foton, faz parte e compõe o que nós chamamos de natureza. Até mesmo os buracos negros (mesmo que não saibamos exatamente o que há em seu centro).
Energia não pode ser criada e nem destruída: a energia pode apenas transformar-se de um tipo a outro(s).
Outro ponto que vale uma ênfase: de onde veio a ideia de criação?
Nós não temos uma experiência concreta, nem qualquer tipo de conhecimento sobre a origem de qualquer coisa do 0, temos apenas experiências de transformações, términos e inícios de fases, ciclos. Não há e nem nunca houve uma experiência humana que justificasse e que desse valor a este questionamento.
Um conceito sem embasamento na existência, não pode ser usado para explicar a mesma.
Não se pode observar A, descrever-lhe, e achar que a mesma descrição será válida para B.
Inteligência é a capacidade que os seres vivos têm de perceber o meio em que estão inseridos, é a capacidade de observação.
Consciência é a soma de todos os processos cerebrais;
Personalidade é a forma como esses processos acontecem.
Não existem múltiplas inteligências, assim como definiu Gardner, mas claro, tudo depende de como se define a inteligência.
Quanto maior a capacidade de observação de um indivíduo, maior a sua inteligência.
1.° Quando o homem não era homem, e o mundo não era mundo, o tempo não era tempo.
2.° Quando o homem caminhava sobre à terra, o mesmo ainda não sabia caminhar; quando o homem caçava sobre à terra, o mesmo ainda não sabia caçar.
3.° Desde que o mundo é mundo, e o tempo é tempo, o homem é homem.
4.° No horizonte se encontra o mundo, mas somente o que nos é próximo pertence ao mundo.
5.° Desde as límpidas águas às turvas, o mundo jaz do homem.
6.° Desde o padeiro ao engenheiro, ambos partilham do mesmo conhecimento, mas em diferentes intensidades.
7.° A toda pessoa com quem fales, estarás vendo um fragmento de si mesmo.
8.° Tenha ouvidos ou olhos, sempre estará a ouvir o que quer ouvir, e a ver, o que quer ver.
9.° Para que a boca mova a montanha, a mente deve mover o coração.
10.° Para encontrar Deus, primeiro busque si, encontrar; para entender Deus, primeiro busque si, entender.
Para um conceito existir, há duas origens:
1. Abstração do meio natural/material; 2. União de ideias já abstraídas do meio;
Quando mesclamos mais de uma ideia ao invés de abstrair, temos que procurar algo no mundo físico e atribuir esse valor ao objeto.
Como Deus nunca foi experienciado; nunca poderíamos ter criado o conceito de Deus através da abstração, logo a ideia nasceu da união de outras ideias, como da palavra “pai” com outras palavras, como o infinito, ao decorrer do tempo.
Tudo bem, e o infinito? Ele não foi experienciado, mas ainda sim temos um conceito. O infinito surgiu de uma generalização, onde uma sequência de fatos, números não termina.
Como Deus nunca foi experienciado, logo temos que procurar algo na existência e atribuir valor.
Deus criou o Universo;
Só existia Deus no início;
Toda criação decorre de uma transformação;
Se só existia Deus no início e toda criação é uma transformação, Logo Deus é o próprio Universo.
(1)Deus sabe tudo;
(2)Deus pode tudo;
(3)Deus está em toda parte;
Se Deus é tudo, logo cria o próprio lugar, logo está em todo lugar (3); Se Deus é tudo, logo sabe tudo, pois é tudo (1); Se Deus é tudo, logo pode tudo, pois é tudo (2).
Deus não necessita de fé, crença ou religião, pois Deus é tudo o que existe, desde os átomos em seu corpo às estrelas nos céus.
Não tenha fé, tenha conhecimento!
A busca pelo conhecimento tem como consequência a ignorância, mesmo que isso seja paradoxal. Quando escolhemos conhecer uma coisa, deixamos de lado, naquele momento, a possibilidade de conhecer outra coisa.
No final, temos a constatação da nossa limitação. Somos, infelizmente, fadados a ser ignorantes.
No princípio havia Nada e Tudo.
Era o Nada sem forma e vazio; nada podia ser visto, sentido ou ouvido, e o Nada movia-se sobre si mesmo.
O Nada então, sem forma e vazio, criou Tudo à sua imagem; e à imagem do Nada criou-se Tudo.
E o Tudo havia forma e conteúdo.
E o Tudo podia ser visto, sentido e ouvido.
E o Tudo via-se, sentia-se e ouvia-se a si mesmo.
O tempo é como um rio em movimento. Tudo que existe, pertence ao rio. Tudo na superfície do rio se move com a mesma velocidade. Conforme um objeto A aumenta a sua densidade, ele afunda, mas ainda se move com o rio.
Se tivermos dois objetos, podemos criar um referencial.
Conforme o objeto A afunda, a sua velocidade diminui. Em referência ao objeto B da superfície, percebemos que a distância entre eles aumenta, conforme o objeto A afunda.
9Qs da Aprendizagem
1.º Qual o objeto de estudo?
2.º O que é?
3.º Qual a função?
4.º Qual a composição do objeto?
5.º Quais as regras?
6.º Qual o significado?
7.º Qual o propósito do estudo?
8.º Qual a forma de aprender?
9.º Qual a forma de praticar?
Há muito o que falar sobre o que é ser Filósofo, mas estas são algumas das características.
Filosofia,
Significa amor à verdade;
Afinidade à verdade.
A busca pela verdade requer do filósofo certas características, a fim de prevalecer somente e nada mais que a verdade, e impõe restrições, a fim de minimizar todo e qualquer desvio da busca pela verdade.
O objeto do Filósofo é o mundo, e dele tenta extrair alguma verdade, utilizando a análise, a lógica, a linguagem, e caso necessário, a experimentação, onde encontramos a ciência.
Um conceito é inválido quando não é baseado no mundo concreto. O Filósofo deve redefinir conceitos inválidos e torná-los válidos, para então usá-los.
O Filósofo deve:
Definir o objeto a ser analisado, a fim de maximizar a busca pela verdade;
Apreciar a vida que tem, pois ela é a única que o permite buscar a verdade;
Seguir uma única filosofia: a busca pela verdade;
Manter-se distante de toda religião ou crença, pois a permanência na convicção o priva de buscar a verdade;
O Filósofo não deve:
O Filósofo não deve, jamais, confiar na linguagem do homem antigo, pois ela é falha; a linguagem contém inúmeros conceitos inválidos, o que dificulta e por vezes trai o filósofo em sua busca, o engana;
Refletir a cerca de um objeto sem antes defini-lo, pois sem a definição, ficará à margem do erro, na impossibilidade de reconhecer o objeto no mundo;
Não deve menosprezar a vida, pois ao fazê-lo, estará menosprezando a busca pela verdade;
Seguir outras filosofias além da busca pela verdade, pois não há filosofia maior que o reconhecimento da sua ignorância e a busca contínua pela verdade;
Aceitar uma religião ou crença, pois caso isso aconteça, o filósofo aceitará parcialidade na busca pela verdade, e não há busca fiel se não houver imparcialidade.