Júlia Figueiredo

26 - 50 do total de 90 pensamentos de Júlia Figueiredo

⁠⁠No meu mapa, todas as suas curvas têm nome.

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⁠Em alguns desafios pessoais, a única saída é escavar os alicerces. Inevitavelmente, a estrutura se abala, senão desmorona. Mas para uma reconstrução genuína, é necessário viver a dolorosa experiência da ruína para começar tudo novamente, mais forte, mais robusto, mais seguro!

Não hesite se desfazer hoje. A morada de amanhã depende disso.

⁠⁠⁠Acaso não queremos parar porque a inércia do corpo pode descortinar o que se movimenta na mente?

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Romantize a vida, não pessoas.
Pessoas devem ser amadas, não romantizadas.

Romance é o amor inflamado pela expectativa.

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⁠O tempo é cirúrgico. Mas é necessário ser(seu) paciente.

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⁠O perdão não é o passe livre para que o causador da dor passeie novamente em seu pátio. Perdoar significa também impor limites e seguir, agora sem a sobrecarga. Isso implica deixar pessoas, bagagens e afetos para trás.

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⁠Escolha seus afetos. Guarde seu coração. Existem cargas emocionais que não nos pertecencem mais. Abandoná-las é o minimalismo que precisamos praticar mais.

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Às vezes, Deus permite que todas as nossas condições, e até esperança que nos vivificava, sejam reduzidas a pó, para que a única solução reparadora dependa de um verdadeiro milagre. Somente assim a glória será única e exclusivamente para Ele.

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"Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti que trabalha para aquele que nele espera." (Isaías 64:4)

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⁠A nossa responsabilidade emocional tem um limite e é este:
cuidar, reparar e resolver sem invadir a si.

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⁠Limites relacionais são necessários. Construir cercas ao redor do próprio coração é a legitimidade que devemos permitir para preservar nossa integridade emocional.

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⁠Algumas dores se engessam em mágoas quando tentamos manter relações tóxicas simplesmente pelo ego de ter sempre perto todos que UM DIA foram importantes.

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⁠Algumas dores simplesmente não vão passar enquanto você não sair do lugar opressor.

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⁠De florescer a desfolhar, tudo ao seu tempo.

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⁠Às vezes não é falta de amor. É falta de tradução.

Qual é a sua linguagem?

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⁠Não aceitar respostas simples para questões complexas é um dos piores tipos de orgulho. O simples funciona sim.

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⁠Dia decisivo: desci os pensamentos que estavam em cima do muro.

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⁠As pessoas não são obrigadas a entender o quão sensível você é. Assim como você não precisa compreender o quão rasas elas são.

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⁠Ei, mente, o coração também precisa respirar.

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⁠O poder da mente:

Disseram da boca pra fora, mas você ouviu do coração pra dentro.

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⁠⁠Ela é mar inteiro.
Seus olhos são a comporta, a janela da alma.

Tem dia que ela jorra e noutros ela goteja... letra a letra do seu par de oceanos negros.

Um dia, de tanto jorrar, se afogou no mar de emoções (em si mesma). Era sentimento de não caber mais.

Quem iria represá-la? Quem conteria sua fúria? Seu tsunami interior…

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⁠Tudo que eu preciso para hoje nasceu com este dia.

⁠Assim como os pulmões inflam sem exigir o ar, na certeza plena de que ele virá, dê a si mesmo o luxo de ser feliz espontaneamente.

E se for para controlar algo, que seja o leme, não a maré!

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⁠Respir arrrr.

E preso, com os pulmões inflados, estou a 1 segundo de satisfazer-me
Não tenho pulmões exigentes
Importa-me que esteja presente, na devida proporção, o ar que me cerca
Importa-me que oxigene as células

O fôlego percorre seu caminho,
encontra a existência,
mata um pouco
porque é o mecanismo da vida, um pouco de morte em si

Se eu tivesse pulmões exigentes, não haveria espaço para a vida
Eu morreria da eterna utopia de que ar melhor é o ar puro
Morreria na ideia, e não viveria a tempo de contar-lhe que ar puro mata

Mata porque não se disponibiliza
A exigência mata
Cuidado!

E mata não só de raiva os pulmões
Mata quando exigimos o melhor do ar, da vida, das relações, dos serviços, do tempo, de tudo, de todos, da evolução, dos cenários…

Melhor é viver com o simples que se tem a morrer periódicos sufocos aguardando o refrigério que merecemos

Por óbvio, merecemos o puro, o sacro.
Mas de que serve o sagrado inalcançável?

Ninguém se hiberna
A vida é urgente!

Não existe isso
Não existe esperar o melhor para degustar a vida

O melhor é agora, nos retalhos de colchas da existência
quando, nos desafios, precisamos costurar logo para existir

Inserida por JuliaFigueiredo7

⁠Comprei um par de cadeiras de praia
Na sala vazia, sem propósito, caiu bem seu lugar no cenário

Fiz o convite.

Elas vieram, sentaram-se confortavelmente, sem cruzar as pernas, e…
tomando banho de lua, no reflexo da porta de vidro,
decidiram deitar ao chão.
Lunáticas que são, era de se esperar.

A conversa deu lugar ao silêncio que escutava a música
Minha playlist "23:45" ecoava na sala cheia de vazios
Elas, as cadeiras vazias, os corpos no chão, o brilho lunar invadindo a sala…

Contemplamos, existimos, sem função, a sala não tinha propósito
Da gente, só se esperava existir…
livres, descruzadas, juntas, deitadas e enroscando as mãos em nosso cabelos

Elas foram embora.

Comprei uma poltrona caríssima para duas deitarem
A poltrona se acostumou, e eu me acostumei com seu conforto vazio, também sem propósito

Era ela para nada.
Para o mesmo que as cadeiras de praia
Mas para ser nada, custou muito e fiquei brava.

Comprei uma luminária, para iluminar seu costume na sala.
Agora existia um propósito…
a luminária, clarear a poltrona
a poltrona, ser iluminada
Mas também era para nada

Comprei uma vitrola, e era para ecoar sons na sala que já não estava vazia.
E percebi que também era para nada se não houvesse nela um vinil cambaleando

Comprei o vinil, e este era para alguma coisa.
Era para fazer funcionar a vitrola e dar a ela propósito.
E, cambaleando, percebi que também me acostumava.

Comprei um vinho para encher a taça
E enchendo a taça, a esvaziava em mim, que agora cheia dele, via alguma proposta
Eu é que estava iluminada, mesmo sem ligar a luminária na tomada.

Olhando para a sala, desci os degraus saindo de casa.
Deitei na rede, e olhando para a sala cheia, percebi que não me cabia lá.
Era tudo para nada.

Todos nós estávamos acostumados.
Tudo era para nada.

Então, desistindo de ter, existi!

Inserida por JuliaFigueiredo7

⁠A vida é mesmo desproporcional, basta um instante de existência para compensar todos os anos de uma idade.

Inserida por JuliaFigueiredo7