JuCSoM
Sei que sou uau!!!
Os desejos que possuímos transformam-se em aventuras e poesia.
Nossos corpos se encaixam como fogo e rima.
Repouso e me abasteço com todo o impulso da sua constante frenesia!
Gosto quando você decola e me viaja por cima.
Toque minhas costas sem medo, desbrave-me sem nenhum guia.
É conforto sentir sua gravidade que me prende no chão e ao mesmo tempo me alucina.
Pronto, só corro!
Quando foi que cortaram minhas belas asas?
Para onde realmente devo ir para me sentir em casa?
Quando foi que o medo tornou-se mais forte que o desejo de ser feliz?
Quantos traumas persistem como sombras das escolhas que eu fiz?
Tornei-me essa fera que rosna constantemente para qualquer um.
Essa marra disfarçada de raiva, mas que na verdade é uma dor incomum.
No fundo sou só um bichinho medroso e sem esperança,
Tremendo de medo das demasiadas lembranças.
Evito emoções pois não tenho condições de suportar mais perdas, fui roubado!
Já foram tantas vezes e ninguém imagina a imensidão desse buraco cavado.
Talvez eu seja bom nesse lance de fingir e me escondo demais.
Sou um ótimo poeta, um fingidor habilmente sagaz.
Sempre cobri de flores os caminhos que aos poucos foram se destruindo.
Sinto falta de muita coisa, mas sempre choro (sorrindo)!
É assim que sangro, essa hemorragia de amar.
Já sangrei tanto que estou a ponto de me afogar.
Gradativamente cansado dessa insistência de nadar,
Mas traumatizado demais para confiar em quem tenta me resgatar.
Dizem que o tempo vai curar e dizem também que a vida é curta demais.
Ótima maneira de falar que ninguém se importa, que tudo bem e tanto faz.
Quantas vidas preciso para que haja tempo suficiente para me sarar de você?
Essa é uma pergunta constante, uma pauta ainda aberta no meu imenso dossiê.
Seria mais fácil se você fosse a dor, um anexo, uma página descartável,
Mas você é só mais uma vítima lidando com seu próprio trauma incomparável.
No fundo somos todos flagelados usando máscaras enobrecidas.
Por baixo desses grandes sorrisos encontram-se almas falidas.
Mesmo que haja brilho nessa casca constantemente polida,
Perdemos nosso endereço. Somos labirintos sem saída…
No fundo somos todos flagelados usando máscaras enobrecidas.
Por baixo desses grandes sorrisos encontram-se almas falidas.
Mesmo que haja brilho nessa casca constantemente polida,
Perdemos nosso endereço. Somos labirintos sem saída…
Tornei-me essa fera que rosna constantemente para qualquer um.
Essa marra disfarçada de raiva, mas que na verdade é uma dor incomum.
No fundo sou só um bichinho medroso e sem esperança,
Tremendo de medo das demasiadas lembranças.
Quantas vezes preferimos sorrir para não ter que explicar?
Quantas vezes nos calamos por não ter as palavras certas para definir o que sentimos? Viciamos em pequenas fugas e quando percebemos, estamos longe de tudo, longe demais!
A nossa história, meio que sem começo, conta como estamos ligados por querer a mesma coisa e mesmo assim continuamos separados só porque tememos coisas tão diferentes! Tenho medo de perder minhas asas enquanto você continua cortando as suas.
Devemos ressignificar certos conceitos e desvendar o que é certo e errado para cada um de nós! A realidade dos outros não precisa ser a nossa. Não reforcemos barreiras erguidas por pessoas perdidas do passado, temos a liberdade para criar nossa própria história, nós somos as asas do futuro!
Sou aquele sujeito, ora simples ora composto; e às vezes, não por regra, um indefinido suposto.
Sou de fácil escrita, rimas de um poeta enobrecido. Quase sempre um belo resumo para qualquer novo conhecido.
No sigilo das entrelinhas estão meus incansáveis infinitivos. Tenho muitos verbos, mas só torno-me próprio nos adjetivos.
Até hoje, só deixei de fazer algo por preguiça ou prudência. Tenho minhas fobias e receios, mas o medo é só um tempero exótico que deixa um gosto ainda melhor nas coisas. Então fica a dica: “Vai! E se der medo, vai com medo mesmo”.
Não é que eu seja tímido... Sou é discreto mesmo. Textos, frases e verdades verbais não representam nem a metade da minha intensidade. O que o meu olhar diz, quase sempre é uma vontade de todo o meu corpo e um desejo da minha alma. Palavras, até mesmo ritmadas, não seriam verdadeiras o suficiente.
Já fui, e por tempo demais, um mascote, um coadjuvante, um troféu para os outros. Então, não espere que eu peça desculpas por parecer egoísta (provavelmente, eu sou mesmo). De agora em diante só viajo nas histórias em que eu sou o protagonista.
Às vezes, o que atrai não é o rosto, o corpo, o beijo
Tão pouco o gosto, o toque ou o jeito de ser
Tem gente que é...
E não tem que ter um porquê.
Tem gente que é...
Simplesmente não dá não dá para descrever!
Tem gente que é...
E até na efemeridade faz o momento valer.
Tem gente que é...
Mas você só vai descobrir se deixar acontecer.
Dos muitos desejos que tenho, pouco deles eu manifesto.
Sinto-me restrito, quando meu affair está por perto.
E mesmo que o anseio do meu corpo seja como um vulcão.
Sinto mil coisas que anulam minha lógica e percepção.
Fico anestesiado, minha atitude se algema em um mundo incerto.
Por isso transcrevo minhas intenções, pois no discurso eu nunca acerto.
Quando o verbo se torna tinta eu me transformo, me liberto.
Já me chamaram de poeta, mas isso é só uma ilusão.
Eu faço da escrita minha grande expressão.
Só escrevo meus desejos e talvez você foi a inspiração.
Se busca uma resposta lógica ou minha sincera confissão.
Leia os rascunhos que grafei enquanto você segurava minha mão.
A maioria das coisas boas começam com o fim de outras. Desejamos esse caos inconscientemente, pois tudo é um ciclo, causa e efeito, consequências. Saudade é o desejo de diminuir a distância; Amor é a necessidade de acabar com a solidão; Sonho é o findar das negações; Liberdade é o prazer de anular as restrições. Aceite ser o ceifador, o obliterador, o dono-de-si. Não se apegue às correntes mentais e emocionais que impuseram em você. É preciso romper os antigos mandamentos para compreender os novos; permita-se sentir com intensidade, sentir o fim de tudo e o começo do extraordinário.
Somos caos e aceitar essa natureza é o que rompe os limites instituídos por convenções. A compreensão mais real de qualquer coisa exige a vivência, longe disso, qualquer aprendizado e mera teoria, uma simples e relativa conveniência.
Chegamos a esse ponto da nossa história sobre liberdade e cultura. Chegamos ao auge da hipocrisia, onde a massa patriota defende os valores de uma democracia unilateral. Sem embasamento seu hino, repleto de injúrias, desrespeita as verdadeiras lutas já vencidas pela nação, algumas delas com dor e sangue. Soldadinhos de cera marchando em direção ao fogo, que indubitavelmente consideram pura luz. Eles levantam uma bandeira verde e amarela, parecida com a nossa, mas seu brandir dissimina desordem e clama por retrocesso. Será esse o nosso legado? Ser uma nação homogênea? Uma sociedade esquecida da sua honra? Um povo que assola os caminhos que deveria semear? Flagelos, sentinelas, abram os olhos antes que percam a própria terra.
Certa vez, um sábio me disse que haviam dois lobos opostos dentro de mim e que o dominante seria aquele que eu melhor alimentasse...
Mandei ele se lascar...
Eu nutro os dois!
Vê se eu ia deixar um com fome para o outro ficar forte sendo ambos parte de mim...
Eu não sinto saudade e não compreendo o amor
Mas confesso que dói não retribuir esse ímpeto fervor
Dói quando alguém diz que me ama e falto com retribuição
Dói não responder. Dói tamanha e pura incompreensão
Consigo ver essa equação e o resultado tão esperado
Percebo todos os graus da relação sujeito e sujeitado
Entendo o conceito da constante emocional
Dos valores que subtraem e até o que se torna exponencial
Mas o EU, que deveria ser uma incógnita assertiva
Ao invés de ser exato, coloca tudo á deriva
Essa expressão, outrora uma matemática básica
Agora apresenta uma polaridade questionável e fásica
Sou irreal em uma ciência aplicada. Nasci totalmente variante
Sou um conceito que não estabelece equilíbrio de tão inconstante
Altero freneticamente a perspectiva do que decretou-se como compreendido
Coloco todo o quadro em um plano onde até a gravidade encontra outro sentido
Acredito que o meu propósito é enxergar o problema
E, por fim, escrever essa teoria em um notável esquema
Eu quero achar resposta, a almejada solução
Mas basta olhar no espelho...
Sou eu... O grande e genérico X da questão
DESERTO
Eu não tenho disposição para umedecer terras inférteis.
Estou onde o preparo se oportunidade.
Estou onde a garra perfura a rocha.
Estou onde a peneira filtra a preciosidade.
Não tenho tempo, não tenho energia e tão pouco interesse de fazer parte algo, quando a própria terra se racha apegada a si mesma.
Isso é secura de sua alma...
Isso nem tempestades podem mudar!
Basta um circo ou uma esmola em forma de pão
que a história se repete... Sonegue a dor do "irmão".
Bravo! Bate no peito por essa sua paixão nacional.
Bate na raça com seu patriotismo inconstitucional.
Nesse assombroso coliseu da vida o hino vem de sibilos estridentes
e você aplaude a morte que esmaga mais um dos seus entes.
Vai! Grita, pula, comemora...
Já, já também chega sua hora...