Ju Leiria
Sabe aquela história do copo metade cheio, metade vazio? Acho que nós quebramos o copo. Só não é preciso esmigalhar os cacos, baby.
As fotos ainda estão nas paredes, o nome ainda está na agenda, o travesseiro ainda tem o seu perfume.
Esses dias li que o que é verdadeiro sempre volta. Não concordei. O que é verdadeiro mesmo nunca chega a ir embora.
Minha história com ele ainda continua sendo escrita, mesmo que somente eu continue digitando capítulo por capítulo.
O que um dia foi amor, vai ser pra sempre amor. Não adianta fugir, nem adianta negar. O amor não se joga fora.
O amor é como uma chama perpétua, que pode bruxulear com o vento forte, mas que não perde o brilho jamais.
O amor é um sentimento que não se apaga. Tu podes ter a melhor borracha, mas tenha sempre em mente que o amor não se escreve à lápis. Também não se esqueça que não se fazem mais corretivos líquidos como antigamente. Tu podes passar o corretivo, mas sempre vai conseguir ler o que estava escrito por baixo. O amor é sempre evidente, mesmo quando tentamos disfarçá-lo. O amor é escrito por uma tinta mágica, dessas que é impossível se arrepender do que foi traçado.
Mas veja bem. Não vamos confundir amor próprio com amor de verdade. Amor próprio não é amor, é orgulho. O amor nunca é de uma pessoa só, é um sentimento que exige no mínimo duas pessoas. O amor é para se compartilhar, não para se (re)ter.
Sei que sou uma das últimas pessoas que fala de amor desse jeito. Mas antes falar de amor, do que ser mal amado(a).