José Henrique Boia dos Santos
Casaco azul.
Ainda sem palavras ,
E que meus pés toquem os teus,
Não vejo ainda suas pegadas,
Vem de longe o teu sabor,
O teu olhar está no meu... ao céu,
Fico aqui a me olhar o tempo todo,
E me vendo sem ti, o nada é muito,
É tão pesado que ao deitar não durmo,
Pensar que o amor é um prazer,
E que o prazer é te amar,
Se faz em dor por tua ausência,
Um leva e traz de sentimentos.
Vou vestir-me da ilusão de sair por ai,
Descer as escadas com um casaco azul,
Um tênis qualquer ou o de sempre,
Sentar de frente ao mar,
Soletrar teu nome na areia,
Caminhar um pouco,
De maos dadas com o tempo,
Beijar o vento que por ti passou,
Olhar o sol que teve teu olhar primeiro,
Assim te sinto, assim te vivo,
Passar por rostos que me dizem olá,
Ficar assim por todo dia, junto a todos,
E com todos pensando em ti, amando a ti,
Ir a todo lugar e em todo lugar te levar,
Estar em tudo e em tudo você está,
Olhar as horas e já é noite,
Olhar a lua que você olhou,
Te levar por toda noite, tentar você,
Soltar-me de tuas mãos, se estivesse nelas,
Desligar a dor que me liga a você,
Caminhar sozinho, sem um coração marcado,
Não há lembranças, apenas sonhos,
Não tenho nada, é o desejo a me iludir,
É a paixão que me abraça dia e noite,
O amor sem um corpo a me adotar,
Com os açoites de tua voz,
Entregou-me a ti sem sentido,
E deixou-me no sentido de te amar,
Nem uma rosa posso eu te dar,
Que meus pés toquem os teus,
Mas ainda não vejo suas pegadas,
E me vendo sem ti, ainda é nada,
O amor que dói,
Dentro de um casaco azul...
José Henrique
"Queria um gira-sol,
Porque doi amor em sol,
Este amor que vivo em dó,
Sem estar em mi,
Vivo em si,
Com você em lá...🎵🎶🎵🎼"
José Henrique
Era uma vez um amor
Um desses que não se vê
Daqueles que não se pode tocar
Que não se pode viver
Que não possui um beijo
Que não possui um abraço
Não há olhos nos olhos
Um amor no desejo
De sonhos
De querer
De amar
De sentir
De não ter...
José Henrique
Em ti...
Quando fiquei aqui te vendo partir,
Senti calado a perda de muito de mim,
Não sabia que tudo que tinha estava em ti,
Meu olhar, meu sorriso, pétalas de uma vida,
Eras a minha rosa e o perfume se foi com tua ida,
Ainda tenho a marca do amor que arde em minha vida,
Deverias levar o amor que sinto,
A dor ficou a meu lado, numa taça de vinho tinto,
De um sabor suave que desce dilacerando...não minto,
O que ficou tudo tocas-te, tudo tem tuas mãos,
Uma herança que ainda sinto como um livro nas mãos,
Em meu corpo o arrepio de teu prazer,
Percorre noites em insônia tentando te refazer,
Desenho-te em poesias,
Se levasse o que ainda tenho, pois é somente teu,
E meu pedido de perdão, leve-o de mim,
Ando a viver sem mim, leve de mim o que é de ti,
Afronto-me com tanto amor,
Afogo-me nas noites deste mar de tua ausência,
Tira-me o desejo que ainda é somente teu,
Deixa-me viver sem ti, sem o féu nos meus lábios,
Não posso eu sorrir, sem te sentir no fechar de olhos,
Sem que eu fale, tuas frases me faço ouvir,
Estes longos dias pintam meu triste céu,
Da causa de tua perda, do amor sou réu,
Venha me absolver de tua decretada pena,
Desejo ser um eu sem ti, devo seguir,
Solte as amarras, as correntes do teu eu,
Deixe-me partir sem ti,
Tire-o de mim, já que não mais estou em ti,
Libertar-me das lembranças,
Do teu olhar, teu sorriso,teu perfume,
Teu sabor, teu colo, tuas lágrimas,
Do gesto teu de amor, que persiste continuar em mim,
Venha abrir as portas da vida que em mim se fechou,
Deixe as chaves ao sair,
Não me tranque em ti,
Permita-me sem ti...
Poder sorrir,
Poder viver...
No pouco que há em mim...
José Henrique
Olha pra mim...
Fica séria, sorrir não,
Você sorriu, olha pra mim sorri,
Fica séria e olha pra mim,
Tenta não sorrir,
Se sorrir de novo, eu te beijo,
Sorriu, um beijo,
Sorriu, mais um beijo,
Sorriu de novo, outro beijo,
Tenta amor, sério, vai, sério,
Aí você sorri, outro beijo,
Então tá, vamos mudar,
Sorri pra mim,
Séria não amor, sorrindo,
Não amor agora é séria, não é pra sorrir,
Se ficar séria de novo ganha um beijo,
Séria, um beijo,
Séria de novo , mais um beijo,
Amor é sério, sorri pra mim,
Séria de novo,
Tudo bem vai, me beija,
Mais um beijo, outro,
Mais um, outro,
Me beija sempre amor,
Você quer mesmo é beijar,
Então me beija,
Eu te dou um sorriso,
Amo teu sorriso.
É sério!!!
José Henrique
Sempre⚘
Nas aventuras de encontrar-me
Ainda levo na bagagem
Sementes de uma alegria perdida
Onde neste ou em qualquer mundo
Um simples e de vocabulário humilde
De um codinome poeta
Possa tão simplesmente viver
Na maravilhosa cultura do amor.
.
.
José Henrique
Amando-te em mim...
Cá estou, a mais uma vez desvendar-me,
A sonhar-te em desejos que são somente meus,
De um amor que dentro de mim se afoga,
Sou eu de um cálice tão intenso que me embriago,
Das noites em que a solidão é uma diva,
Desejar-te amar como um anjo ou demônio,
Longe de alcançar o toque de suas mãos,
Do olhar triste que nasce em meu rosto junto ao sol,
Cá estou a olhar-te como desejo ver,
Já a desenhei tantas vezes que quase toquei,
Do vestido em flores ao simplesmente nú,
Teus olhos de variadas cores pintei,
Cá estou a dar-te virtudes que nem mesmo sei ,
Esculpindo sua forma e acariciando um corpo de sonhos,
Escrever-te com a tinta do meu mais puro sentimento,
Da verdade que é a dor de minha saudade,
Dando a ti cada espaço de meu corpo,
Sendo eu feito de ti, pois não mais me sinto,
Vivo-te dia a dia em um silêncio de mãos vazias,
Cá estou eu... sentindo-te,
Pois quem és tu, que me fazes ser teu sem ti?
Onde estáis, tendo-me sem mim?
Levanta-me, abraça-me, quero dar-te rosas em mãos,
Uma pista para passos em tua direção,
Cá estou a sonhar-te, a mais uma vez desvendar-te,
És tu das minhas formas, das virtutes que dou-te,
Dos sentimentos te escrevo,
Do desejo te desenho, te dou formas,
Do amor que sem ti, por ti tenho,
Cá estou sem ti,
Cá estou sem mim,
Assim seja...
José Henrique
Encontrar-te-...
Sonhando sempre, sonhando
Assim um viajante de mim
Onde conheço pouco demais
Na aventura de encontrar-me
Desbravando-me no tempo
Um tempo de certo não meu
Entre pessoas de muitas tribos
Linguas e pensamentos diversos
Sigo como um autoimovel sem direção
Combustiveis de uma vida sem sentido
Onde páginas bíblicas desfolham-se
Versículos a cada dia mais atuais
Muitos Césares em jardins de pedra
Vivo eu no teu sentido,
Dores escondidas na psicologia dos nadas
Culturas plantadas, sementes que morrem
Em corações de terra infértil
Apenas canteiros de moedas
Dantes morreria de amor por amor
Sensivelmente morremos nem ele.
Nas aventuras de encontrar-me
Ainda levo na bagagem
Sementes de uma alegria perdida
Onde neste ou em qualquer mundo
Que um simples e de vocabulário humilde
De um codinome poeta
Possa tão simplesmente viver
Olhar em teus doces olhos
Plantar um jardim de rosas
Perfumado em esperança
Na maravilhosa cultura do amor
Escrevo à ti.
.
.
.
.
José Henrique
Observando!
Apreciando o momento de um olhar
Sentado em um lugar qualquer
Percebo o curso... vidas que passam
Alguns cansados ombros do fim do dia
Outros que iniciam em busca do mesmo cansaço
A vida segue sem que se importem ou saibam onde chegar
Apenas levados a sobreviver
Cabelos brancos ou ainda negros
E neste vai e vem dos integrantes da vida real
Estão muitos sonhos apenas guardados
De segunda a segunda
Dias na busca dos trinta dias de cada mês
O desejo maior sempre trocado por trocados
E a vida segue determinada e no comando
Não se importando a função
Alguém sempre estará pronto a exerce-la
Dia ou noite chuva e sol
De certo alguém sempre estará ali para ser a função, o destino...
Onde nem sempre a vida lhe dará a opção,
Do "ser ou não ser".
José Henrique
Mais um nó...
Está nas entrelinhas...
O desejo, o sonho, a vida,
O desconhecido amor...
Sinto que sentes ao ler...
Lágrimas molham minha escrita.
Por uma factível, porém...
Dolorosa e sentida saudade.
Sou eu a única realidade,
Deste amor sem face.
Psicocriado no calor do abraço jamais dado...
No beijo de lábios que nem sei.
Desato o nó de minha fala,
Do amor vivo em vaso sem rosa,
Aqui... tão somente aqui,
Nas entrelinhas,
Apenas nas entrelinhas...
José Henrique
Em tua lua...
Vontade de ir ate o fim do céu
Tocar o sol com as mãos
Sentir o teu calor e pra ele me transferir
Sentar em uma estrela qualquer só pra me sentir
Sentir que estou assim sem uma gaveta pessoal de tudo
Tudo que se possa imaginar
Do que posso suportar, acreditar
Erros e acertos misturados sem definicao
Um livro sem começo. meio e sim
Onde sim e apenas um suave relaxar
E então deitar sobre o solo lunar, no lado escuro
Talvez me faça perguntas e encontre respostas
Talvez apenas as guarde e me permita ao silêncio
Mas é de um canto qualquer deste mundo
Que então eu possa me ver sorrir,
Talvez daqui eu enfim a veja
Assim de cima, como a visão de um Deus.
Sem a dúvida do meu olhar
Sem o medo de mais uma tempestade,
Quem sabe eu possa ficar aqui,
Ficar onde quero estar pelo tempo necessário
Com um olhar de cima
E ver o amor de um ângulo único
Com um olhar definitivo
No simples olhar.
Talvez ficar e ficar e ficar
Para sempre em minha lua
Que e a tua d'onde estou
A mesma lua
Que nossos olhos tocam juntos
Estou aqui em nossa lua
É onde estou agora
Acredite...
Olhe...
Me verás...
José Henrique
Olhos vendados.
Farei-me desviar-te de mim,
Das ilusões por mim plantadas,
De como a desenhei,
Dos pedaços que de ti juntei,
Não mais terei as lembranças,
De uma esperança somente minha,
Não há dor no amor,
Nem amor que resista a dor.
O que for saudade...
Lágrimas até que sequem,
Amor que se apague, que se ausente,
Embriague-se ao vinho de uma saudade qualquer
Perca-se de mim por razão de não ser.
E que a vontade padeça ao colo de meu desejo,
Abrirei os olhos dantes vendados,
Da ironia de amar de mim para mim,
Da vontade de lutar sem motivo real,
Detonarte-ei de forma atômica,
Retirando o véu de sua mentira,
Implodindo pilares de sentimentos por ti.
Dormirei todas as noites perdidas,
Apagarei os caminhos e rastros de seu alcançe,
Da vilã e parceira solidão, ao lado deitarei,
Darei de mim aos que a mim vem,
Por motivo ou não importa,
De amor , nas rosas encontrarei,
Darei teu nome aos ventos,
Mas como prometi jamais te esquecerei,
Serás exemplo de qualquer dor posterior,
Ainda a terei como causa e causador,
Se o amor ainda me procurar, servis-tes bem,
De um propósito encouraçado e resistente.
A carência...um verdadeiro amor,
A dor... meus pêsames,
Ao tempo perdido...um lamento,
A esperança... descanse em paz,
Aos sonhos... um bom dia,
A verdade... muito prazer,
A você... um adeus,
A mim...
Farei-me desviar-me de ti...
José Henrique
Em teu viver.
Estou indo amor,
Para juntar-me a ti
Não tenhas medo da noite
Juntar-me-ei a ti
Logo estarei em teus braços
Mesmo antes que a noite termine
Pois aqui não estou feliz
A mim vem o teu querer
E o meu desejo contigo está
Não quero hoje sonhar
Pois estou indo amor
Logo em meus braços estarás
Estarei em teus beijos
No calor de teu doce corpo
A saudade, o tempo foi criador
Mas cessará ao te tocar
E toda a dor sentida e sofrida
A sorrisos dará lugar
Brindaremos o vinho doce do nosso amor
As lágrimas cairão intensas
Como pétalas de rosas caem tranquilas
Pois é na alma que te sinto
E escrevo a ti com a tinta do coração
Que não se apaga com o tempo
E não morre com a vida
Estou partindo amor
Não para longe de ti
Mas para de onde nunca sai
Pois ouço no pulsar de teu peito apertado,
Pedir-me a todo momento,
"Fiques dentro de mim,
Pois de ti nunca saí."
José Henrique
Seja amor...
Quanto ao que posso ver,
Olhos de quem não vê,
Cego a um tempo de grandes asas
Que acolhe as dores das rosas,
Cortadas sem motivo.
Quando olho para ti onde tudo vejo,
Apenas olho não a corto,
Posso eu fazer parte de sua arte,
Quem sabe em um quadro antigo.
Da lembranca guardada em um porta jóias,
Assim fica uma rosa ao chão da floricultura,
Caida, imóvel amor sólido como gelo,
A espera de calor intenso, interno
De um sentimento esquecido.
Um seguimento interrompido,
Perdido, ou não mais sentido,
Que venha em tudo, muito ainda vestido,
Vestido da pele mais quente e ardente,
Do que chamam de amor ou quem sabe amar...
Algo do qual raro e sem entendimento racional,
Ainda que seja amor, sugerindo prazer,
Que muitas vezes a dor é de maior conhecimento,
Ilusão ao se dar como verdadeiro,
Sempre sorrateiro, envolvente,
Surdo ao som de meu silêncio.
Meus lábios se calam, ainda penso,
Coração que nunca se cala, a mim aborrece,
Voz atenta e tenuante que se desprende
Da alma que flutua no escritor,
Que vagueia nas palavras sem sentido,
Na despretenciosa poesia solidão...
Do amor que excede em seu todo
Deixando apenas o perfume da paixão
Sórdido cultivo de suas rosas,
Que logo perdem suas pétalas,
Que das pétalas o tempo cuide,
O perfume, as lembrancas guardem.
O silêncio que ainda persiste
Do pensamento que não se cala,
Que o gelo se derreta ao calor da saudade,
E do caule uma nova rosa.
Quanto ao amor...
Que seja amor!
José Henrique
Da paixão...
Certo sei que nada sei...
E passam os dias, como caem folhas em minha vida.
Aprendo a entender e não entendo,
E muito menos posso eu explicar.
Pois em tantas línguas faladas,
É no silêncio pleno e escrito que sacio do saber que nada sei.
No abraço de meu sofá que as palavras caem sobre meus dedos.
Na companhia de paredes amistosas estou guardado de mim mesmo,
Pois quando delas saio, encontro o assédio da carência,
E me entrego sem saber muito bem onde estou ,
E no sem sabor de meus inocentes atos tudo parece amor.
E é nessa doce dose suave de ilusão,
Que volto cada vez mais sábio, entendendo que nada mesmo sei,
Não eu digo ao sentimento disfarçado em uma rosa sem perfume,
Não ao que não posso explicar.
Pois confusa é a vida em um corpo vazio
Assim como no abraço de quem precisa de um abraço...
Simples amor que da raridade é nascido,
Volto então ao silêncio de minha escrita,
E na humildade de não entender,
Não tenho como explicar
A fragilidade de meu ser.
E silênciosamente deito um corpo cansado de tentar buscar...
Explicações para tantos rostos de línguas que não entendo:
De toques que não sinto,
Da beleza que não vejo,
De vinhos sem sabor,
De tantas rosas sem a essência
De ferir com a paixão, sim...
Queria sentir seus espinhos
Sangrar meu coração.
Mas me nega o destino
E assim as folhas caem
Nesse outono de meu viver.
José Henrique
O amor nas letras.
Palavras são o que tenho.
Escrevo aos ventos.
Elas passeiam pela noite,
Vagueiam pelas madrugadas.
Cruzam os oceanos levadas pelo sentimento.
Visitam as janelas de olhos brilhantes,
Beijam bocas apaixonadas.
Só as palavras podem levar um grande amor.
Letra a letra o meu sentir, toca com suavidade teu coração.
Teus lábios lêem o sentimento de um amor inabitável.
Não gosto das vírgulas e espaços,
E a distância é apenas a ponte que caminha a saudade.
Não existe um ponto final na poesia do amante.
Escrevo com a tinta do desejo e do querer.
Palavra são tuas fruto do pensar em ti.
Que cheguem nos teus lábios como batom,
Vermelho sabor tuti-frut.
É o que tenho.
Que chegue até você.
Que possas sorrir, que teu olhar brilhe.
Se tiver lágrimas eu as quero.
Eu as sentirei , é com elas que escrevo.
Onde está você?
Onde está você?
Que tanto sinto.
Que tanto quero.
Me devolva este amor que com palavras dou-te.
Devolva-me o eu te amo.
Juntarei tuas lágrimas as minhas.
Assim os ventos me trarão,
Viajarão no curso do luar sobre o mar,
Eu te sentirei com palavras apenas.
E chegarão até mim com teu perfume no orvalho da manhã .
O teu sentir com uma frase.
O teu abraço em uma frase.
O teu olhar em uma frase.
O teu perfume nas letras.
A tua emoção trêmula nas palavras do teu amor.
"Eu te amo!"
José Henrique
Rosa de meu eu.
Um sim para aceitar
Aceitar para viver
Sofrer para mais ainda amar
Entender não é possivel
Ainda distante sensível
Toque de algo imperdível
Fotografias permanentes
Em sons e vídeos mentais
Sempre em meu sempre
No que se continua vivendo
Parte de um grande espaço
Tamanho é o abraço sentido
Aqui estou ainda lá
No procurar de mim,
Ainda não em meu eu,
Solto ao vento o perfume
Um leve sabor do colo mais doce
Saudoso o olhar que não mais se tem
Guardado seguro
No coracão da lembrança
As mais doces recordações
De uma História de vida
Que sem ti continuo a viver
Sendo tu uma rosa em minha vida
Vermelha como os lábios da paixão
Encantada sob o luar do amor
Em mim a flecha de um cupido
O feitiço em te olhar foi para sempre
Onde de ti não saí
mais,
De mim não mais sairás.
José Henrique
Eu e minhas rosas
Em meus dias.
Mais uma noite sem ti.
Tem sido tantas.
E a conversar com meu silêncio.
É sua voz que tento buscar.
E é assim que consigo te ouvir.
No fechar de meus olhos te ver.
No cativo silêncio da solidão.
Que te amo.
À noite fico com as rosas.
Contemplo sua companhia.
Nos aceitamos sem palavras.
Eu é minhas rosas.
Sem medo algum.
Te amo!
Estou rosa ao chão.
Sem solo fértil.
Vivo plantado em mim.
Regado pelo amor.
É muitas vezes no orvalho de minhas lágrimas.
Que alimento o desejo de enxugar as tuas.
De sorrir no teu sorriso.
De amar no teu amor.
Sentir o teu sentir.
E viver em teu viver.
Em meu olhar triste.
Meu sorriso é esperança.
Minha felicidade está na vida.
Na poesia das rosas.
É no amor o meu viver.
No que amo e no que sinto.
É na lua minha noite, nas estrelas os beijos teus.
Só deixo o dia me acordar, no calor de tua saudade.
Vivo eu sempre contigo.
Eu e minhas rosas.
Sempre!
Eu e minhas rosas.
José Henrique
Da tua janela...
Não pude ver a lua.
O céu se cobriu de nuvens.
Não tenho o luar.
Só um cinza para olhar.
Mas ainda assim sei onde estais.
Pois deste lugar nunca sais-tes .
Me acolhes sei, no quente colo do teu desejo.
Da tua janela me procuras.
Como se não estivesse eu tão distante de ti.
Quase podes me tocar ao sorrir.
E consigo mesma, conversas comigo.
E no quase juntos estamos sempre.
Queria agora te beijar.
Mas é com palavras que teus lábios beijo.
E é com a saudade que te sinto.
Preenches o meu viver como palavras em um livro.
Tua voz sussurra em meus ouvidos.
Teus carinhos estão sempre a me despir.
Estais sempre à me cobrir com teu corpo sobre o meu.
Já estivestes longe.
Hoje não mais, nunca e jamais estarás.
Pois deito à teu lado todas as noites.
Me acordar todas as manhãs.
Queres meu amor todos os dias.
Estou nos teus olhos, no abrir e no fechar.
Fui sozinho te encontrar.
Desde então só, nunca mais fiquei.
Era meu o que contigo tinhas,
Era teu o que comigo tinha.
Ficamos bem.
Estamos bem.
Enquanto eu aí.
Você aqui.
Sempre em nós,
De janelas abertas.
José Henrique
E no caminhar...
Uma parte em que me sinto tão bem,
Escrevo enquanto caminho.
Tudo guardo em um lugar que talvez, o coração.
Vou a lugares que nunca pisei,
Sei que não, mas muito vejo e muito sinto, enquanto lá estou...
Sinto cada momento, cada ler,
Cada lugar é meu olhar a ver,
Um outro olhar sentindo ...
E porquê escrevo?
Nem sempre leio, mas escrevo.
Sinto no olhar, o amor que tem em cada passo dado,
No vento que passeia,
No casal que se olha, sem saber que já se conhecem,
No desejado beijo da mulher de olhos tristes.
" Amo tanto as rosas "
É tanto o amor, que expressam no silêncio de sua beleza.
Rosas, sempre são rosas.
E no caminhar...
Paro a admirar, o tanto que o tempo me aguarda.
E a ouvir as flores do caminho,
E escrevo sim,
Para ti e para mim.
Tanto preciso e desejo:
Teu olhar , teu sorrir, teu chorar...Teu vinho [suave]...
"E das rosas, tenho o amor"
E não importa que chova,
Não há pressa no caminhar,
Tenho tempo, todo tempo.
Chego até onde queiram as palavras,
É nas palavras que dou passos,
Sem que queira ou tenha onde chegar, [afinal]...
Não há (espera) no fim.
É lugar sem vista sem escrita,
Podia ficar e ver tudo,
Mas é no caminhar,
Que te lembro e escrevo.
Podes ler aqui o que sinto,
E tanto de tudo já senti...
E tanto de tudo escrevi.
" Do amor, das rosas "
Amor que vivo e sinto.
Não é um amor ali ou longe...
É dentro, é meu e em mim.
Dele sofro, dele é o meu sorriso e minha dor.
A saudade de quem não sei...
Que não percebi ou não passou em meu caminhar,
Um amor sem nome e endereço,
Solitário e de intenso desejo,
Amor que te escreve.
E caminhei ...
Escrevi e te guardei
Te vi rosa, te senti [amor...]
Pude ver o quanto estais bem agora,
Eu precisava te encantar,
É desse jeito; sem querer, sem prever ou saber.
Mas me tenhas nas linhas e entrelinhas...
Todos os pontos são teus e na falta deles, eu suspirei...
Teu sorriso estará nas reticências do escrever [...]
Eu...!
Ainda , muito caminharei, muito!
Escreverei e guardarei,
" Amo as rosas "
Em meu caminhar me falam,
" É das rosas meu amor "
Um amor sem nome e endereço.
Mas me tenhas nas linhas e entrelinhas...
Que sempre,
Por ti e por mim escrevo .
José Henrique 🌹
Você!
Você, das flores, a mais bela,
Das estrelas, a que mais brilha,
Dos mares, o mais profundo.
Dos ventos, o mais livre
Você, do mel, o mais doce,
Das matas, a mais virgem,
Das flores, a minha rosa,
Dos verões, o mais quente.
Você, das canções, a mais lírica,
Do ar, o que eu respiro,
Dos sonhos, o que não quero acordar,
Da paixão, a que me entrego,
Do amor, o que sou amante,
Você, Você,Você.....
Chego a esquecer de mim.
José Henrique 🌹
1986
Meu silêncio.
E quando eu não souber ou não quiser falar,
Abrace o meu silêncio...
Nele está o sentimento puro,
A verdade do quanto amo,
Tudo que preciso sem saber me expressar
Tudo que palavras não podem traduzir.
Escoste e fique dentro de mim,
Em silêncio me abrace e fique,
Apenas se deixe aqui,
Não saberia pedir você,
Não sei como me dar,
Mas silenciosamente preciso...
Que você sem palavras,
Entenda que eu apenas te quero...
Em meu silêncio.
Que possas tocar o amor
E o carinho que sem palavras
Só o coração pode transmitir...
Mas,
Em silêncio...
.
.
.
José Henrique
.
Quero sim...meu silêncio grita por você!
Quero este amor dono mim,
Tocar o céu com tuas mãos,
O que só está em nosso olhar.
Ter teu beijo e teu corpo quente,
Sem defeitos e sem perdão,
Eu sinto o teu querer.
Vamos falar de nós:
Do amor que juntos aprendemos,
De quando tinha teu sorriso
E sorrindo nos beijavamos,
De quando nos entregamos
A força maior do nosso amor.
Eu cicatrizei as feridas,
Mas você está dentro delas
Vives dentro de mim,
Corre no sangue de minhas veias.
Eu vivi com teu amor e com ele sem você aprendi:
Que não se pode fechar as portas,
Do amor que está no coração .
Amores passaram por mim ...
Sim é verdade.
Todos passaram sem a magia de descansar em nossa cama... nada ficou.
E sou sobra de todos eles,
Um resto de dor aqui e outro ali.
Escondi você em mim,
Nunca soube retirar do meu sempre...
Do sonho de ser feliz.
Existe um homem em mim que chora o teu amor,
O outro é apenas a invenção frágil de um poeta solitário .
Quero sim, este nosso amor,
Meu sorriso verdadeiro que contigo continua,
O beijo das nossas madrugadas,
Teu olhar feliz pelas manhãs,
A felicidade de nossas noites, onde adormecia a poesia.
Acariciar e assumir contigo toda minha saudade
Em teu colo deitar minha solidão.
Te amo na igualdade do que juntos somos.
A paixão que feriu e fiz de conta ter partido.
Mas nunca te deixei e comigo te levei.
Sabe! Hoje é dor e saudade.
Mas você vive em mim.
Como rosa onde a saudade de ti são espinhos a me sangrar.
Meus dias são contados na tua falta.
Quero sim!
Te tocar e sentir, entregar e me desarmar, te amar.
Meus sonhos ainda são teus.
O amor ainda está aqui.
De cabelos grisalhos e um coração cansado da solidão.
Onde a poesia não mais me sustenta.
Quero tuas mãos cansadas junto as minhas.
Meu sorriso é teu.
Meu beijo ainda é teu.
Sou eu teu amor ...
Em segredo guardei amor sentido.
Foi destinado à nos o lado à lado.
Eu quero sim.
Sempre te quis no meu eu.
Ainda tenho teu amor.
Ele ainda está aqui,
Simplesmente porquê...
Te quero sempre,
Te quero sim...meu silêncio,
Grita por você!
José Henrique
Hoje, amanhã e sempre!
Enquanto o tempo passava sabia de você
Eu te sentia o tempo todo
Sentia a tua paz , o teu carinho
Isso era o que eu tinha comigo para te encontrar
O amor que sabia que existia em algum lugar
Nunca soube onde
Por não saber tropecei em espinhos e pedras
Feri meu coração que só desejava amar
Feri meus sentimentos que ansiavam pela paz
Você estava tão perto que eu não desistia
Mesmo que oculto ao meu olhar
Meu coração te via e te sentia.
O que me fazia acordar e viver,
Era saber que sem saber em que tempo,
Eu tinha a certeza que te encontraria.
Meus olhos transpiravam este amor
Meu desejo não era em vão
Para ti escrevi muitas vezes
Em minhas doces palavras eu podia te dar o meu amor
Nelas eu te dava meu carinho
Em cada frase um beijo meu
Em cada palavra o meu abraço
Não importava e nunca importou quem as fosse ler
Não importava e nunca importou onde chegariam
Mas era sem saber que para o amor eu escrevia
Sem rosto , sem nome e sem importar... era para você.
Hoje sei que era para você.
Pois hoje nos teus braços encontro amor,
Em teus braços descanso,
Em teus braços eu posso ser eu,
E não importa o tempo
E não importa o que passou
E nada importa
Se hoje, estou contigo!
Hoje, amanhã e sempre!
José Henrique Boia dos Santos
Toco você nas rosas...
Estive olhando para você
Na minha forma de te ver
Em meu secreto lugar
De acreditar que você existe
Não sou eu Deus,
Mas te fiz linda aos meus olhos
E não há neste mundo algo com a tua beleza
É nas estrelas do que posso te ver.
Sentado aqui na areia de minha praia
Fico horas a te admirar e tão distante tu estás
Mas o prazer de te ver é tão doce e meigo
Que posso sentir o teu carinho
Talvez e acredito que tu ainda não existas
Não existas aqui em algum lugar
Lugar que eu possa tocar você.
Vejo teu rosto nas estrelas
O teu corpo está em meus sonhos
Podes me amar na tua inexistência
Tu és o amor que tenho em apenas te sentir
Venho para perto do mar
É onde posso ouvir tua voz
É teu canto e o tocar das ondas nas pedras
É no som das ondas que me declaras teu amor.
Gosto quando chove posso me molhar de ti
Posso sentir teu corpo a me envolver
É na chuva que sinto o quanto choras
É quando teu desejo de estar a meu lado transborda em ti
E fico ouvindo teu chorar, me encantas com teu amor.
Teu sorrir é pela manhã, feliz ao ver o sol,
E te encontro em minhas rosas
Lá posso sentir o teu perfume e tua beleza
E com cuidado posso ter em minhas mãos
Me despeço de ti e posso ir em paz
Levo tua imagem, teu sorrir e teu perfume
O que melhor posso ter de você
A tua presença viva,
Eternamente dentro de mim.
José Henrique Boia dos Santos.