José Henrique Boia dos Santos
À noite..
Sobre o colo da minha janela
Ouço o som da noite
Músicas em diversos tons
Fogos de artifício mais uma festividade
A vida segue seu curso
Em todas as direções sem cessar
E da janela meus olhos e ouvidos atentos
Almejam seguir, o que não sei
O que mesmo atento não vejo e ouço
É noite e ela sempre convida
E rejeito suas diversas investidas
Me apresenta a lua
Me propõe ver estrelas
Até me oferece o mar e seu vento fresco
Sentar em um banco ouvir as ondas
Prosear e versar em solo
Caminhando entre a areia e o mar
Escrever na areia um nome em um coração
Despejar desejos e sonhos
Mas ao colo de minha janela
Ainda me prendo e me esforço aceitar
O convite de mais uma noite
Em que apenas fiquei a observa-la passar
A espero com novas ofertas
Quem sabe em uma delas
Eu passe da janela para a porta
Levando comigo todos os sonhos e desejos
E amanheça ao colo do dia
E convide a noite pra dançar.
José Henrique
Teu chorar.
Estou indo,
Acalmar teu pranto
Enxugar tuas lágrimas
Guarda-las em minhas mãos
Quizera eu teus risos soltos
Guarda-los em meu coração
Mas tenho tuas lágrimas
E vou acalmar teu chorar
Fazer-te sorrir, contar-te lendas
Distrair teu coração e dar-te atenção
Ser um pouco de alegria
Contudo ser forte e guardar minha tristeza
Revezar o teu e o meu momento
Cada um com seu diferente céu
Onde hoje o seu amanheceu cinzento
Te dar um pouco do meu sol
E a noite quem sabe?!
Possas tu me dar teu céu com estrelas
Uma lua á deitar-se ao mar.
Dias cinzentos nascem, dias distintos,
Mas com o amor de sempre.
José Henrique
Preciso escrever.
O que te faça sentir
Um beijo doce
Em meus braços envolvida
Num abraço forte
Que a alma sente,
Um lindo céu azul
A brisa fresca do mar
A noite e o luar que na distância nos une
A calma de um lago
Que possa sentir meu toque
Tua vida ainda em mim
As rosas que não posso dar-te
Que traga o perfume de teus lábios
Que traga tuas mãos nas minhas
Que dispa teu corpo
Algo que te deixe suavemente entregue
Que me deixe em teu colo
Onde possa ouvir teu coração
Que me faça seu
Que te faça sorrir neste momento
Eu sinta teu sorriso
Sentindo teu corpo suado sobre o meu
No descanso aliviado do amor
Escrever nosso beijo, o perfume do baton
A vida deixada porta a fora
O olhar de desejo e prazer
O silêncio a nos observar
Quieto e deslumbrado
Escrevendo eu e você
Nas linhas deste tempo
No hoje e no agora
Que guarda as lembranças
Que se perde na saudade
Sentido você sentir
Que sinto tanto de você.
José Henrique
Permita-me!🌹
Meu nome é amor,
Fui criado para viver dentro de ti.
Ficarei se for de seu desejo, se assim permitir.
Posso te fazer feliz, fazer sorrir e te emocionar.
Vim de longe e a muito ouço teu chamado,
Me perdi pelos caminhos que me trouxeram até você.
Foram dias dificeis e muito longos,
O tempo passou mas não deixei de te seguir.
Apesar das dores que sentistes, vejo que nunca desistiu.
Permita-me sentar a teu lado.
Permita-me beijar tuas mãos,
Sejamos amigos, é onde tudo começa.
Deixe-me edificar teus sonhos,
Para que realize seus desejos,
Trouxe comigo a saudade e a paixão.
A saudade me trará sempre até você,
E a paixão, essa não me deixará partir.
Quero muito estar em sua vida,
Plantarei rosas em teu jardim,
Te darei um sorriso verdadeiro.
Estive sempre em teu coração,
Sou amor e a ti me entrego.
Viverás com encantamento,
Terás o sentimento, como a dor que aperta o peito.
Ouça teu coração ele implora o meu abraço,.
Sou o amor de tua vida, só em ti posso permanecer,
Serei dor sem teu calor,
Serei sonho sem teu colo,
Vagarei pelos caminhos de uma vida sem sabor.
Folha seca ao sabor dos ventos,
Sendo amor sem meu destino.
Se a ti não pertencer.
Se criado para ti,
Só em ti posso viver.
José Henrique
Não vai ter fim!
Eu toquei você, foi lindo, mágico.
Depois de tanto esperar olhei em teus olhos e vi a felicidade nós meus.
Eu abri a porta e olhei pra você, sem esperar te abracei.
A ti me dei por todo.
E com lágrimas te beijei,
De um beijo molhado e suave.
Meu silêncio era amor.
Quis morrer e viver ali, não era um sonho.
Eu toquei em você,havia vida ali, havia vida em mim.
Sabia que estava min'alma em ti, e eu a senti, feliz.
E então chorei, chorei de alivio, meu peito não estava mais vazio.
Eu tocava o amor que sentia, e sentia meu coração sorrir.
Minhas lágrimas enfim escorriam em teus seios.
Eu estava em seus braços,
Por dias sufoquei um amor e a vontade de te encontrar.
Por dias senti a dor de amar, sozinho em silêncio.
Eu fechei a porta para o mundo lá fora e trouxe você pra mim.
Te amei com um amor que até então não conhecia.
Senti os encantos de seus beijos, o perfume e o doce de seus lábios.
O Eu e você passou a existir.
De verdade era amor, de verdade, eramos um.
Olhar você na distância certa, perfeita de muitos beijos.
Respirava seu ar, beijei tuas mãos, enxuguei suas lágrimas.
Ouvi teu coração sorrir, senti o calor de teu corpo,retirei seu baton.
Um presente que viverá em meu futuro.
Uma lembrança que o o tempo jamais apagará,
A lua e estrela que beijei,o batom que ganhei,
Minha blusa tem o teu perfume, ela nunca lavarei.
Minha boca sua boca,meus braços em seus braços.
Meu sorriso conhece o teu,meus olhos me lembram teu corpo,
Minha vida tem a tua,minha alma está sorrindo,
De mãos dadas andamos, de mãos dadas viveremos,
Me despedi de você como a terminar um filme romântico,
Mas pude ver ao final em teus e meus olhos,
Estava escrito."AMOR VERDADEIRO"
Continua...
José Henrique
Ondas do mar.
Quando passei por ti.
Não lhe dei o meu olhar,
Não lhe pedi um beijo.
De mim levaste amor.
Passaste por mim.
Deixaste o procurar.
Ficaste nos meus dias,
Da forma mais difícil.
No sabor da saudade.
Onde a distância não existe.
E nem posso medir,
Queria eu poder.
Saberia onde estar agora.
Só mais uma vez,
Passa do meu lado.
A teu lado vou ficar.
Numa orla.
Vendo o mar beijar as pedras.
Perguntar teu nome.
Te darei o meu.
Dá-me tua mão.
Te levo pro altar.
O mel vem com a lua.
Que dá luz ao dia.
Estou em tua casa.
Você na minha vida.
Com sorriso de criança.
Te dou minhas noites.
Você todos os dias.
Ainda volto lá.
Vou contigo.
Pra te ver passar.
Quantas vezes lá voltei,
Muitas vezes e não passas.
Mas tudo passa um dia.
Suas noites passarão.
Minhas lágrimas passarão.
No dia que você passar.
Até lá! Sozinho.
Te levo para ver o mar.
José Henrique
Em viver você!
Estou bem próximo ao mar,
Com um céu onde as estrelas quase posso tocar,
Piso descalço nas areias,
Pequenas e calmas ondas beijam meus pés,
Tenho o som da brisa fresca e o perfume do sal da vida,
Mas em meu pensamento está você,
Por mais que a natureza me envolva,
Por mais que eu sinta o perfume de uma rosa,
Meu pensamento sempre está em você,
Te abracei e senti o que só há em você,
Em teu beijo navegaria por mais de sete mares,
E veria mais esterlas que o céu possa me mostrar,
Quando toquei seus cabelos, flutuava em sonhos,
Eram ondas suaves do mais puro e verdadeiro amor,
Ter um tudo em apenas um breve momento,
Em sete dias Deus criou o mundo,
Em minutas horas pude ver e sentir sua criação,
Onde está você que não me deixou alternativa,
Que abordou na minha essência e navega em meus sonhos,
Que me inundou o peito de saudade,
Que não sinto mais o mar sem te tocar,
Que não sinto mais a brisa e o perfume sem te beijar,
Quero içar as velas do amor que sinto em tua direção,
Naufragar na liberdade que sinto em te amar,
Onde minha liberdade hoje só faz apertar meu peito,
Vou ancorar na ilha de meus desejos,
Esperar que os ventos me tragam você,
Quero novamente viver,sei onde está o amor,
Não consigo mais sonhar,não é tão bom,
Meus sonhos não alcançam a realidade que vivi,
Onde em teus braços pude ouvir meu coração,
E de teu peito nunca mais o tirei,
Por isso não sinto o mar,
Nem lua e estrela,
Não sinto a areia com pés descalços,
Não sinto a brisa me beijar,
Não sinto a beleza de um céu estrelado,
Onde quer que eu esteja,
Toda beleza,todo amor que possa sentir,
Estará sempre em estar contigo.
Em viver você.
José Henrique
Som e imagem.
Do mar o som de suas ondas
No violão as cordas do belo som
Em acústica de belo tom
As ondas, o som do mar
Um canto de belo tom
Ao som das cordas e ondas
Levado ao som de minhas imagens
Ao violão dou teu corpo
As ondas, teus cabelos em belo tom
Ao som, teus lábios a me dizer.
E neste mar de muitas conchas
É teu , o som que quero ouvir
Do violão e suas cordas
É teu corpo, a imaginar
Que em teu som quero tocar
Neste som de belo e doce tom
Em tuas conchas me fechar
Guardar-me na acústica de suas ondas
Nas notas tuas em sol maior
Abraçado ao violão
Ouvindo o som de tuas ondas
Entrego a ti meu coração
Que sem mar ou violão
Ouve o teu,
Em alto e belo tom.
José Henrique
LEIA-ME...
MUDEI MUITO DESDE A ULTIMA VEZ,
DÊ UMA OLHADA PARA MIM
ME PERDI NOS LIVROS QUE LI
NOS CAMINHOS ESCREVI O QUE VI
DE UMA OLHADA PRA MIM
NÃO VERÁS MAIS DE ONDE VIM
APENAS UMA ENVELHECIDA ESSÊNCIA
EM UMA JUVENTUDE AMADURECIDA
MUDEI MUITO NA CAPA E NAS FOLHAS ESCRITAS
NADA APAGUEI NADA PERDI
NÃO TENHO ILUSTRAÇÕES,MAIS LENDO ME VERÁS,
ENTENDERÁS QUE MINHA VIDA TEM HISTÓRIA
DE UMA OLHADA EM MIM
LEIA-ME E ENCONTRARÁS O SEU MELHOR CAMINHO,
ENTENDA-ME E APRENDERÁS UM POUCO MAIS DE SI,
DEIXE-ME SEMPRE A MÃO,
BEM PRÓXIMO DE SEUS OLHOS,
NUNCA DEIXE-ME FECHAR,
NUNCA ME INTERPRETE OU FAÇA ARTE DE MIM.
SEM JULGAMENTOS,
APENAS LEIA-ME.
José Henrique
Sobrenome.
E quando o tempo parou para mim.
Foi quando tive medo.
Meus olhos descoloriram o mundo a meu redor.
Não vi mais nenhum arco íris,
As flores perderam o perfume da vida.
Trancado em mim sem cores.
E assim não gostei mais do espelho.
Perdi os vestígios de minha vida.
O ar era apenas um caminho de passos não mais ouvidos.
Tive de nadar em águas profundas.
Em um mar desconhecido a deriva de mim mesmo.
Assim por muitas noites , dias tardios.
O sol nada significava e a noite era sempre perfeitamente silenciosa e solitária.
Fez-se um ártico da minha alma gélida.
E assim sigo sem sentir, sentindo muito.
Sem o que chamava de eu,
Como a ver anúncios de procura-se.
Traçando rumos sem sentido ou direção.
Sou eu a agulha no palheiro.
O palhaço na corda da bamba.
O trem descarrilhado.
Um botão que não abre.
Emperrado sem tranca, preso na liberdade.
Poder ir e nunca saber onde.
E onde quer que vá, não me ver onde estou.
Alguém que olha o espelho refletindo um rosto que a vida decidiu demolir.
O soldado da batalha perdida ainda com munição para lutar.
Ainda vale a pena lutar pois ainda sou eu
Mesmo estando em um copo d'água
Eu sou a tempestade.
Mesmo tendo tudo e nada
Ainda tenho nome, ainda me chamo, ainda grito por mim.
Meus dedos cabem alianças,
Meu coração ainda vive em mim,
O amor é minha fé,
Minha vida tem meu nome,
Mesmo que ainda,
De sobrenome ninguém.
José Henrique
No silêncio de suas cores .
E quando a noite enfim pousou
Não envaideceu, assim percebeu
E era o mesmo assim anoitecido
Não esmoreceu com a escuridão
A vontade de viver não empobreceu
E mediante o olhar da noite
Viu que não nem sempre era a luz do dia que a trazia com a mais bela visão.
Era a escuridão de seus olhos fechados e silenciosos que a trazia com perfeição.
Tinha de ser de forma pura e distante,
Apenas a lembrança de que ainda e sempre existirá.
Doce você, doce e silencioso amor que resiste ao tempo e a feriados sem destino.
Se ao olhar os quadros em um stand não vejo cores é porque não há cores ali para mim.
Olhar para todos e não ver ninguém, é que não há ninguém para mim.
Ver a mim assim no sempre eu comigo mesmo.
Não esmoreceu, não envaideceu e não empobreceu o que aconteceu.
Não me recordo o dia que parti, pois sinto que nunca o fiz.
O rosto da chegada é bem mais claro na minha lembrança e assim fica.
E apesar da solidão, é o silêncio mais prazeroso de alguém.
É nele que pinto os diversos quadros de sua lembrança.
Todos em todas as formas e cores, sentimentos e dores.
Com tons suaves e fortes misturados as cores de um amor que só a vida pode colorir.
E por mais distante, noite ou dia,
Escuro ou claro, continuo a pintar quadros de muitos sonhos .
Do amor que calado apenas sente,
O silêncio de suas cores.
José Henrique
Meu hoje...
Estive tão contigo hoje
Que nem pensei no amanhã
Até esqueci o que fiz ontem
Que o amanhã seja o nosso hoje
Que o ontem se guarde por si só
O que dentro do meu coração cabe
É nada além do presente
Que é o hoje de ter você
Querendo todos esses hojes
Transformando todos os amanhãs e ontens
No melhor tempo de nós dois
No que estamos juntos
No que estamos realmente nele
Desde do amanhecer
Quando abro os olhos
Me vendo nos teus
Até o anoitecer
Quando minha última visão
...É você!
José Henrique
Desvendar-me.
Abrir janelas e portas do meu ser
Ver a luz que se esconde dentre as frestas de min'alma.
Abordar-me em uma das esquinas que a cada dia evito.
Renovar o ar que me segue sem respirar.
Rosas devem ser levadas e entregues.
Um novo e entusiasmante perfume ao corpo.
Deixar fluir a vida trancada em pensamentos fúteis.
Embebecido aos goles de uma sobriedade maldita.
Ser meu jardim feliz e cultivar as rosas que devo eu entregar.
Alimentar meu viver das piadas de botequim.
Deixar que o bom vinho sente-se a minha mesa novamente.
Que sente-se quem quiser, sempre .
E sente-se sempre.
Sendo o novo, sorriso alarmante e espalhado a uma platéia qualquer.
Mudanças da falta de hábitos e hábitat.
O que é deixará de ser para sempre.
Desvendando-me para eternidade do amor ,
Buscando não a felicidade eterna, mas a do abrir dos olhos de cada dia a se viver.
Que seja vivido de portas e janelas abertas ou sem elas.
Na coragem do coração que retorna
Que seja,
Que seja desvendado,
Que seja !
José Henrique
Anjo meu.
Ainda que digam que anjos não existem
O que seria de mim sem a tua existência
Sinto-me bem
Sinto-me leve
E quando preciso voar,
Tuas asas me levam
Devo admitir sim meu anjo
E por mais que não vejam tuas asas
Eu sinto o teu amor
E por tudo que é bom em você
É que consigo ver o sol
Já me basta te sentir
E sorrir no teu sorriso
Nem viver sem tua vida
Só apenas peço a lua que olhamos juntos
A mesma lua que distante nos cobre
Que de anjos não entendo
Mas de amor vivo aprendendo
Se um dia no amor me perder
De amor não padecer
De amor sempre viver
No silêncio do escrever
O sentimento de um ser
Que assim deseja ser
Mesmo sem o prazer de um prazer
A um anjo sempre pertencer
E que seja sempre você.
José Henrique
Fuga.
Quando fugi de mim
E cada vez mais longe
E mais longe eu fui de mim
Mais perto era o aqui
Quando já muito distante
Percebi que o mais longe de mim
Era sempre o mais perto, daqui
O mais junto, daqui
Era sempre dentro de mim.
Eu nunca sai de mim
Não vou sair ou me retirar
Não daqui
Sempre que de mim fugi
Eu daqui nunca sai
Sempre dentro de mim
Cada vez mais aqui
Posso sair daqui
Mais nunca fugir
A porta que se abre aqui
É sempre uma fuga
Muito mais de mim
Para dentro de mim.
José Henrique
Legado Poeta.
Na poesia, sentimentos.
Esconder a dor em um sorriso.
Descansar no amor o seu desejo.
Do amor silencioso e secreto,
Publicado ao mundo sem temor.
Trás no peito o coração de um carinho,
Que toca distante seu amor.
Tem na alma o perfume de uma rosa, sem vida pela dor.
A solidão traz as palavras e a saudade a inspiração,
Que deseja o amor no qual escreve.
Tem nos olhos o mundo de mãos dadas.
Que ontem chorou, hoje sorri.
Amanhã é ainda um sonho e um desejo incolor.
Em linhas sem vida, de páginas pálidas,
Deita palavras que levam os sentimentos,
Mais puros e verdadeiros, para muitos e não importa.
Os desejos mais simples,
Que em olhares e sorrisos se escondem,
Que se desmancham em lágrimas da saudade,
No abraço do encantado e encantador.
Tocar sem sentir na leitura do leitor.
Legado nascimento.
Escolhido pelo amor.
Amado pelo sentimento.
Desejado no desejo.
Adorado pela flor.
Vive a vida o Poeta.
Toda sua intensidade,
Na alegria ou na tristeza,
De sentimento e muito amor.
José Henrique
Sem razão...
Vivendo numa ártica solidão,
Gélidos pensamentos,
Que a lugar algum direcionam,
Lugar algum que não esteja você,
Traçando atalhos, cada um tem seu nome,
Cada passo, tua direção, a razão á muito me deixou,
O coração grita mais alto que sábios e teorias,
Dita todas as regras e passou a acreditar no sentido seguir,
Não faz, sabe ou quer definir o certo do errado,
Quer somente seguir um sentimento, o de min'alma,
O que lhe dá prazer, esperança e vontade de viver,
E para isso, contar as horas de aflição,
Esperar no tempo como um iceberg no frio da solidão,
Sonhar no passar das horas, que seja o amor maior que o tempo,
Suportando presença constante da distância que os separa,
Iludindo a saudade com as imagens que não pode tocar,
Monólogo coração, sempre um só pedido...você,
Portas fechadas ao mundo,
Bastou para dar sentido a vida,
Sentir que verdadeiramente que não quer a razão das coisas,
Quer o sentimento delas, o sabor de vivê-las,
Coração assim, sentido sem razão,
Pulsa na saudade, nas lágrimas da solidão,
Sangra o amor mais puro e verdadeiro que possa sentir,
Vive na liberdade de escolher amar,
ainda que na dor,
Neste coração que habita um corpo,
Onde min'alma reconhece a tua.
E quando meu beijo beijar o teu,
Meu abraço molhar seus ombros,
Que meu olhar seja sem palavras, Quando lágrimas molharem meu rosto,
Será dentro deste teimoso e sábio coração,
Que direi,
Te amo sem razão.
José Henrique
Você é saudade...
Penso em você que o tempo não me trás,
É com dor que o amor me consome,
E ainda assim o amor não é capaz,
Meu pensar e meu silêncio apenas dizem a mim, somente a mim.
Gosto de estar comigo quando estou contigo,
Pois é esta a única forma de me encontrar em mim mesmo,
Onde longe de ti sou apenas uma rosa que se perde sem admiração,
Que seja o tempo responsável de toda minha solidão,
Seja o amor o culpado deste aperto em meu coração,
Mas não seja você a causa de minhas lágrimas,
Pois quando estou contigo não sei chorar,
E se caem lágrimas quando a teu lado estou é porque te amo,
Hoje desejo negociar com meu sono solitário,
Trocarei todos os meus sonhos pela realidade de a teu lado estar, Apenas pelo tempo de um longo e doce beijo.
Não quero mais sonhar ou desejar, não quero mais querer sem ter,
Minha vida me cobra ao tempo e ele não quer parar e me ouvir,
Ele apenas passa velozmente e só a tenho na distância deste amor,
É como água em minhas mãos.
O que desejo ainda está em meus desejos,
O que mais sonho ainda continua em meus sonhos,
Desata-me da poesia de minhas palavras,
Destinando-me a ser um aventureiro da razão,
Que a emoção e meu coração sejam imunes a esta dor,
Que a dor o tempo leve, que a brisa de um vento livre venha me bastar,
Que me deixem os sonhos e desejos, onde a dor é recompensa,
Que a saudade seja presença,
Que seja aqui e agora, neste exato momento,
Que eu não acorde pensando no amanhã e sua possibilidade,
Mas acorde no hoje,
Que eu abra meus olhos e não esteja sonhando,
Que eu abraçe o meu lado esquerdo e encontre o que desejo,
Que você! Meu sonho ,meu desejo, minha sede,
Não sendo mais a saudade!
Mas o amor de verdade.
José Henrique
Longe...
Pensando... tanto estar longe
Muito distante de onde estou,
Mais perto de onde desejo estar,
A cada pensar mais longe de mim estou,
Fosse eu um desses que voam,
Os que sabem voar, os que não pensam,
Não carregam sonhos como pesos,
Sem desejos acorrentados aos pés,
Tendo dito e pelo não dito ou qualquer paradigma,
No eu, leve peso, como pedra sobre a relva livre,
A cada acordar o mesmo pedido,
A cada adormecer o mesmo fechar de olhos,
A mesma visão de um quadrado vazio de cores pálidas,
Domindo a domingo é só um dia após outro,
Dias que se perdem no tempo dessa eloqüente inèrcia,
Que seja um dia o dia do dia de se encontar,
Este barco, sem vela e motor, sem o vento ou a maré,
Entregue ao belo sol e a formosa lua,
Areia de um deserto que se move em si mesmo,
Um oasis sem visitas, na miragem do esquecido,
Rosa jogada ao chão, esquecida a cada chuva, mais um córrego,
Este que é o tempo, marca com suas garras intolerantes,
Então seguir adiante, no escuro incerto de ações sem sentido,
Sendo assim, estando sempre em mim e para mim,
Tocando sentimentos com as luvas da paixão,
De um coração impenetrável, Envolvido no vinho do amor,
Amor que não se move, amor que não se tem,
Deita e dorme com a saudade,
Abraçado a esperança, aquecido no desejo,
Muito distante de onde estou
Longe...sem onde.
José Henrique
Pedaços.
Tenho pedaços em mim
Que não se conformam em juntar-se
Sigo em pedaços sem mim
Quanto aos que deixo perdidos
O velho e incansável tempo
Cuida de reciclar
.
Sinto-me levado pelos amanheceres desta vida
Onde o anoitecer não me traz o confortável sono
Minhas pálpebras se recusam a abrir as janelas de min'alma
Um náufrago de meu atlântico leito,
Sem a certeza de que haverá um chão para pisar
Pedaços de mim vão ficando pelos caminhos
Ainda falsamente consigo sorrir
Meu caminhar é leve
Árduo de um completo vazio
De um coração amante.
Mas ainda lembro, lembro sim
Do sorriso que á muito perdi
Está na distância de meu olhar
No impossível de minhas mãos
Nas águas de meus olhos
No silêncio de minha dor.
Não serei pedra sem mover,
Água de um lago
Mas um rio de fortes águas
Renovando meus dias
E de novo encontrar
Pedaços...
Que faltam em mim.
José Henrique
Sentindo frio.
Tenho o frio de meu inverno a suportar,
Quando em teu abraço, nega-me a vida estar,
Quando em teu viver quero habitar,
Ventos sopram dentro de mim,
Onde no imenso vazio não vejo fim,
É da falta de ti, de onde ainda não parti,
Deixei-me aos pés do sabor de teus beijos,
E quanto mais livre para amar-te,
Mais me prendo aos anseios de min'alma,
A esperança cai como folhas de outono,
E o amor guardado é em meu peito abandono,
Estou no tempo, nas rosas, nas palavras,
No perfume e na dor de quem me quer,
E na solidão de não estar,
Em beijos em jardins a procurar-te,
Recebendo rosas sem nenhuma poder plantar,
É no verão de teu calor e no olhar de teu sol,
Onde haverá vida para viver,
Haverá teu abraço a me aquecer,
Salientando a provocar o teu querer,
Precisando do abraço, não de um, mas o teu,
O teu que tem as quatro estações,
O teu que me faz sorrir e a felicidade derramar,
E neste desejo que não conhece o fim,
A esperança flerta com a saudade,
Tendo o frio do meu inverno,
Amor, sem o verão do teu calor,
No desejado abraço,
Onde tudo em ti está.
José Henrique
Aos Pronomes...
Não sei...estou aqui, um eu,
Mas lido com amor,
Não conheço ou sei da minha alma,
Sinto dor de uma saudade que nunca senti,
Desejo um calor que nunca tive,
Talvez na vida, ilusão,do segredo,do não saber,
Na dor que a mim fere, na leitura um prazer,
No lindo de meu sofrer, nas lágrimas eu descanso,
Escondem um sorriso triste, encantador,
Sempre em fulga de si mesmo,
Conto as horas de um relógio sem ponteiros,
Sempre volto para mim, não vou eu ferir,
Respiro saudade da espera,
Para o amor sou um desejo,
Amo o simples que dificil tanto é,
Amando sempre na atenção do coração,
Razão de um viver é o simples querer ter,
Está nas rosas que ao dia admiro,
No perfume de diversos e eloquentes aromas,
Na sedução e ardor de seus espinhos,
Não sou eu sincero quando falo,
Nem sei falar com sinceridade,
Mas o olhar é verdadeiro e meu calar me leva longe,
Escrevo assim sem ter porque, ou todos.
Quanto a mim o tempo sabe,
Que tenho o tempo de meu tempo,
Escrevo sempre com amor,
Sem saber onde se lê,
Não sei o seu valor, mas sinto é com amor,
Que fala do sentimento, para todos os pronomes,
Sendo eu sincero, silencio a minha dor,
Mas jamais o meu amor.
José Henrique
Rebeldia.
Tenho seguido meu destino,
Porquê...tem de ter linhas tão tortas,
Mal consigo me equilibrar nelas,
Sempre caminhando com minhas humildes sandálias,
Um caminho de poças que a lama chega a meu rosto,
E quando há rosas não sinto o perfume,
E do amor, só desejo, saudade e esperança,
Criado de muitos corpos sedentos de prazer,
Onde a dor é apenas o que me pagas ,
Vivo sepultando as dores que a mim trazem,
Seguindo ilusões das ilusões que os sonhos trazem,
Então...Seja breve ao magoar,
Do contrário abra as cortinas,
Deixe-me dantes ver onde vou pisar,
cair é constante,
Tenho visto um mundo onde há verdade no amor,
E quando me abres os olhos, são pedaços que não se pertencem,
Cinzas de cinzas já vividas, não há alma e coração,
Partes perdidas no tempo, que a mim não dizem nada,
Embassadas com o amor que somente em mim plantas-tes
Traga-me o amor... o verdadeiro, não me sacio com sonhos,
Tenho de eternamente amar e amar...a que amor?
Sou um mortal que por mim o tempo deixa marcas,
Isenta-me das rosas sem perfume,
Entrega-me aos espinhos daquela com perfume,
Posta-me diante dos olhos e que a mim façam chorar,
Acorda-me deste sonho de ver um sol, que só me trás uma única sombra,
E na intolerância de minhas palavras aceite a minha dor,
Não quero caminhar por linhas tortas,
Eu não as escrevo assim, eu não as sinto assim,
Se não assim, embriaga-me do não sentir,
Afasta-me da poesia de meus desejos,
Liberte-me dos desejos de falar de ti,
Usarei de rebeldia em minhas palavras,
Quero a rosa com perfume,
Quero a alma de min'alma,
A vida de minha vida,
A minha carne podes tu ferir,
Mas poupe o meu coração,
Perdoe-me por amar sem amor,
Perdido a revelia...
José Henrique
Onde quero...
Ainda aqui, ai ou por ai,
Sabe-se lá meu momento,onde está,
Ainda passeando sobre a terra que piso,
Arrastando desejos e sonhos em um vazio ditador,
Vago e ilusório é o chão que piso,
De promessas e conteúdo sem assinaturas,
A procura já me desistiu, desatamos de nós,
Deixou-me assim sem uma única nota musical,
Entre as canções não há mais nenhuma dança,
Um enorme não sei de tudo ou de nada,
Criando universos de opções, numerando estrelas,
Procurando sábios em loucos,
Plageando meu sorriso para os espelhos que me cercam,
Meus olhos estão distantes do qe vejo,
E não vejo o que quero ver,
Meus lábios não sabem o que dizem de mim,
Discordo de minhas palavras quando as ouço,
Silêncio eu entendo bem, é um diálogo mais sincero,
Apaixonado e verdadeiro é o sentimento,
Minto a mim mesmo e na verdade me calo,
Ouça-me por dentro, leia-me em seu coração,
O que amo está em mim, no eu guardado em ti,
Em um enorme não sei de tudo que sem ti é nada,
Não vejo o que quero ver,
Mas posso tocar no que sinto,
Quando caem minhas lágrimas,
Ainda que por aqui ou por ai ao sabe-se lá onde,
Estou sempre contigo,
Onde quero...
José Henrique
Azaléia⚘**
Gosto desta azaléia, minha mãe me deu a nove anos, mais ou menos, ela se foi em outubro do ano passado e ficou a azaléia e a cada nova flor um sorriso sentido...ficamos em alguma coisa...na memória, lembranças e nos corações de quem sempre nos amou...desta forma...somos eternos...
Sou o Zé ⚘ Simples Assim ⚘
José Henrique