Jose Carlos dos Santos
Só conhecemos o coração das pessoas depois que nos aproximamos delas e é na convivência que percebemos se elas têm frutos ou apenas folhas, se são portadoras de bom caráter ou se vivem apenas de aparências.
O que faz a diferença no reino não é o que as pessoas apresentam por fora, mas o que elas trazem dentro de si.
A convivência não é um fator ocasionado apenas pelas necessidades físicas, sociais e emocionais, mas também pelo compartilhamento de conhecimentos, sabedoria e experiências embasadas no bom desenvolvimento da sociedade, assim como o respeito mútuo é a razão de se viver em paz uns com os outros.
Relacionamentos em que existe apenas a insensatez de sugar o seu próximo, estão fadados ao fracasso.
A amizade atinge o nível da excelência quando está pautada no desinteresse pessoal, no entanto, para os portadores de características sociais louváveis, o que importa, no âmbito da amizade, são os atributos e não as benesses do relacionamento, os valores internos valem mais do que os externos na construção do laço amigável, as virtudes são mais significativas que as ofertas acordadas no vínculo afetuoso.
Nunca comprometa seu caráter por causa de amizades infundadas e na vantagem ou troca de favores, nem ainda sob a cumplicidade da barganha ou vantagens perecíveis, nunca entregue ao amigo seu direito por considerá-lo impecável, porque basta uma insatisfação para colocar as "unhas de fora", e quando resolver se voltar contra você, na primeira oportunidade intentará contra a tua integridade e caráter.
A amizade é um processo terapêutico, os amigos nos ajudam a preencher as lacunas emocionais e lembrar de quem realmente somos.
Indivíduos diagnosticados com traumas, complexos e frustrações tentam compensar suas melancolias e ressentimentos na convivência social, certamente estes indivíduos vão exigir na fase adulta o que lhe foi negado na infância.