Jose Arimateia da Silva
O Canto da Maria
Aqui e agora
Tudo acontece.
Alguém esquece,
Outro murmura,
Alguém medita,
Alguém escuta
Talvez reflita
Um dá um grito,
Pede socorro,
Da um aviso,
Uma voz gritou,
E a corrente
Acorda a gente,
E já se quebrou.
O amanha já será tarde
O que passou
Não vai voltar.
Ouve a Maria Maria
De João Pessoa
Da poesia
Da alma boa
Da alegria
Este é o seu canto
Do sabiá.
Silencio
Silencio
O silencio é sofrimento é o medo,
Aceitação, o calar de um segredo
É o respeito ao direito de não ouvir
É ficar, mas é o mesmo que partir.
É a pergunta que cala, ausência é omissão.
É o abandono, o sofrer sozinho é desengano.
É a Paz a tranqüilidade e é a natureza
A resposta muda, fria e ferina
Um grito gritado em surdina.
É sossego é o fim da vida já vivida
O termino da jornada é o cemitério
É paz é a resposta ao deletério,
É o abraço da pessoa mais querida.
É ouro do provérbio é sabedoria
É o momento da meditação
É vida amor,alegria e paixão
O calar da noite o fim da jornada
A vontade calada é a redenção.
É expressão muda de uma realidade
De quem não veio, mas deixou saudade
Do tempo vivido e já passado.
É a indiferença, é o ódio e o perdão
Uma dor guardada um rancor contido
Uma paixão calada do esquecido é a solidão.
É o luzeiro da cruz
A esperar com paciência
De acordo com nossa crença
Para nos dar sua luz.
É mais que a mudez do sensato
É o aconchego, a voz do ego, um ato
Uma declaração clara e explicita
Uma repulsa que grita
Um consumar do fato.
O Colégio da Minha Vida
Jose Arimateia da Silva
"Ai que saudades que tenho
do colégio daminha vida
da minha escola querida
Que os anosnão trazem mais!
Que Glamour, que sonhos, quanto amores
Naquelas tardes fagueiras,
Debaixo das goiabeiras
Na sombra dos canaviais!
Naqueles tempos em São Bento
Colhíamos flores e frutos
Corriamos mais que o vento,
Jogávamosaté cansar,
Desejávamos todas as Marias
O sol, o céu era sempre lindo,
Adormecíamos sorrindo
E acordávamos com o toque da sineta
Bem alto a nos despertar
Anunciando pra todos
a hora do mungunzá!
Junho chegou
O ano esta na metade
La no interior
E até mesmo na cidade
Diz o povo com propriedade
Ano miou
Ano acabou
E isto é verdade.
Quem tem juízo entenda
Descubra quem tem coragem
Que Vitoria não é sucesso
Tristeza não paga dívida
Alegria é meritória
Um passo não é viagem
Aplauso não é a glória
Derrota não é fracasso
A vida é uma conquista
Que é feita a cada passo.
AGORA É NATAL
Agora é Natal.
Todos fraternos
Felizes se abraçam
E Esquecem do mal
Porque é Natal.
Renovam esperanças
Se tornam crianças
Menina de tranças
Face angelical.
A noite é singela
Tão linda e tão bela
Presentes na ceia
Porque é Natal.
POMEMA PARA INOCENTES - JAS
Ladrão quando ajuda pobre
É para ele ficar calado,
aplaudir os seus delitos
e dizer muito obrigado!
Isto é cumplicidade
é do crime fazer parte
É também ser desonesto
Farinha do mesmo saco!
Perdi a placa dianteira do carro ao passar por uma rua alagada pelas chuvas de março.
Foi na rua Virginópolis, esquina com Abel Cabral em Nova Parnamirim próximo a BR101 sul na Grande Natal-RN. O alagamento era Dantesco, mas resolvi arriscar. Era cedo da manhã do dia 29 de março 2018, chovia muito e depois que se entra em alagamento não é possível retroceder, manter a aceleração e torcer para tudo dar certo. E deu, mas a placa ficou e nem vi. O motivo principal para a placa cair é o fato de que a água exerce uma forte pressão na parte mais baixa do carro fazendo com que se quebre ou solte o parafuso da placa dianteira onde acontece todo o repuxo. O alagamento tomava conta de mais de 50 metros da rua que fica numa baixada exatamente onde está o Condomínio Renassence, 58,com vários majestosos blocos de apartamentos. No dia 31 voltei àquela rua na esperança de encontrar a placa. Não tinha mais água e nem parecia que houve alagamento. Resolvi parar diante do Condomínio Renassence e perguntei pelo interfone se por acaso não haviam visto a placa do meu carro na rua após a água ter escoado. Para minha surpresa a moça que atendeu disse que um servidor do Condomínio havia coletado cerca de 30 placas de carros que foram arrancadas pela força da água em frente ao Condomínio. E lá estava a minha placa, digo a placa do meu carro, PXV5925, inteirinha. No momento havia exatas 21 placas de automóveis que se arriscaram em passar no alagamento. Achei fantástico. Alguém se preocupou em recolher todas as placas que estavam no leito da rua e guarda-las cuidadosamente a espera que o dono acredite nesse milagre urbano e venha busca-la. Foi na páscoa. O ressuscitar da fé.
Poesia para um Novo Ano
25/12/2010 – Jose Arimateia da Silva
Neste novo ano que em breve se inicia
Nele eu gostaria
Que não se lembre mais de mim,
Nada de mal ou ruim
A tristeza e a amargura
O conflito a tribulação,
Que não seja somente canção,
Mas seja mais emoção
Do tipo felicidade,
Que tenha pouca saudade,
E mais amor no coração
Quero ter muita presença
Mesmo sem toda crença
Mais com um abraço real
Forte quente, amigo e leal
Que não se lembre de mim
A dor a lagrima, o conflito e todo o mal.
Quero somente ser lembrado
Pela doce alegria
Do reencontro saudoso
Dos filhos amigos e irmãos
Que seja tão ardoroso
Que compense o sofrimento
Da vida todo o momento
Que me resta pra viver
Quero tudo muito pleno
Nada mais pouco e pequeno
A não ser o anoitecer
Pra que logo venha o dia
Para de novo eu viver.
Esqueça-me a nostalgia
O temor a covardia
O medo e a incerteza de viver
Pra tudo de ruim esquecer
E ser agora total
Livrado de todo o mal
Que no passado ficou
Nas decisões erradas
Num velho conto de fadas
Nos caminhos e nas estradas
Que com a incerteza trilhou.
A vida realmente é uma caixa de surpresas, a minha esposa Maria de Fatima de Andrade Pereira partiu no dia 20 de Julho de 2021 para a eternidade fiquei viuvo. Não está sendo fácil viver a nova vida que todos apregoam a qual deverei seguir. Não consigo esquecer, sempre me lembro dela nos lugares que vou, ao amanhecer, ao anoitecer, não está sendo fácil. Os amigos de boa vontade dizem que devo levantar a cabeça e seguir adiante. A pergunta é: Para onde, fazer o que? Fatima era mais jovem que eu 10 anos e nunca passou pela minha cabeça ir ao seu sepultamento. Foi terrivel.
Diante da morte a nossa vida se espelha, o passado vem a tona e o futuro terreno chega ao fim. Lembramos do que fizemos e o que deixamos de fazer.
Agora não é mais o que queremos e sim o que tem que ser, o silencio, a dor, a solidão e o amor brigam por um espaço sem ter mais razão. Só lembranças do que foi bom e do que foi ruim sacolejam o nosso ser num embalo sem nome sem cara e sem forma, indescritível. O medo assuta e o amanhã será um novo dia em que não se sabe o que nele haveremos de fazer. Quando será a minha hora de tambem partir para eternidade?
FLOR DE PÊSSEGO (Fatima)
A minha querida flor de pêssego partiu para um novo jardim, onde as flores belas não são mais lindas que ela, que ficou pra sempre em mim.
Aqui tudo ficou deserto e o silêncio não tem fim. Se foi o seu lindo sorriso
e o seu jeito proprio de ser. Fiquei sozinho na vida sem a minha flor querida
que não irá voltar pra mim.
Como o músico que não se aposenta, apenas deixa de tocar quando acaba a inspiração, eu vou continuar trabalhando até que a minha inspiração acabe.
APRENDENDO COM A VIDA
Estou aprendendo que a vida a cada dia nos oferece novas lições. Hoje eu sei que o importante não o que você tem na vida, mas quem você tem na sua vida. Aprendi a diferença entre uma Grande Mulher e uma mulher grande e que a idade não deve ser medida apenas pelos anos que se tem, mas pelos valores que esta vida tem a ofertar.
Na vida conhecemos muita gente,
umas passam depressa,
outras ficam para sempre,
uma nos traz amor e nós gostamos,
outras sofrimento e dor e nós choramos.
Aniversário. A cada ano não ficamos apenas mais velhos. Nos tornamos sábios, sem sermos os donos da razão, nem os melhores em todas as coisas e os vencedores de todas as batalhas. Seremos apenas mais vividos, sofridos e calejados pelas agruras do caminho que sempre estarão presentes na caminhada de cada um na constante busca pela felicidade.