Joni Baltar
A verdadeira força está no imanente. E a esta força chama-se Fé. Independentemente de qualquer religião ou crença, a força de todas as forças reside em nós próprios.
A eloquência é a hipnose dos seres; quando mal-intencionada, provoca neurose obsessiva em delírio constante; mas, quando bem-intencionada, alimenta e liberta mentes na abstinência do tirocínio.
A separação física é a dolorosa certeza que o sofrimento existe. A consolação é a incerteza do esforço, instintivamente perdido, no subterrâneo da irresistência.
Alimentar uma inferioridade sustentada pela própria personalidade, é crescer no amargo vazio da escuridão, brilhando palidamente numa esperança ilusória. A resolução está na hidratação da personalidade, inundando de abnegação todo o interior; afogando também, todos os tormentos criados pelo poder inumano de sentir a superioridade perante os outros. Por vezes, é necessário ausentarmo-nos de nós próprios, para podermos vislumbrar os passos da nossa sombra. Afasta-te de ti próprio mas, nunca te abandones.
Enquanto a evolução mental continuar “viciada” corre-se fortemente o risco de contribuirmos para a nossa própria extinção.
Sorrisos expressam passagens de vida. Sempre renovados, porque sorrir, é existir em todos os lugares.
Que se libertem os suspiros. Desprendam-se das mágoas escondidas nos labirintos da memória. Deixem-se levar pela brisa de um momento de paz que reside no vosso interior. Aterrem no cerne da vossa elevada autoestima. Sintam-se Seres evoluídos de Felicidade.
A intensidade do Amor tem a capacidade de distanciar-se do mundo. E num só momento de amor, consegue fazer deste, o seu próprio Mundo.
É uma realidade bem patente nas sociedades dar importância conscienciosamente à superfluidade. Que adianta vestir o corpo se a alma continua despida? a conduta humana ficcional é progredir no vazio existencial.
Primavera: o olhar une-se ao sentimento; Verão: movem-se os sorrisos em direção ao ósculo; Outono: a saudade conserva o beijo em todos os lugares; Inverno: recupera-se o beijo ou deixamo-lo voar em todas as estações…
Em cada recomeço enxaguam-se as lágrimas que apagaram os caminhos que não mereciam as nossas pegadas.