Jônatas Medeiros
Abri os braços, fiquei no meio da multidão lúcida, fechei os olhos, permiti que os meus pensamentos internalizasse o âmago que ainda é desconhecido, sorri para o universo a procura da paz, agradecia a minha existência terrestre conturbada de indignação, seguir, tenho a poesia em minhas mãos, tenho a arte para me entregar. Palavras não encaixam quando os sinais brotam.
O que une as almas que saltam em um córrego de alegria?
A etimologia não encontrou ainda a palavra que tem o crucial, imortal e itinerante absoluto sorrir para o amanhã.
É que eu acordei desesperado e quem sabe o desespero faz com que as coisas se tornem confusas, sabe? Faz um tempo que eu não escrevo, eu não me permito. Eu não posso. Quero, mas é verdade que as palavras prendem, os sinais libertam. Prisão e liberdade, antagônicos, porém analógicos.
Jonatas Medeiros
Sua força foi o que me conquistou
Um corpo perfeito que apenas um semideus poderia ter
Um olhar brilhante que insiste em me derreter
Os seus defeitos arrogantes transformam-se em um maldito charme que me enlouquece
Você vive a guerra e não sabe que já devastou o meu coração
Não somos uma amizade, aqui é diferente, existe paixão
Por você enfrento o maior dos troianos apenas para senti-lo novamente em meu âmago
Filho de Peleu, sou Pátroclo, sou seu.
Jonatas Medeiros
Você nem tem olhado para o céu. Ta sem tempo, ta sem vida. Sente o poema? Lê o livro? Sorri para o nada?
Você nem tem olhado para o céu, quem dirá para sua alma.
J. Medeiros (retalhos de Matheus Rodrigo)