Joice Soares
Um dia todos irão me entender. Vou escrever um livro contando a minha história, e farei com que todos saibam quem fui, como fui e porque fui. Todos irão me entender. Um dia.
Alô? (Silêncio) Podia ouvir a respiração do outro lado da linha, era a dele. Quem é? (Indagou) Suspirou do outro lado. Ar de angustia. Era ele. (Pensou novamente). Estava ferido, e o orgulho não lhe permitira dizer uma palavra. Tum tum tum.
Quando uma mãe fala e o filho não ouve, em algum momento, acredite, Deus vai arrumar uma forma de jogar isso na cara dele.
Ao passo que somos matéria viva, somos matéria morta. E tudo ocorre numa velocidade incontrolável. Não existe o botão 'pause'. Não existe um espaço de tempo suficiente ao pensar, ao refletir, tampouco, o - voltar atrás. Na medida em que se encontra em determinado estado de corpo e mente, não há escapatória. Fixo momento. O espaço/tempo inexiste. É o ir e o já estar-se indo ao infinito desconhecido que tanto se recusa conhecer. A morte. Acabou. Já foi. Um segundo repartido entre o - está-se vivo e o encontrar-se morto. Um segundo repartido ao ultimo suspiro (o de socorro?), ou ao ultimo suspiro, onde não se dará tempo para repartir. Acabou. Já foi. No chão, o corpo, a matéria morta. Em volta, e por toda volta, matéria viva dos que ficaram. Matérias vivas, porém destroçadas. Suspiros incontrolados, lágrimas que rolam em faces inconformadas. Olhos que gritam transmitindo aflição; angustia. Corpos trêmulos. Mentes desnorteadas. Corações que pulsam sufocados. O choro, o grito, a lamentação, a fragilidade física e mental, a melancolia, o inconformismo, etc., compõem sentimentos que circulam sob os que ficam e que se recusam dar o Adeus.
Gosto de tudo que me faz lembrar o motivo das coisas que tenho ou que faço. Gosto do que me faz lembrar o – por quê? Gosto do desenvolvimento das ações, sobretudo, não do final. Não valorizo o ponto final tanto quanto valorizo as vírgulas, as aspas, cada parágrafo. Porque o final é resultado do meio e depende fundamentalmente dele. É no meio que as dúvidas são postas e as certezas evidenciadas. O ponto final simboliza o fim de algo; a conclusão, mas o meio? Ah... Este é imprescindível para que se chegue ao fim. O início é importante, mas ele é apenas referência de que algo começou, mas quem garante a qualidade do seu desenvolvimento? O meio possibilita a visibilidade da certeza dos questionamentos feitos no final. Entretanto, quem é sábio no desenvolvimento das suas ações entende que, se o meio; o desenvolvimento for devidamente sustentado, elaborado, explicitado, cada final será um ponto continuado que representará o fim desencadeando, sequencialmente, um novo começo.
O que foi ontem, o que é hoje e o que será amanhã vai depender de como você se vê nesta liturgia. A mudança é in e não ex.
Não sou mais quem era quando acordei esta manhã, assim como não serei a mesma no dia seguinte. Transformo-me todos os dias ao levantar e ao deitar e não me basto. Mas embora "sofra" alterações, o incrível, o mágico é que continuo sendo eu mesma.
Não sou mais quem era quando acordei esta manhã, assim como não serei a mesma no dia seguinte. Transformo-me todos os dias ao levantar e ao deitar, e não me basto. Mas embora "sofra" alterações, o incrível, o mágico é que continuo sendo eu mesma.
Acho interessante esta forma de nos relacionarmos com o mundo. A cada momento, a cada conhecer, um filtrar de novas experiências.
Se me pedissem para fechar os olhos e pensar em uma pessoa "doce", neste momento, eu lembraria de você.
Que nessa caminhada nunca percamos de vista o motivo pelo qual caminhamos. Que tenhamos exito em nossas abordagens e encaminhamentos, e que estejamos sempre atrelados ao nosso código de ética.
Uma dedicatória a todos os profissionais de Serviço Social pelo seu dia, 15 de Maio.
Um homem não deixa de ser homem porque se assumiu gay, assim como uma mulher não deixa de ser mulher porque assumiu ser lésbica. Temos que aprender a diferenciar o que é sexualidade e o que é gênero.