Joelma Antunes
DILACERADA DOR DE AMAR
Senti aquela dor novamente...
Aquela dor que ninguém pode escutar
Que as lágrimas tentam expressar
Mas não conseguem...
O olhar que desespera no silêncio
Sem palavras, Sem gestos,
Sofre a amargura de senti-la
Incompreensível dor que se faz presente
Diariamente acompanha de longe a esperança
Observando cada momento
Para que por um instante em frações de segundos
Consiga te levar para longe mim
E sem fim... Vai doer
Até que um vento de saudades te faça voltar
E dizer da sua falta que em mim de você está
Aquela dor que novamente...
Fez-te tão presente
Que as lágrimas não podiam expressar
Mas você chegou e veio enxugar
E me ensinou de verdade o que é amar
EU SEI QUE TE AMO
Eu te amo...
Mesmo que a sua distância consiga arrancar de mim
Todos os sentimentos bons que construí contigo
Mesmo que a ausência e a descrença
Acompanhem-me nessa estrada do que vivo hoje
E o que espero acontecer pra novamente te ter
Mesmo que ouça todos os dias
A dura realidade de estar sem ti
E que ela venha todas as noites me ferir
Mesmo que por vezes não consiga acreditar num amanhã glorioso
Que teu sorriso brilhe e aqueça todos os meus dias tornando harmonioso
Mesmo a sua falta me faça anônima em minha própria história
Caminho olhando fixamente para nossa vitória
Mesmo que meus sonhos tenham acordado
E se deparado com um vazio fúnebre à minha volta
Porque eu não sei mais de mim,
Minha identidade já não é mais fixa e única
Estando longe de ti
Porque mesmo sem tocar o chão,
Posso ver que tudo circunda em tua pessoa
Dentro do mundo que te criei pra mim
Mesmo sem saber esperar,
Sem ter paciência de ver o tempo passar
Pra quem sabe um dia te ver chegar.
Mesmo sem saber quem sou sem ti
Sem esperanças e com o ser cheio de medos
Com a cabeça explodindo receando a perda
E o coração a beira de um colapso
Porque me sinto apenas um pecado
Perdido nesse espaço sem fim
Buscando equilíbrio e sobriedade
E sem ti só encontro minha incapacidade
Mesmo que já na espera do nosso fim
Ainda assim... Eu sei que te amo!
...E essa certeza em mim
É maior do que a minha própria existência
Mesmo que em mim exista tua ausência,
No meu próprio mundo vivo meio a inexistência
Sem nada saber esperar...
Mesmo assim...
Espero você pra mim, voltar...
NÃO MAIS NÓS
Não foi o tempo que me afastou de ti
Não foi o destino que nos impediu de viver
Nada saiu do lugar
Tudo esta seguindo na mesma rota.
A fase que passamos já ditava a controvérsia
E não convém que se reflita no espelho
Como a teimosa vontade de te ver
Que se repetem cem mil vezes durante ao dia.
Ainda que me prenda a seu modo sutil de se dar
E a explicitude do teu medo de amar
Feri o sentido da frase distorcida
No modo silencioso de te olhar.
Embora tenha decifrado um pouco
Da vida o gosto extinto de amar
Na sensação quase que perdida
Nesse desejo inquieto de te reencontrar.
BUSCANDO TEU NOME
Novamente aqui...
Metodicamente...
Eu e minha exaustão
Minha sede insaciável de não sei o que!
Como uma carcaça de sonhos utópicos
Ventos sopram teu nome
Nem sei como se chama
Se não apenas: meu amor
Não sei o quanto estás longe
E o que guardo de ti
São apenas momentos inconclusos
Mas vejo o teu sorriso como vitrine
Em qualquer lugar do mundo.
Em lembranças perdidas...
Como uma vaga neblina
Que voa velozmente
Seja para onde for,
Procura o teu nome
Como em asas de Beija flor.
IMENSURÁVEL SAUDADE
E se eu te esqueci...
Tem algo muito estranho dentro d mim!!!
Amor não se explica!
“reconhece-se em outra pessoa;
Torcemos mais um pelo outro,
Muito mais do que por nós mesmo;
Nada faz sentido se não houver a presença...
Amor, não sou eu mesma, “Te sou”
À noite se durmo, sonho contigo
Você está em todos os meus sonhos
Até sonho acordada!
Acordada, meus pensamentos são teus
Sem tua presença tudo é breu
E todas as promessas que se perdeu
Em um tempo chamado saudade
Se eu te esqueci?
Tem algo estranho em mim...
Que a todo o momento chama teu nome
Sentimentos se misturam
e se perturbam aqui dentro!
O que fizeste a mim?
A saudade desenha tuas linhas perfeitas
É só pensar em ti que teu cheiro reascende
Nesta ausência machucada, coração doente
Instantes de reações nostálgicas
Basta apenas fechar meus olhos para ver-te
Sentir-te...
Respirar-te...
Alimentar-me de ti...
Sem nunca querer me despedir.
VAGUEANDO NAS MINHAS SAUDADES
Fiquei “rodopiando” no tempo
E acabei escorregando nas minhas frustrações
Sem saber retornar aos sentimentos concretos
Viajei nas asas dos pensamentos
Buscando encontrar o calor de um por do sol
Mas só trovejava na minha inquietude
A alegria definhou nas curvas da minha saudade
Precisei traçar novos rumos
Mesmo desvaindo-me em lembranças solitárias
Processo longo de minhas esperas
Conflitando apenas com os traços mórbidos de sua ausência,
Apagando-se no tempo que já despertava saudades
O que posso reviver são apenas traços deste passado
Caminhei e sozinha e encontrei o que não era real
O destino escondia teu rosto
O que não mais trazia teu som ecoando dentro de mim
Tentei acessar nos teus espaços
E percebi que jamais escreveria a história que havia sentido
Desfaleceria junto às lágrimas que não mais poderia enxugar
Tem um vácuo dentro do meu peito
Que parece que vai me sugar
Perco-me sem a direção do teu olhar
Só ele me diz pra onde vou chegar
E por onde caminhar...
Até te encontrar..
SEM TI, SENTIR...
Na ausência da alegria
Sou apenas poesia
Sou apenas o eu
Que um dia se perdeu
Que não sabe retornar
Nem vida se não está
Calando a voz de saudade
Lágrimas que caem me invade
Desejo incrível de te ter
Meus abraços esperam por você
Remédio que sana minha dor
É sua voz me falando de amor
Instante de tormento e indecisão
Sem ti minha vida, que escuridão!
Meu caminho... Você quem me conduz
Ilumina-me, faz brilhar, minha luz.
PEDAÇOS DE MINHA EXISTÊNCIA
Pequenos pedaços de minha existência sem ti,
Já são partículas de sentimentos que me ferem
Espaço de minha solidão desnorteada
Saudosas palavras refazem o pouco que ainda existe de mim
Lembranças que me seguem e te trazem
E nas partes de mim que ainda se apressam a ter notícias suas,
Juntam minhas minúsculas partículas
Que foram levadas pelo vento da saudade
Buscando encontrar minha vontade de viver,
E trazê-la para meu mundo real sem ti
Ocultando a dor no demasio de meus desejos nítidos
Onde o coração nem sabe que direção tomar,
Entre meu destino e o seu se perde no medo da partida
Meu sorriso vive tão pouco tempo,
E agarra-se a esse presente que um dia foi nosso lindo passado,
Hoje... Já se faz distante e meio sem sentido
Diversas vezes és o motivo das minhas tristezas
Algumas vezes da minha alegria
Reflexo do meu destino sem ti
Já é imagem desastrosa de minha esperança
E que eu como criança
Não canso de esperar
Pra te abraçar
Pra te amar
E ser teu lar...
LINHAS VULNERÁVEIS DA SAUDADE
Forrei meu caminho de amor
Como a lágrima que sorrir
Mergulhei na alegria da tua alma
Num abraço que chora
Arrancando do peito
A única lágrima que me restava
Nas forças que poupei
Quando desastradamente passou por mim...
Sigo atônito nas linhas indecifráveis do tempo
Busco-te nos meus pensamentos noturnos
Em Frases cortadas pelo silencio
Ate que os sonhos novamente batam a porta
Folheio-me nas páginas da vida
Despertando em meus anseios ocos
Encontrando recordações impalpáveis...
E nessas linhas vulneráveis
Sou apenas resquícios de vida
Flutuando em tuas saudades
CILADAS DO DESTINO
De repente...
Não sei como me atirei
De corpo e alma
Nesta penumbra de sentimentos,
Que por vezes me aflige,
Por outras me acalma.
Debrucei-me nos momentos saudosos de ti
E nas lágrimas jazidas no chão
Que rolavam do meu rosto
Sem nenhum mistério
Envolta na dor da solidão.
Meu coração parou...
Nas esquinas esquecidas de nossas lembranças.
Tentei em outros instantes
Esquecer de tudo!
Tudo, que ainda de ti me lembrava.
E no beco sem saída de minhas saudades
Fugi de outra realidade,
Antes que o amor novamente me pegue
E me apegue a sua adorável sina:
Amar e ser correspondida.
APRENDIZ DAS PRIMAVERAS
Não me constranjo em amar a vida
Distraio-me em construir castelos de sonhos
Velejo em um barco a vela nos momentos
Eu e meus pensamentos...
Levo comigo as madrugadas
Até chegar ao sorrir da primavera.
E já vejo a névoa silenciosa esmaecer
Cruzando nas faíscas dos meus sonhos
Espero um tempo...
Em que o passado descolore.
Reintegro-me a cada hora que perdi
Apagando momentos perenes
Que ainda existem em mim de ti.
E nesta estrada chamada vida
Plantei algumas lágrimas de amor
E se o destino for recíproco
Apagará a minha dor.
Então... Colherei teus sorrisos no futuro.
E se nada restar...
Gravarei o mapa das nuvens...
Para ainda poder sonhar.
UMA FACE DE MIM
Mergulhei no meu silencio dentro da noite
Buscam-te em céus vazios e solitários,
Transformadas de magia à agonias,
Num desassossego de luas irreais.
Abri minhas pupilas dilatas de saudades
Como misteriosas janelas fantasiosas,
Ouvi a minha própria voz sonâmbula
Gritava em som inaudível
E ainda assim,
Teu silêncio preso a mim...
Buscava teu olhar com sua inteireza
Para gerar em mim fortaleza.
Mas, não estavas aqui
És pedaço do céu que me faltava!
Contudo vagueio em tuas estrelas
Esperando-te novamente chegar.
Sentia-te na pele, meu dilema
Quando começamos a nos distanciar
Como imagem de um menino perdido
Que em minh’alma chega a queimar.
Trilhando neste destino absurdo!!!
Eu e meu romantismo vagabundo!
Que sozinha ainda consigo ver
Os mais belos crepúsculos do mundo!
VERSÕES DE UM FIM
É inútil tentar entender
O porquê das incógnitas,
Se as dúvidas são perfeitamente elas mesmas
Num incompreensível sentido errante.
A resposta das perguntas é o tempo,
Os momentos de inseguranças
São como hipnose de um passado
Insuficiente para suprir a carência
De um coração que perpetua.
As lágrimas...
Foram companheiras e testemunhas da solidão
E secaram ao amanhecer das verdades
Esmoreceram com as certezas amadurecidas
Na dor entorpecente de um coração ainda dolorido...
E o que antes era pra mim convicto,
Hoje é um momento supérfluo de mãos inutilizadas
Pensamentos desconexos
E ainda tracejam motivos de retorno
E numa fantástica ilusão
Ronda a busca de um sorriso que se feriu na estrada.
Era o fim do caminho...
O destino destruiu a ponte que unia o amor e a felicidade
E meu coração a beira de um precipício
Não me restou nem ao menos uma trilha
Que me trouxesse de volta...
Apenas eu de face com a verdade.
Neste tempo, inconsciente e inocentemente
Tornei-me noctívaga
Vagando nas saudades que senti de mim mesma
Quando meu eu saiu de mim sem despedidas...
Sem compreensão de que:
“Se não foi, não era pra ser”
“Tudo está escrito”
Não vale a pena conflitar...
“Obedecer é melhor do que sacrificar
DOLOROSA ESPERA
Agarrei-me em tudo que poderia me dar
Um fio de esperança que ainda me fizesse sonhar
Na hipótese súbita de te encontrar
E poder te abraçar
Defino-te como proteção de tela
Para aliviar as minhas esperas
Que em mim por ti impera
Mesmo se eu me esforçasse
Não poderia acontecer
Apagar de mim saudades
Menos ainda é te esquecer
Você já é o meu sonho de consumo
Não sei onde estou
Sei apenas o que em mim guardado ficou
Mas marcas que o tempo gravou.
TEU ABRAÇO.
Tua falta no meu espaço
Tirando-me o teu abraço
Bloqueia minha lucidez e a coerência
Como buraco em minha existência
De momentos que outrora preenchias com teu abraço.
Minhas Lágrimas são transitórias
Seguem seu percurso até o chão
Recheada de lembranças
Que me fazem hoje como criança
Sentindo-me pequena e frágil demais
Em minha significativa limitação
Eu só sei olhar pra traz.
Não me deixa falar
Qualquer coisa que possam te afastar
Cala minha boca com teus beijos
Não pergunte como eu seria sem ti
Somente em pensar fico doente
Perco a serenidade de minhas respostas
Somente meu silêncio consegue guardar
A magnitude desse teu olhar
Penso em tudo que poderia ter dito
Poemas que ficaram mal ditos
Coração meio perdido
Só descobri o prazer de silenciar
Quando estive reclinada no peito teu
Encontrei o caminho nos braços teus
Para me interiorizar
Mas ainda não sei falar
De tudo o que vivemos
Código de saudades
Que a lágrima vem decifrar
Sentimento que me faz
Meu coração te esperar.
TUA AUSÊNCIA, MINHA SOLIDÃO.
Todo instante retorna ao centro da matriz dos meus pensamentos, mesmo no meu inconsciente...
Sigo no processo de superação do s meus devaneios...
Buscando pequenos estímulos de você, que resgatam meu sorriso,
Penetras nos vales de meus sentimentos contundentes
Mas sei que não é superficial
Coração gritante de saudades chega a sangrar...
Ninguém além de ti conseguirá ouvir essa sonoridade
Gravitas nas órbitas dos meus pensamentos
Navegas dentro de mim...
És comandante majoritário de minhas saudades...
Criastes redoma de você em mim, como nada mais importasse a não se,r me ter par ti com toda exclusividade que possa existir.
Almejo que caminhes ao meu encontro
Antes que meu coração entre em um colapso por ti
Meu coração por ti chora sorrindo
No conflito da tua ausência e tua existência dentro de mim.
Deixa apenas que eu te ame no solo insubstituível da liberdade
Mas me aprisiona em você
E se aprisionas em mim
Mergulhas em mim...
E espontaneamente...
Deixa o nosso amor em nós aprofundar.
PARADOXO DE MIM
Debruçada em meus anseios vi sua imagem caminhar
Fui passageira, levada no banco de trás.
Desejos que me acorrentam e me desfaz
Amordaçada pelo teu cheiro
Envolvida nos seu jeito e nos seus planos
Nem tive tempo de programar os meus
E meu ser se perdeu
Dentre os caminhos que traçou pra nós
Ainda não sei silenciar sua voz
Nem consigo encontrar o teu olhar
Que meu ser anela aprecia
Quisera que em mim viesse a fixar
Meu ser sem ti, que quase desfalece.
Caído no abandono de si mesmo se esquece
Sofrendo na tua inexistência
Esquecer-te já é algo inalcançável
Um pobre engano!
Controlando fóbicas ideias de saudades
Pensamentos que me aquietam
Perturbando a serenidade
Sua partida...
Ato de terror
Que minha paz levou
Meu sonho massacrou
Em minha cadeia te aprisionou
Chocou minha lucidez
Assenta-te em meus delírios mórbidos
Não consigo ver o fim.
Criastes paradoxo de mim.
A dor que hoje é presente
Toque teu em mim marcadamente.
Encontro-me na complexidade dos meus instantes
Traçando por linhas estreitas do destino,
Atravessando fronteiras do meu passado.
Passeando por zonas de conflitos
Minha saudade de ti me leva a liberdade
Identidade que perdi
Não sei se vivo, ou se morro.
Viver que é quase um desengano
Sem ti meu silêncio é como pânico
Quero gritar em minha imaginária flutuação
Reescrever o caminho do meu coração.
Vagueio por entre a simplicidade e o que é excessivo
Entre minha impulsividade e meus atos centrados
Navego por entre o nosso passado
E um sentimento de angústia que possa surgir
Desventurado futuro sem ti!
Meu fim...
Meu hoje é tão sinuoso
Meus pensamentos desconexos
Meus momentos tétrico a soluçar
Nessa saudade mórbida
Minhas verdades decaem como cachoeira
E por entre lágrimas inconscientes
Diluíram-se as minhas verdades
Mergulhada num rio de saudades.
Meu alicerce...
É apenas uma racionalidade do que não conheço
Que não é mais real no que vejo
Roupagem frágil do concreto
Meu presente...
Um pensamento sofisticado dos nossos momentos
Que prefiro acordar
Meu coração te enxergou
Teu sorriso dentro de mim brilhou
De forma misteriosa me aprisionou
Força absoluta que a ciência desconhece
Onde meus sonhos não adormecem.
Habitas em mim em noites de sonhos
Meus olhos não resistem o calor da tua ausência
Então venha destruir minhas saudades
Atravesse o breu de minhas vontades
Transforme meus receios em realidades absolutas
Arranque as raízes de minhas adversidades
Diz-me que nossos desejos não são ilesos ao que sonhamos
Que há coerência em suas palavras
Quando nossas verdades foram juramentadas!!!
Decifre o código das minhas lágrimas
E destrua o momento efêmero de minha solidão
Sentencie a nulidade dos meus dias sem tua presença
Sou frágil, sou carente,
Mas contigo, não temo assumir quem sou.
Desnude-me e me ame silenciosamente
E pode me soterrar em sua permanência
E assim, não me deixe acordar.
Mesmo que seja lentamente
No teu discreto modo de me amar.
O REENCONTRO DO ENCONTRO.
Não se afastas de mim
Passeias por meus pensamentos
Apavoras minhas vontades
Deixando rastros de saudades
Despertando novos sonhos
Transportas-me por Lembranças que me fazem desnortear
Conduzida fui pelo teu olhar
Faceiro e extremamente sedutor
Que levou a minha dor
Confusa entre delírio e amor
Entre a maciez da tua pele
E o conforto de te beijar...
Tua Ausência...
Segue nesse espaço em branco
Tua imagem já amarelada
Moldada pelos momentos de outrora
Ansiosa pela hora
Que poderemos nos rever
E Calmamente reviver
Tudo que as palavras não pode descrever
Nem o coração conter
As lágrimas de lamentos por não ter você
Nesse passado Recheado de sentimentos
Cobrado pelos meus lamentos
Sem ti, nem mais sei como amar
Mal posso esperar
Para reencontrar
Meu coração que você levou
Com promessas de amor
Confundo-me entre ilusão e paixão
Mergulho na magnitude desse teu olhar
E não consiga mais parar
De te desejar
De contigo estar
Ao teu lado poder sonhar
E realizar
Tudo o mais que pudemos desfrutar
Nesse eterno momento...
Que será te reencontrar
Em partículas de mim
E te amar...meu mar...
ENCANTO DO ENCONTRO
Enquanto tudo ainda é nublado
Enquanto não sabemos se existe
Enquanto tudo se define
Ou talvez possa ser esquecido...
Enquanto a saudade ainda é tão presente
Enquanto a ausência ainda é companheira
Enquanto a falta é marcante
Ou não seja necessário falar...
Enquanto a distância se faz
Enquanto a lembrança se refaz
Enquanto tudo isso é encanto
ou simplesmente um encontro...
Enquanto tantos "em quantos"
Enquanto não se define a palavra "ainda"
Enquanto não se sabe o que permanece
Ou o que se esquece...
Apenas permaneço nesse encontro
Encanto que me encontro
Lembranças que se faz na ausência
Sei que existe e o definido, nem esquecido será
nessa saudade que nem sei falar...
AUSÊNCIA DO ENCONTRO
Destino me leva na palma da mão
Presente me abraça
e o passado se disfarça
com tristeza de não poder voltar
Não vou mais amar porque já sofri
Não vou mais chorar porque já renasci
Não vou falar porque já encontrei o silêncio
Não vou mais sorrir, pois não vejo sentimentos
Não vou olhar fixamente
porque os caminhos se ramificam
Não vou mais falar de saudades
porque já aprendi a aceitar
Não vou confiar mim
Nem tão pouco em ninguém
Porque o mesmo não existe
E às vezes também deixo de existir.
Não vou refazer nenhum passo
Nem tão pouco querer voltar
Adiante de mim existe uma luz
pois fim do túnel já anuncia seu rumo.
Não tocarei no que é abstrato
Não sentirei o que não posso ter
Apenas guardo no baú dos meus sonhos
Coisas que se perderão dentro de mim
Esquecidas como poeira ao vento
Que talvez se refaça na lembrança.
Não pensarei simplesmente
Não trarei dentro de mim lamentos
Não vou me magoar com o q é humano
Não vou de encontro ao que sou
Nem construirei castelos de emoção...
Aprendi a dizer NÃO
Mas de você, quem fala é o coração
TEU FALAR
Deveras fosse límpido
Todos os pensamentos de outrora
Verdejante como teu olhar
Caminhando lentamente
Na maciez dos teus carinhos
Alegrar-me em favor de mim mesmo
Através do teu falar
Contudo, silencio na magnitude desse teu olhar
Que a favor de ti me entrego
E como sina caio nos braços teu
Dessa entrega total eu sofro e me vicío
Sem saber dizer adeus
Ao sabor do teu beijar
Entristeço com o teu calar
Mas me tocas como nem sei dizer
Na sedução do teu falar
Sigo na busca dessa paz
Que sua ausência me desfaz
Assumes-me!
E me Devora!
Por dentro e por fora
Transforma-me!
Transporta-me!
Faz-me viver!
Até sem perceber!
Mesmo por entre sonhos
Aproxima-se e me desvio
Nas verdades e até mentiras
Que me fazem ainda sorrir...
Caminho em desatino
Cala-te e me desfaço como menino
Nas ausências de suas verdades
Apenas sonhando-te é que me refaço
Olhar-te como vitrine
Ou assegurar-me no teu abraço
Por trás destas saudades
Perco-me em meio às palavras
Mas sorriso vai renascer
Dentro de mim não podes se perder.
A VERDADE DE UMA LÁGRIMA
Na profundidade dos sentimentos
A emoção escorre dentre as lágrimas
Minha parte forte expõe minha fraqueza
Neste sentido se figura uma morte
Morte do elemento que alivia a dor
Dor que vai se apagando lentamente
Às vezes a dor se intensifica
Mesmo tendo a pena, e o papel.
Sem tinta nada registra...
Ao vir o sol já posso respirar
Já é manhã e posso acordar
A alegria e o vento frio toca a face
Brisa fria recorda solidão
A verdade ainda aprisionada nos pensamentos
No passado onde a dor não escreve nada
Mas no presente registra a emoção de sentir.
A profundidade dos sentimentos
No caminho que a lágrima deixou
Essa dor que fortaleceu minha fraqueza
Abriu meus olhos para as verdades
E destruiu rastro de saudades
Que um dia senti do teu amor.
UM PARA O OUTRO
Um livro, um tesouro.
Um diário, uma vida.
Um papel, um pensamento.
Um sentimento, uma história.
Uma busca, um encontro.
Uma musica, uma lembrança.
Uma mentira, um desencanto.
Uma lição, um saber.
Uma palavra, uma salvação.
Um beijo, uma saudade.
Um olhar, um sentimento.
Uma face, um porto seguro.
Um pensamento, uma vontade.
Um toque, uma saudade.
Uma tristeza, um motivo.
Uma lágrima, um novo dia.
Um sorriso, uma pessoa.
Um abraço um conforto.
Uma vida, várias experiências.
Uma ilusão, uma esperança.
Uma amizade, uma verdade.
Uma espera, um alvo.
Um consolo, uma paz.
Um entardecer, um sonho.
Um sentido, um caminho.
Um encontro, uma presença.
Uma explicação, um alívio.
Um coração, uma verdade.
Seu amor, o fim das minhas esperas.
ONTEM EU CHOREI...
ONTEM EU CHOREI...
Ontem chorei com saudades de mim
Sentia que talvez tenha dito adeus a alguém
E percebi que estava sem mim
Num só momento pude perceber minha ausência
Saudades do que fui
Ou do que eu queria ser um dia...
Aquela tristeza profunda de poeta
Que percorre em meio à dor
E encontra a alegria de um momento que se viveu
Saudades do seu próprio eu...
DE UM TUDO PARA A INDIFERENÇA...
Nova manhã de esperança
nova fome de viver
novo rumo a navegar
na certeza que o alvo existe
novas roupagens para das velhas se despir
novo momento recheado de encanto
renovo de um sentimento que era saudade
e hoje não é quase nada
apenas resíduos do que um dia foi instante adorável
e amanhã...
Após o sol do meio dia
sua lembrança queimará como fogo
e como poeira no vento
se desfaz num só momento...