Joel Sousa
Sou de muitas palavras, e poucas fazem sentido. Sou de muitos actos, e poucos são correctos. Sou muito eu, e pouco o que as pessoas esperam. Sou o incerto do correcto, o confuso da ordenação. Sou o que eu próprio não entendo.
Existem dias difíceis, depois existe aqueles impossíveis, depois ainda, existem dias que não são dias, são momentos de pura dor. Onde apenas o sono parece o único refugio...E mesmo assim...não o é...
Se me perguntarem se eu acredito no amor eterno?! Claro que sim! poderei eu viver sem amor?! Ainda amo como se hoje fosse o ultimo dia, ainda luto como se esta fosse a ultima oportunidade. E devido ao curto espaço de tempo, nem tempo tenho para pensar em desistir de ti.
Não sou normal, não nasci para ser normal, e desconforta-me a falta de humildade das pessoas, na falta de aceitação pela minha anormalidade. Sou quem sou. Não me marquem como alguém que não sou, até me conhecerem. Alias, até hoje, ninguém, até me conhecer, gostou de mim...Mas, também não exista ninguém quem me deixe sem chorar...
Torna-se difícil gritar quando estamos sufocados com o nosso choro, torna-se difícil amar, quando os nossos gestos não passam de mera palha aos olhos de outro alguém. Mas torna-se mais difícil viver, se entre gritos e lágrimas, não temos ninguém para nos perceber.
Devias era ter vergonha de ti, si de ti, porque vives no amanha, e desperdiças o hoje, de ti, porque tens vergonha do que sentes, do que és, do que gostas. Sê sincero!
É engraçado porque vivo num pais onde ser normal, é ser estúpido e igual, é ser importante e exuberante, é ser tudo menos vocês próprios. Humildade deve ter emigrado, e amizade, essa nem deve saber onde ficam as terras lusas, junto com aquele sentimento...sim esse "o amor". Cego coitado, vai para onde o levam. Toda gente vive há espera do amanha, do depois, e esquecem-se, muitas vezes não existe depois, e o relógio não para. Ser alguém, é ter personalidade, humildade,educação, ser alguém é sermos nos próprios, enfrentar-mos os nossos próprios problemas, com a nossa própria cabeça, não o desta sociedade.
Sabes perdoar? Sabes amar? Sabes lutar pelos teus sonhos? Bem...então agora sê feliz. A boa noticia é, sabes viver.
Vejo risos e amassos, beijos entrelaçados, vejo felicidade entre olhares cruzados, vejo carne, amor, paixão. Vejo loucura...E ao mesmo tempo, contemplo um futuro enublado, fecundando com o medo.
Vejo berro, e choro, vejo, sucos de ar presos numa garganta calada, vejo palavras que ficaram por dizer. Vejo dia acabar. E saberei eu?! que sei, hoje foi o ultimo dia que soube que te ia amar do mesmo jeito, porque amanha, não sei quem sou...
Afinal, tudo não passa de amor, e se for verdadeiro, amanha estará aqui de volta...
Tudo se torna verdadeiro e único quando passamos de procurar e apreciamos o que temos. Quando desejamos que aquele momento não tenha fim...
Por mais intenso que seja, por mais lindo e belo que pareça, faça antes com que seja verdadeiro, para recordar.
O incrível quando se ama é que podem passar km, horas, dias, momentos, mas a única diferença no sentimento, é que ele é maior.
A minha voz pode não ser melodiosa, as minhas mãos podem não ser habilidosas, eu até posso estar ao pé de ti e não saber falar, mas se olhares directamente para os meus olhos, verás o cantar perfeito do meu coração, e isso chama-se amor.
O desconhecido coloca mais medo e incerteza nas nossas cabeças do que o conhecido. Nós apenas temos medo do escuro, porque não sabemos o que lá se encontra.
As vezes acredito que se contrariar o proverbio "Nunca digas nunca" as coisas se tornem realidade...
Se aparecerem coisas más na tua vida, ignora algumas delas, e verás que o tempo tratará das outras...
Uma vez fiz uma pergunta a mim próprio, será que existe alguma musica que cura a tristeza?! e por mais estranho que tenha sido, respondi-me interiormente, a melodia serena da voz de um amigo teu.
Eu não fico melhor com o passar do tempo, o tempo apenas serve para eu atenuar a dor, fico sim melhor com as tuas atitudes meigas, e os teus gestos carinhosos. Infelizmente ainda não inventaram relógios que dêem abraços. Ou já?!