João Francisco da Costa

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LUZ

A estrela que brilha no centro do Universo;
A vida que surge no íntimo do dia,
Luz clara, brilhante escarlate.
Luz da vida, que gera vida,
Que se transforma em vida após a morte.
Luz da casa, casa de luz, luz que guia, luz que gira.
Luz vibrante, calorífica
Luz do gelo, luz que molda,
Luz que transforma.
Luz, luz, luz,
És tu, oh! Imperatriz do dia,
Desvendadora das cores, mãe da esperança,
Luz,
Como te chamas?
Como derramas?
Simplesmente luz,
O brilho que há em nós,
A força que emana,
A verdade que inflama.

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DIANTE

Diante da estrada me deparo,
Para onde seguir? Como seguir? Por quê?
A estrada se apresenta sinuosa e,
Por vezes, finda em uma de suas esquinas.
E as esquinas, como sempre povoadas,
Deixando-nos ensinamentos, aprendizados, esperanças,
Porém, lembremo-nos das esquinas,
Nos passos seguintes de nossa estrada,
Aprendamos com elas e,
Saberemos que muitas outras virão,
Antes que nós mesmos estejamos diante de nossa esquina,
Findando nosso caminho e, deixando lembranças
A outros e a outras,
Que por nós passarão,
Levando consigo,
Nossos aprendizados, dando continuidade ao caminho.

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Dentre todos os seres vivos, a humanidade é a que sente mais ódio de seu habitat.

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É frente ao horror, que a humanidade demonstra seu verdadeiro espectro, sua verdadeira essência. Há uma contradição na concepção de humanidade que foi dada pela própria humanidade a si: é necessário que milhões morram ou sejam destruídos, para que a compaixão e o arrependimento cheguem. Creio, que seria mais fácil prevenir isso, mas o que fazer, se a essência de autodestruição nasce com o ser humano?

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Cinco Coisas

Eram cinco pessoas: aquele que se sentia amado, o que acredita no sucesso e era bem sucedido, o incrédulo que em nada cria, o justíssimo que clamava a igualdade e o que acreditava na verdade......
Muito bem: analisemos as cinco distintas pessoas acima:

Em um dia ensolarado, saiu o que se sentia amado, pela esposa, pelos filhos, pelos amigos.... ele, sentia-se completo, exigia de seus subordinados máxima destreza e era infalível com horários. Buscava sempre o melhor de todos, fazendo com que todos quisessem dar seu melhor..... Todavia, um dia encontrou o incrédulo, que em nada cria e este, lhe disse, amado, tens um problema?
Qual, perguntou ao incrédulo? Mesmo sentindo-se amado, ilustre, sensato, não dá a reciprocidade daquilo que sentes, oprime ao máximo aqueles que te rodeiam e te sente amado.... Mas pelo quê? Pela tua beleza? competência?
Mediante a isso, o amado contesta o incrédulo: diz-se isso, por que em nada acredita! Por que és infeliz em tua incredulidade e assim deseja que os outros o sejam!
Neste momento, entra na sala o justíssimo, escutando a profecia e interfere: Ambos são iguais, de formas opostas, concluo, pois nem tu amado dá a reciprocidade ao alheio e, menos ainda tu, incrédulo, acredita em alguma coisa.....

Feliz sou eu, que justamente compreendo a vida e faço justiça quando necessito, colocando cada um em seu lugar..... de forma exemplar.......
Entrementes, o bem sucedido invade a reunião ao escutar tamanha discussão e logo interpela: Amado e não ama? Incrédulo e crê que alguém precisa mudar? Justo que busca a igualdade, mas prevê que todos são iguais, não levando em conta as diferenças individuais... Estão todos vocês loucos..... Certo estou eu, que sou bem sucedido, pois nada julgo, em tudo creio e amo a medida que sou amado...............

Ouvindo um barulho à porta, os quatro homens viraram-se e notaram a entrada daquele que acreditava na verdade e, então,perguntaram-lhe: O que você acha a respeito disso tudo?

Passado um minuto de reflexão explanou: Acho que na verdade, só se é amado quando existe em nós a capacidade de amar e, para que isso ocorra, é necessário acreditar em algo, seja no que for, até mesmo no ar que respiramos e, mesmo que não possamos vê-lo (o ar), simplesmente, não podemos julgar sua inexistência prévia.... Assim, só haverá sucesso como ser humano e seres bem sucedidos em nossos corações, quando todos vossos elementos estiverem equilibrados sobre uma mesma visão e entendimento, dessa forma, quando vossas bocas se abrirem, somente uma será proferida:

"O amor à vida somente se dá na crença de sermos justos conosco antes de julgar os demais e, o sucesso em nossos atos depende exclusivamente da forma verdadeira em como lidamos conosco primeiramente, para depois atingirmos aos demais".........


Pensem.....

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Felicidade....

Paravra estranha, muitas vezes;
Esperançosa em outros momentos;
Calamitosa, em muitas situações.
Felicidade é a completude daquilo que em algum momento almejamos, desejamos, queríamos.....
Felicidade, voa no ar.....
Talvez como uma estrela, talvez na forma de uma pessoa, quem sabe, na forma de um objeto, seja ele abjeto (desprezível) ou insigne (sublime). Ah! claro, essas últimas definições servem também às pessoas, em especial, é claro......
Felicidade nos traz prazeres, amores, favores.
Felicidade é a certeza de que tudo deu certo e, não importando muito o caminho.....
Felicidade não nasce, estreia!
Estreia períodos ótimos em nossas vidas,
Estreia pessoas maravilhosas,
Estreia reflexões de boas novas, de bem-aventuranças....
Felicidade sou eu, hoje... Isso pode ser mutável, pois tudo muta, porém, é assim que o espelho me mostra....
Felicidade é a transposição de fases....
É a coroa láurea de nossas ações,
de nossas apostas,
de nossos credos e crendices....
Felicidade dá continuidade, dá formação, dá transformação e, sobretudo, reforma, modifica, ressignifica coisas, atos e fatos que achávamos impenetráveis, intransponíveis, impossíveis....
Felicidade possibilita a mudança,
a esperança,
a temperança.
Feliz é aquele e aquela, que nela acredita, que dela se vale, se utiliza...
Felicidade constroi aquilo que foi destruído, demolido, sofrido....
Mas, só se torna feliz, realmente, aquele ou aquela, que por ela se fazem merecer.....
Meus parabéns,
a mim mesmo, por deixar que você entre em minha vida.....
Mãe Felicidade...

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Abundância

A serenidade e a tranquilidade do processo da vida, dependem apenas de você:
Do quando de honestidade você tem com você mesmo e com os demais;
Do quanto de amor você deposita em si e nos demais;
Do quanto de sabedoria você busca para si e para os demais;
Do quanto de esperança você tem e tem pelos demais;
Do quanto de perspectiva você busca para si e para os demais...

Enfim, abundância é um fator primordial à vida, porém, a abundância deve ser buscada primeiramente a si e depois aos demais......
Isso não é egoísmo, é estabilidade e certeza daquilo que nos propomos a viver na vida....

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Mil faces

No reflexo do espelho, quando vejo figura própria,
não consigo entender
o que tudo aquilo quer dizer.
Olhar meu, que pela vereda da vida se perdeu...
Face tortuosa, um dia julgada desastrosa...
Esperança falsa, honestidade duvidosa.
Afinal, quem és tu no espelho, além de eu mesmo?
Indecisão? Incompreensão? Rebelião?
Por que buscar aquilo que não se vai encontrar?
Não sei a resposta, não conheço a pergunta, à começar.
És tu, eu?
Por que não me diz onde estás?
Por que construístes tantas faces de apenas um?
Para proteção! Diria o reflexo.
Para esconderijo! Diria o espelho.
Para consolação! Diriam os lábios.
Todavia eu, diria somente:
Mil faxes tens tu, óh interlocutor, para compreensão de tua própria solidão.

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Ser negro, ser negra

Ser negro é samba, é bamba, é querer a vida oferecida.
Qual vida?
Ser negra é mostrar a alegria, mesmo quando os filhos passavam necessidades.
E por que passavam?
Se negro é mostrar que se é vitorioso: pois necessita entrar na guerra, da vida!
Ser negra é ser brasileira, lusa, cubana: igualmente exploradas.
Ser negro é ser de fé, “mano”, “bródi”, é funk, hip hop, pagode, mas também sofrer com as críticas, com a morte!
Ser negra é ser esperta, mãe, avó e, sobretudo, ser mulher.
Mulher guerreira, que sofre com a falta de escola, de oportunidade, de respeito.
Ser negro e negra é ser assim: eu, você, nós, brasileiros;
É ter ânimo, mesmo vendo uma realidade triste: o preconceito.
Por isso, busquemos igualdade, luta, verdade.
A negritude não é uma cor, é um estado de espírito: é ser mestre e aprendiz, certo e errado, é ser Tieta, Helena, Zeca Pagodinho ou então, é ser e ter vontade de ser feliz, de ser honesto, de ser legítimo.

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Existência

Por trilhas e trilhas minha vida anda e andou; por caminhos obscuros meu paradouros mostraram-se, me trouxeram temor e tremor. Por noites e dias, minha alma se refletiu em nada e do nada se refletiu. Por caminhos desesperançosos andei, procurei, busquei e, acreditem, nunca me encontrei. A cada estadia na Terra, uma questão, uma pergunta, uma reflexão. Não existe na existência humana respostas aquilo que insisto em compreender: sentir saudades daquilo que nunca vi e de onde nunca estive.... Esse sou eu, um pouco, mas não muito.....

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Escrevo a ti, óh! noit

Somos nós, humanos e humanas, reféns de nossas escolhas, reféns de nossas ações, muitas vezes, desumanas e outras, humanizadoras.
A noite é um momento
de reflexão, poucos e poucas são escolhidos por ela e ainda, raros e raras são dela, suas crias e criaturas.
A noite representa a liberdade da vontade, do sono e do sonhos, da ilusão; nela, todos os gatos são pardos, verde-limão, amarelos e quem sabe, em seu final, até mesmo cor-de-rosa.

A noite não é simplesmente um horário do dia, ela tem símbologia: represneta a muitos medo, àqules que são filhos do dia, saudemo-os..... A noite é a figura da compreensão, da beberagem, amistosa ou da bebedeira inconveniente.
Nela, na noite, as pessoas desenvolvem ares de mistéiro, de desejos, de condições de realizar coisas, que os filhos e as filhas do dia não compreenderiam.

A Grande Mãe Noturna, com seu aroma inconfudível nos abraça, nos protege, nos dá vivacidade, embora, existam aqueles que, mesmo sendo seu filho, nela se envaidecem, se perde, se desconcentram.

Estar na noite, vê-la, poder sentí-la está para além do escurecer, do anoitecer, da ocorrência do Ocaso.

A Lua, sábia irmã, companheira, nos auxilia a atravessá-la, nos dá condições de iluminação, de vermos o que se torna necessário enxergar.

Eu acredito, que a noite é completude de espírito, de alma, de paixão.

Sou sim, filho da noite e nela me deleito, todavia, reflito aqui, se na verdade, escrevendo sobre a noite e seus adjetivos, não estaria escrevendo sobre a própria vida, sobre minha própria vida.......

Como é linda a noite de minha existência.....

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Areias do Tempo, Colunas do Templo

Quem é capaz de compreender, no alvorecer, a transformação?
A rocha virou areia, com atenção, solidão e determinação.
São areias que mudam de lugar, empurradas e conduzidas pelo vento, seu irmão.
Areias estas, de nossas vidas: ilusão, frustração, decepção.
Vento e temporal assopram de igual forma para longe de nós, aquilo que foi desfragmentado.
Areias estas, que uma vez unificadas em nossas mentes e, somente nelas, formam-se em rochas interiores, aprendizados consolidados, analisados, repensados.
Rochas estas, construídas a partir daquilo que se foi que será à base das Colunas de nosso Templo, de nossa existência, de nossa vida, de nossa continuação.
Colunas, colunas, pilares sagrados de nossa concepção, de nossa reflexão, de nossa permissão.
Areias e colunas formadas uma a partir da outra, com sentimentos distintos e em épocas distintas.
As areias, transportadas, levadas e lavadas por nosso caminho, nos dão a condição de rever nossa ação, nossa reação frente às novas construções que buscamos realizar, para tanto, quando reagrupam-se para transformarem-se em colunas, querem nos dizer, intrinsecamente, que nossa etapa está completa, com ares de amorosidade, de companheirismo e, em última instância, de aprendizados.

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Poème de la vie
Poema da Vida
Por Chicogeografia (João Costa)

Iluminado dia, viestes ao mundo.
Desde cedo, buscou;
Desde cedo, mudou;
Desde cedo, transformou.
As agruras te fizeram que és:
Mulher, dama, senhora, mãe.
Em algum momento definiu, sentiu;
As refletâncias dos espelhos e das faces da vida te dirigiram, te orientaram, te consolaram.
Palavras e atos amorosos surgiram.
Alegrias apresentaram, tristezas construíram mas,
A sabedoria também se apresentou, te modelou, te reparou.
A força das águas te abraçaram, te consolaram, te reforçaram.
Em teu coração, a Grande Mãe se alojou, te completou, te contemplou.
És tu, oh! Filha das Águas,
A que guerreia no dia e na noite, sem parar seu curso.
A que abraça e abranda suas crias,
A que muitas vezes vive em prol dos demais.
És tu, Força Geradora, orientadora, salvadora.
És tu, Dona de teu Mundo.

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Verdades

Somente me arrependo de não ter falado mais verdades, na cara de quem merecia.

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Namastê

"O Deus que vive dentro de mim, saúda o Deus que vive dentro de ti"

Essa maravilhosa expressão hinduísta nos retrata e mostra ao mesmo tempo o respeito mútuo entre os irmãos terrenos, assim como, a constatação da existência e permanência do ou dos seres criadores dentro de nós, indiferente de qual cultura vivamos ou à crença religiosa que desenvolvemos ao longo de nossas vidas.
A expressão está para muito além de uma simples palavra jogada ao vento ou de um simples cumprimento, simboliza que mesmo em um país como a Índia, tão distinto culturalmente, as pessoas reconhecem a existência da criação em si próprias, reconhecem-se como parte do processo da criação e da evolução de si e dos outros, porque os demais também abrigam a criação em si.
O Deus que vive em mim, vive em ti também porque somos uma cadeia onde os elos não se rompem, podem ser trocados de local na corrente, mas nunca de separam, porque o material que a forjou funciona como um imã, aproximando os polos, sejam eles pessoas ou animais ou vegetais, não importa.
Nos somos o elo, unificado por um titânio universal chamado por muitos D'us ou outro nome.
Nessa cadeia universal, as peças, os elos, passam por transformações diárias, mensais, anuais e seculares, as culturas se transformam se ressignificam, mas a base da constituição continua intacta.
É a partir da compreensão da Criação em si, que podemos visualizar as demais Criações, as demais pessoas. É somente através do respeito pela Criação em mim, que chegarei a respeitar todas as Criações, porque existem em nós a partícula Universal.
Namastê é, em grande medida, a sabedoria do reconhecimento, da compreensão do outro, do problema alheio, que não e o meu e, que pode ser, em graus de mundos variados, muito maior do que o meu, em graus e em escalas.
O D’us que vive em mim, vive, porque eu vivo, assim como o que vive em você está ai, porque você respira.
Nesse mundo de muitos Deuses e Deusas as relações se estabelecem, se completam e complementam. Os variados Deuses e Deusas moram em nós, convivem conosco, nos abençoam....
Já dizia Yeshua (Jesus): “A casa de Meu Pai, tem muitas moradas.”

Namastê a você...

Tsidkenu (nossa justiça, nossa iluminação)

Tsidkenu é uma expressão hebraica que superar muito a noção de justiça que temos no mundo, pelo menos no nosso. Essa noção é citada no Talmude e na Bílbia, sobretudo, no livro de Jeremias.

"Deus (Jeová) é justo por que é justo".

O conceito de justiça que comumente aplicamos às nossas concepções humanas esbarra nas condições e condicionamentos de regularização e organização ods agrupamentos humanos (sociedade), embora, justiça seja muito mais do que isto.

As vezes, acreditamos que somos injustiçados ou que existam pessoas injustiçadas no mundo e ao redor dele e, quem sabe, realmente existam, porém, cada um de nós, com suas convicções religiosas, não podemos nos contradizer no sentido do acreditar, isto é, se acreditamos piamente na concepção de D'us ou de Deuses, devemos aceitar a crença e tudo o que vem com ela.
A condição de injustiçado nos joga numa contradição eterna, que pode colocar nossas crenças pessoais em Xeque -mate, pois, se concebermos que existem pessoas injustiçadas e extremamente "esquecidas" pela criação, estamos negando a Superioridade e a decisão daquele ou daquela que tudo criou.

A Soberania da Criação é um fato ainda a ser refletir quando vivemos nessas sociedades modernas, onde quase todas as coisas são pensadas e contestadas, por exemplo, quando pensamos na fome e na guerra, poderíamos nos perguntar onde estaria a justiça da Criação que deixaria sua própria criação nessa situação. Ora, a mente da humanidade está coligada com a mente suprema, porém, as escolhas e a sequência dos atos sobre esse plano físico está por conta e risco daquilo que nós mesmos criamos. Não que isso não faça parte da criação, porque tudo faz, mas nossas escolhas interferem no processo criativo da evolução, a exemplo, quando a natureza precisa alterar-se ela mesma ocasiona uma catastrófe para que uma estabilização venha a seguir, assim também ocorre com a humanidade e, muitas vezes isso não tem haver com o conceito de justiça, de justiçamento.

Adonay Justo, D'us Justo, Aláh Justo, Buda Justo, Olorum Justo são a essência de um caminho que é tentado ser percorrido por nós desde nossa estabilização sobre a Terra.

Justiça está implícita na quantidade de certezas e fatos que você ocasiona no processo de sua vida e, que de maneira alguma, impede ou prejudica o outro ou a outra de também realizar suas certezas e suas crenças.
Justiça é a vontade humana de prosperar, mesmo sebendo que pode acordar e um terremoto acabar com tudo o que construiu e, mesmo nesse quadro de horror, erguer as mãos e dizer àqueles e àquelas que sobreviveram que um mais um formam dois e a reconstrução é necessária, com amor, com despreendimento, com comoção e emoção.
Justiça é compartilhamento de imagens, de pensamento, de sociedades para um bem mais elevado, para um amor mais bem construído, para a construção de um mundo melhor, sem as hipocrisisas da vida e as elevadas ondas negativas que nossas mentes constroem no intuito de destruir......

Eis a Justiça

Yeshua Tsidkenu (D'eus nossa Justiça).......

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TSEDAKÁ
(Um conceito a ser refletido)

Aprendemos ao longo de nossas existência, o significado implícito da palavra caridade e de seus efeitos. Caridade está ligada a questão de "ajuda", de "auxílio" ao próximo, seja ele ou ela humano ou outro ser vivente.

TSEDAKÁ (justiça, retidão), nos traz uma perspectiva distinta da simplória caridade.
Esse é um mandamento muito antigo entre os judeus; Tsedaká expressa a questão do agradecimento espontâneo daquilo que conquistamos e temos ao longo do processo de existência;

A acumulção de riquezas (sejam quais forem - roupas, dinheiro, etc), nos remete a uma estabilização de consciência, onde, cada vez buscamos mais e mais, não lembrando que existem muitos e milhares que estão em situação "pior" que nós em relação à sua subsistência, o que, de muitas formas, também está descrito como um processo de sequência da materialidade humana.

O Tsedaká é um ato, um fato que deve ser inconscientemente realizado por nós e ele refletirá não somente em nossa vida, mas em todas as vidas e relações as quais travamos em nossa existência: é um mandamento importante na interpretação de quanto eu contribuo em relação aos demais, frente aquilo que eu tenho e chegou até mim: e isto, não está baseado somente na simples caridade de dar algo a alguém, baseia-se no amplo espectro de solidariedade e despreendimento que temos sobre aquilo que temos e que visemos buscar, sendo abençoados por dividir com os demais, aquilo de D'us ou Adonay ou Buda ou Olorum nos deu.

Essa divisão ou parte de oferecimento sincero não aplica-se somente à questão do dinheiro, mas sim da divisão de uma palavra amiga, de um consolo, de uma reorganização do processo de vivência, que por vezes necessitamos ter. É uma atitude.

A partir da expressão do Tsedaká equilibramos o grande mercado (vida) que nos circunda.

Esse mandamento nos diz ao mesmo tempo em que estamos de passagem nesse plano, seus efeitos atuam sobre outros planos e mundos da existência, porque, por vezes, somos milionários neste mundo e miseráveis em outras esferas da criação do Supremo ou da Suprema.

Reflitam muito;

PS: Já pensou quantas pessoas podiam se aquecer com aquele casaco que você não usa e que cada vez que arruma seu roupeiro, você continua guardando, porque "um dia" você pode vir a usar?

Imagine:

"Alguém conta a D'us que sua casa pegou fogo. Chegando em suas dependências D'us arruma seu quarto e vê uma casa sobrando. Lembra-se do que lhe contaram e pensa, poderia dar-lhe, mas pode ser que eu use daqui a pouco!..... Reflita.

Texto para a Semana..... Bjos. Amo muito Vocês... Pai

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SER e SER

A palavra ser no idioma português tem um duplo sentido, enquanto SER significa Ser alguma coisa ou alguém, SER também nos impõe a característica de existência, de viver de SER HUMANO, SER HUMANA.
Vem dos seres, nos dois sentidos a ambição da vivência, assim como, a presença na Terra.
Ser está muito além de simplesmente ser, de simplesmente acordar e descobrir-se um ser, um ente, alguém ou alguma coisa que coexiste com outros e outras.
Ser é atitude, atitude velada e revelada a cada ato e ação efetiva realizada a cada momento, a cada dia, a cada instante.
Ser implica em seremos, num coletivo plural que nos mostra a necessidade da vida em grupo, em conjunto, em sociedade.
Nada e nunca se desenvolve sem sermos algo ou alguma coisa. A experiência do ser ultrapassa os limites do vocabulário, da língua, da concepção simplória de um SER qualquer coisa, ou um Ser alguém.
Somente somos, quando na verdade vivenciamos essa experiência, quando realizamos a ação de mostrar-nos experientes no processo da vida, da vivência e, sobretudo, da convivência.
É a máxima da vida a dinâmica do ser, do realizar, pois somente sendo damos partida a fórmula faça e haja, seja como for e da forma que escolher.
A espiritualidade do ser nos remete e nos traz seres desse ou de outros mundos, como D’us ou os d’uses, que teoricamente haja em outras esferas e que são de quaisquer formas, elementos que realizam ou devem, segundo a nossa mente realizar, então, em suma, olhamos psicologicamente para esses SERES visando que realizem em sua vivência e permanência em nossas mentes, aquilo que nós mesmos devemos e podemos realizar também como SERES de um grande processo: o Universo.
Se os SERES universais realizam isso nos remete a refletir e pensar que essa realização, que esse procedimento também deve ocorrer em nós, conosco. Se todos realizam algo como SERES, então há crescimento, desenvolvimento, prosperidade.
As Leis de Retorno e Atração são aqui evocadas, analisadas, debatidas devemos reorientar nossa concepção a creca disso: fazer tudo, realizar tudo, nada fazer, fazer somente algumas coisas, deixar que outros façam, enfim, um arcabouço de coisas que nos fazem SER (alguma coisa) e SERES ( Humano que sabe, um ente), distintos e diferenciados, com ações e realizações também variadas.
A concretude do SER, como pensador, como efetivo e ativo no processo da existência nos traz responsabilidade de sequência das gerações futuras e, com certeza mais evoluídas em seu processo como Humanos, o que não indica que estarão mais evoluídas no processo de SER algo.
A diversidade da reflexão ( 6,3 bilhões de habitantes - 6,3 bilhões de pensamentos em um segundo) faz com que a grandiosidade da MENTE SUPERIOR nos mostre que SER está implícito em nossas almas: pensamentos de querer SER, de SER, de SERIA, de SERÍAMOS.
Ser está ligado à condição de desassociarão de mim mesmo em detrimento do outro, da outra, do cão, das baleias jubarte, do furacão que assola ou da poluição de minha rua que entope os canos e causam o arrastar de carros em dia de tormenta.
Ser está implícito na responsabilidade que cada qual, que cada SER tem consigo e com os demais, com seu meio e com os outros meios que nesse momento não estão aqui, mas que abrigam outros SERES, tão SER quanto ele ou ela.
SER depende do quanto você está disposto a confrontar seus hábitos, as mudanças que a vida impõe, as transformações de seus filhos incompreendidas por você, porque você mesmo acaba por não se compreender.
SER pressupõe desprender-se daquilo aprendido e ensinado e, sem embargo, reaprender e reensinar para novamente se desprender, pois caso isso não ocorra, corre-se o risco de SERMOS algo diferente de SER alguém, alguma coisa, porque viveríamos em um mundo onde os SERES não teriam lógica de coexistência.

Reflita

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Muito Além

Muitoalém da imaginação e do sentimento estamos nós, simples pessoas, com anseios, desejos, esperanças, compaixões, desilusões, desencantos e encantamentos.
Muito além de qualquer horiznote a humanidade, em si mesma, constrói expectativas tanto para si como para seu futuro incerto sobre o planeta e a existência.
A problemática da existência e da vida, não está na própria existência e sim, na expectativa que é criada, a cerca de alguém ou de alguma coisa.
A vida, dinâmica como é, sempre nos traz o amanhecer de uma reflexão positiva de melhora e do seguimento de nossa caminhanda visando, sobretudo, a conquista ou as conquistas daquilo que almejamos, porém, muitas vezes, essas conquistas não chegam da forma como nossas mentes planejaram ou pensaram nos trazendo algumas inquietações em nossos espíritos e mesmo, em nossos corpos.
As conquistas e as derrotas da vida, inflizmente fazem parte do ciclo da existência, todo a catástrofe que acontece está relacionada em como vamos lidar com ela, assim como, quando nos acontece algo de explêndido
No caso da catástrofe natural, ambiental ou pessoal é necessário fazer uma "catarse", uma descarga emocional, mental, sentimental como forma de poder purgar aquilo que não mais nos interessa pensar e conviver (aqui evoco Aristóteles, para corroborar minha escrita).
As mudanças repentinas, as transformações e o ressignificar da vida, em suas variadas formas e vertentes nunca nos avisam quando chegam e menos ainda, chegam de uma forma "logicamente lógica" para que possamos degustá-las com um sabor um pouco menos biliático (fel). E dentro dessa ótica de mudanças e transformações que se configuram os variados pensares, os variados quereres, as variadas depressões e opressões do processo da existência humana sobre a Terra conjuntamente com os variados mundos que a cercam e nos cercam diariamente.
Inúmeras vezes, ao longo de nossas vidas, devemos parar e refletir sobre o que alcançamos e como o fizemos e, além disso, MUITO ALÉM, devemos saber se essas conquistas, se esses aprendizamos os valem ou nos valeram de algo frente ao crescimento e à evolução de nosso espírito e de nossa materialidade como humanos?
Esses questionamentos são pertinentes, partindo do ponto de vista do EU fiz, EU faço, EU farei, isto é, das ações realizadas por nossos pensamentos e devaneios humanos no processo do acordar e dormir, seja isto entendido, no processo de estarmos vistos e sermos agentes de nossos atos e ações num mundo cíclico de ação-reação e retorno de ambas.
A vida nada mais é do que uma experimentação, de uma experiência da MENTE CRIADORA, somos figuras interligadas de um processo sequencial-matemático, transformados em uma Fórmula Divina, que quando erramos ao longo do processo de resolução dela, devemos apagar os erros e tentar novamente resolvê-la pela percepção: se os sinais estão trocados, se as fórmulas estão sendo feitas corretamente, se seguimos ou não as cartilha da existência, enfim, muitas variantes para a resolução simplória dessa equação: viver.
Todos os dias construímos uma parte da Equação Divina, através daquilo que desejamos e das possibilidades que temos e aproveitamos ou não! E, nesse quadro de horrores e amores das ações humanas, devemos introduir em nossas mentes aquilo que realmente buscamos e queremos, sob pena de estarmos resolvendo a Equação de uma forma errônea, que nos custará tempo desnecessário caso tenhamos que novamente inicar a resolvê-la.
Assim, queridos e queridas amigas, pensem muito bem em suas ações e nos fatos e caminhos da equação de suas vidas, da forma como encaminharão seus procedimentos e das decisões que tomarão ao longo da existência, porque pode ser que um dia, a borracha que apaga o erro da equação acabe e você tenha que ficar com ela, errada mesmo, como lembrança da pressa e da falta de temperança para resolver sua vida.

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Aplausos à morte

Morte e vida...
Vida e morte...
Conceitos distintos, reflexos intensos,
Lados de moedas reversos.
Quem vive e quem morre?
O que vive? o que morre?
Vida se espelha, morte de modela.
A morte nada mais é que a sequência da vida,
De uma vivência transformada,
Ressignificada,
Alterada.
A morte na vida ou da vida?
O que significa essa palavra: Morte?
O que morre, o corpo ou a alma?
De que formas eles morrem?
Nada mais é, do que uma condição.
A morte morrida, tão sofrida, traz lamúria.
A morte escolhida, traz sofrimento, a si, a ti.
Morte e vida, parâmetros, esperas, esferas
Vida bela, bela vida, que reverbera, que acelera,
A cada dia, o processo de sua irmã gêmea.
Se há um princípio, haverá um fim,
A espera da vida chega,
Sempre,
Em qualquer lugar,
Quando menos aguarda,
E lá vem ela, a gêmea má,
Malandra,
Sacana,
A mãe da desesperança,
Da descrença,
Da impaciência:
A Morte.

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Mãe

Escrevo à ti, óh! Grande Mãe.
Mãe consoladora, imperatriz, geratriz.
Oh! Mãe das noites sem sono,
Dos dias apáticos,
Das calamidades;
Mãe dos sofredores, dos desorientados;
És tu, Mãe que ensina,
Que dirige, que transmite.
Escrevo à ti, neste dia,
De tormenta, de sofrimentos, de desesperanças.
Óh! Mãe dos montes, dos horizontes,
Da ternura.
É a ti que dedico minha alma,
Minha sonolência de vida,
Minha amargura cotidiana.
Mãe da Lua, sacerdotisa do Sol,
As nuvens que nos rodeiam, a ti pedem permissão;
Os obstáculos que nos chegam, a ti reverenciam;
Os anseios que nos corrompem, a ti te dão satisfação.
Mãe da falsidade, da esperteza, da cobiça,
Mãe da infelicidade, do desgosto, da tortura,
A ti me prostro, caído, humilhado,
Desventurado.
A ti, Grande Mãe, minha sabedoria de nada vale,
Meu conhecimento é desconhecido;
Meu entender, não se entende;
Minhas palavras não são escritas.
Em ti há contradição, dissociação
Em ti, perseguição
Mãe, te evoco,
Vida, te espero.

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Dúvidas

Quando caminhava pela estrada da dúvida, buscava em suas esquinas respostas objetivas, as quais jamais encontrei.
As dúvidas e seus longos caminhos tortuosos me fizeram compreender que por mais que fiquemos divididos entre possibilidades, devemos sempre escutar aquilo que nossa razão determina: o fazer, o realizar, o acreditar em si mesmo e em sua força.
A dúvida recai sobre nós em momentos angustiantes de nosso processo de existência, em momentos os quais não deveríamos nem mesmo ter levantado da cama, isto é, quando deveríamos ter ficado dormindo.
Dúvidas são dádivas da Existência, é somente através delas que concebemos e entendemos que há caminhos pelos quais não devemos transitar que não devemos passar e, a partir disso, construímos o conhecimento de não errarmos. Não fossem as dúvidas, as probabilidades de cinquenta por cento dar certo e os outros cinquenta darem errado estariam fora do jogo do viver e ficaríamos bitolados a simplesmente errar e acertar, como numa lógica matemática nos apresentada onde as respostas são 0 e 1, não havendo em seu caminho, pedaços ou pilares onde poderíamos nos apoiar.
A dúvida é a irmã do devaneio e também da ambição. São trigêmeas que levam a humanidade a desolação de ter apostado errado em si mesmo, em sua vida, em seus anseios: o devaneio, porque muitas dúvidas nos levam a lugares de nossos sonhos que necessitaríamos de muitos anos para alcançá-los e a ambição, nos remete à destruição de tudo aquilo que aprendemos e dizemos que seguimos: amor, serenidade, inclusão. Não há na ambição espaço para inclusão, a não ser de si próprio.
É pelo caminho temeroso da dúvida de ser, de ter, de alcançar e buscar que realizamos a maior parte da construção de nossas vidas neste plano. É através desse caminho que nos fazemos SERES do processo evolutivo, que TEMOS força de superar os obstáculos a que a própria dúvida nos levou, que ALCANÇAMOS a esperada espera de um fato, de uma ação, de uma reação, que BUSCAMOS a estabilidade tão sonhada, seja ela material ou imaterial.
A dúvida da existência faz parte do ser humano, da existência humana, é um jogo de experiências e experimentações, de dar o passo correto ou em falso e, em ambos casos, sempre haverá a dúvida se ele foi ou não o mais sensato.
E é dessa forma que a vida se propaga, duvidando de si em si mesma, duvidando da força existente em cada ser humano, em cada animal, em cada vegetal.
Ficamos na dúvida quando nos levantamos e damos o primeiro passo, porque não sabemos se caminharemos ou não; ficamos na dúvida quando escolhemos um emprego, por que não sabemos se amanhã eu gostarei ou não, enfim, o processo evolutivo do ser está totalmente baseado na dúvida de tudo, de todos, a cerca do todo que nos permeia e nos rodeia.

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Horror

...Não pensem que porque não disse nada, que não farei nada;
...Não pense, que porque estou calado, que não estou pensando em algo;
...Não pense que porque não soubeste mais de mim, que minha presença não se fará "presente";
...Não imagine que você está ou pensa ser alguma coisa, que irá mudar aquilo que acho que você é: nada;
...Não pense que você está no topo, porque o desabamento de um prédio sempre é perigoso;
...Não pense que cuido ou analiso sua vida, porque já tenho a minha para cuidar e, não posso perder meu tempo com coisas tão pequenas;
...Não pense que me importo com o que você pensa a meu respeito, porque você não faz diferença em minha vida;
...Mas, pense que todas suas ações terão reflexo nos céus e, tudo o que lhe acontecer, não tem nada a ver comigo e sim, com seus nefastos atos em tua própria existência.

Pense, reflita e saiba que você somente colhe o que planta e, tua semeadura foi horrível, então, não espere rosas, quando plantaste cactus....

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Sentida Vida

Vida Sentida, amada, vivida.
Vida sem vida, na vida da vida.
Vida lembrada, perdida, jogada.
Vida lisonjeada, ultrajada, permeada.
Vida movida, transferida, punida.
Vida querida, roubada, tão cheia de vida.
Rima da vida: vida rimada, remada, modificada.
Espectro da vida: vida atirada, sacaneada, saqueada.
Ritos de vida: vida buscada, alcançada, destruída.
Alma da vida: vida pervertida, enojada, tramada.
Resultados da vida: Vida anestesiada, pisada, apreciada.

E a rima da Vida?
Construída, viajada, monitorada.
Enfim, Vida,
cambaleada, persuadida, desiludida.
A minha, a sua, a nossa.

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Que passe

Que passe o mundo, injusto;
Que passe o incrédulo, inútil;
Que passe o infame, infeliz;
Que passe o ímpio, incerto;
Que passe a fama, soberba;
Que passe a ira, instantânea;
Que passe a luxúria, momentânea ;
Que passe o ódio, insólito;
Que passe a falsidade, meio de vida;
Que passe a mentira, cotidiana;
Que passe o insucesso, solitário;
Que passe a guerra, morte;
Que passe a amargura, tristeza;
e,
Que a tristeza passe e não se transforme em amarguras;
Que a morte não seja ocasionada pela guerra;
Que o solitário assim não se torne, pelo insucesso;
Que o cotidiano não se permeie pela mentira;
Que os meios de vida não se utilizem da falsidade;
Que o insólito seja de estranheza por coisas boas e não pelo ódio;
Que o momento não nos remeta à luxúria;
Que o instantâneo julgar não nos traga ira;
Que a soberba seja de boas conquistas a ti e aos demais e não pela fama;
Que o incerto não nos torne ímpios;
Que a infelicidade passageira, não nos acarrete na infâmia;
Que o inútil pressupor ampare o incrédulo, para que ele possa crer, mesmo na dúvida;
Que o injusto mundo de muitos se transforme em justiça interna, em sabedoria verdadeira, em amor real.

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