João B. Gregório Jr.
A vida está para morte da mesma forma que o parto está para vida. Assim como não sabemos o que nos esperaria após o útero, não sabemos o que nos espera no além vida;
Somos nutridos no útero, paridos no tempo que devemos abandonar nossa velha estada... não seria isso a vida? não estamos sendo nutridos para outra realidade maior com maiores desafios?
A morte é o parto, não um aborto. A morte nos entrega a eternidade da mesma forma que o parto nos entregou para o viver. Não se iluda de uma vida gestacional, e não entenda a morte como um fim, ela é a passagem para o tipo de vida que você viveu!
Quer ter a certeza de que sua eternidade será boa? viva Cristo hoje! Se vivermos uma vida regrada do eu, centradas em nós mesmos, como esperamos ter Ele como nossa companhia na verdadeira realidade?
Estamos de passagem na Terra, e o que nos espera é tão diferente daqui, quanto isso que agora vivemos é diferente do útero que nos abrigou.
E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.
(I João 2:17)
Sempre imaginei o Futuro com a temática do filme "Mad Max", nunca pensei que seria como "De volta para o Futuro", infelizmente.
Se deixar envolver
É uma esperança solitária
É uma aventura sem garantia
É uma morte quase certa
É uma verdadeira crueldade
Contra a alma que busca paridade...
E a culpa, seja daqui ou dalém, não pertence a ninguém! E se caso haja algum culpado, é o que a dor suporta, a vontade domina, e o desejo sufoca!
De todas as palavras ditas, a melhor foi silenciada, o pensamento reteve, e o medo calou.
De todas as promessas firmadas, a mais importante não foi falada, seria de fato a mais desejada, e ainda hoje é esperada.
De todos os atos praticados, o mais importante não foi feito, deixou de ser prestado, não pode ser executado.
De tudo que se fez, o que se deixou de fazer era o que deveria ter sido feito, e nem tudo do que foi realizado, precisaria ter sido executado.
Garantir o estar é fácil,
Não falar também.
Estabelecer a distância é possível,
mas calar o pensamento, isso já não sei!
Quando quase se consegue,
Reaparece igual a coceira:
Gostosinha e insistente,
Tentando-nos a querer mais,
O que não existe!
A coceira cessa, e
por insistir no mais inexistente,
fere-se a pele,
volta-se ao silêncio,
cala-se o falar
volta-se a distância estabelecida,
Pensamentos tornam-se lembranças
da vontade nem sobra a esperança
até que novamente retornas,
reacendendo a vontade:
subjulgada, desistida, rejeitada
Retornando mais latente
Afirmando o que já era tido
O nunca deixar de estar lá.