João Antonio N. Palmeira
Muitos dos que andam à "captura" não se aperceberam que foram capturados pelo espírito do tempo, mais precisamente conhecido como Zeitgeist.
Entendo, que o fenômeno religião é um anseio "perfeito", manifesto imperfeitamente. Esse desejo pelo desconhecido, peculiar nos entes humanos, levou-os à engenhosidade espiritual, muitos que experienciaram a suprema realidade tentaram recriar, ou relatar "topograficamente" o caminho que os levaram a tal experiência. Apegados a experiência e condicionados pela mesma, desenvolveram ritos, cerimônias e sistemas objetivando regressar ao útero Divino. O resultado deste anseio foi o que denominamos religião, fenômeno, que continuará a crescer pela simples falta de contentamento dos seres que desejam pluralizar e domesticar a singular experiência com o Mistério dos mistérios
A existência só se torna significativa quando se investe no amor, pois só o amor propícia rendimentos que excedem as muitas riquezas e retorno eterno
Espero que chegue o dia em que os sapiens reconheçam a sua demência, e neste dia, se envergonhem das obras realizadas nas trevas da ignorância.
Mente vazia não é oficina do diabo, mente vazia é oficina de Deus, é atelier Divino, é laboratório da Supra-Realidade.
Deleite-se em sua loucura;
Inebrie-se em sua loucura;
Encante-se em sua loucura;
Celebre sua loucura;
Desfrute sua loucura;
Aprecie sua loucura;
Sinta o êxtase de sua loucura;
A loucura é a profilaxia contra a normalidade patológica.
"O mundo adormecido não tolera os iluminados, pois, a iluminação atrapalha o sono. Permanecer dormindo é o que desejam. Todos que tentaram desperta-los não foram tolerados."
"Identificar-se com o eu cria a ilusão de que existe o outro e nesta falsa percepção camufla-se o substrato do sofrimento."
"Se o homem discernisse que a vida é uma oportunidade ele não desperdiçaria todas as suas energias, faculdades e aptidões na aquisição de bens efêmeros, transitórios e passageiros."
Compreenda que na mente encontra-se as grades e no coração a chave. Tudo que a mente aprisiona o coração liberta.
Porque procurais entre os mortos aquele que vive?"
O homem crístico jamais será encontrado entre os mortos. Assim como é impossível para a luz conhecer as trevas, não é possível para vida conhecer a morte. Seus caminhos são diametralmente opostos, não se cruzam. Aos "mortos vivos" ele diz: "Deixai que os mortos sepultem os seus mortos." E aos "vivos mortos" lhes deixa uma indelével promessa: "Aquele que crê em mim ainda que morra viverá!"
A morte é uma realidade para o nascimento, mas uma fantasia para a vida. Aqueles que discerniram sua unidade com a Vida livraram-se dos grilhões fantasísticos da morte, não podendo ser tiranizados ou viralizados pela mesma. Tais indivíduos não serão encontrados entre os mortos, pois, tendo sido vivificados em amor tornaram-se herdeiros do Eterno e co-herdeiros com Cristo, coparticipantes da natureza que é sem princípio de dias e sem fim de existência.
"Todo 'ismo' é uma arca desprovida de flutuabilidade.
Todo 'ismo' é uma arca sem o leme da verdade.
Todo 'ismo' é uma arca não calafetada com o betume da fé e possui as rachaduras das crenças.
Todo 'ismo' é uma arca destinada a naufrágio."