Jô Soares
Olhando retrospectivamente, vejo que recebi uma educação diferenciada, moderna, fora da curva, como se diz hoje em dia. Meus pais não tinham preconceitos, eram liberais, e me trataram como alguém que deveria ser independente, que merecia conhecer a verdade, sem falsos moralismos e sem paternalismo.
Eu sou o conjunto dessas pessoas [que trabalharam comigo] – e felizmente sou gordo o bastante pra que todas caibam no meu corpinho.
Não houve um momento da minha vida em que eu fiz alguma coisa da qual me envergonhasse. Todas as minhas conquistas foram com a minha cabecinha, com o esforço do meu trabalho e a ajuda de muita gente boa.
Mais importante do que a palavra escrita, é o que vivi e continuo vivendo, são as pessoas que conheci, com quem conversei e que me ensinaram quase tudo.
Dediquei a minha vida a fazer a vida dos outros um pouquinho mais alegre. Talvez eu devesse contabilizar o meu patrimônio em sorrisos.
Eu aprendo todo dia. Saio na rua e sempre trago uma lição nova pra casa. Descubro alguma coisa nova com as pessoas na rua, com o chofer de táxi, com o rapaz do cafezinho na padaria. Continuo lendo, pesquisando e procurando me atualizar em tudo. Não existe mais nenhuma atividade humana em que se possa progredir sem um aprendizado permanente.
A gente só não tem tempo para aquilo que a gente não está com vontade de fazer.