Jeyne Stakflett

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⁠é o ⁠fim é o começo

vomita em cama de marfim
seu amor não é pra mim
vou deixar você ir
saia logo não fique
nosso amor se foi
o castelo rachou
as paredes caíram
o que um dia foi nosso céu
agora se transformou em limbo
fugindo da guerra
do apocalipse
do vírus
fugimos das conversas
das dores
fugimos da verdade
fingido hipocrisia
castigos gatilhos
procurando desencontros
portas ou frestas
luzes vermelhas acesas
alerta sirene
uma trepadeira
no canto da ambulância
um destino
novo horizonte
o que foi não volta
sai de reto
seu exu debaixo da porta
minha Iansã abrindo a janela
Kuan Him me fechando
só pode ser assim
sai daqui me deixe
e vá em paz

Inserida por JeyneStakflett

Uma vez imaginei várias cachoeiras saindo dos pontilhões, dos Rios da nossa cidade, iluminadas, coloridas pelas luzes, lubrificando os passageiros no entorno e limpando a própria água, também visualizei umas praças de pequenas p florestas frutíferas que poderiam conectar as pontes para pedestres e passarinhos, devolvendo a natureza arrancada e sufocada pelos prédios que poderiam ter passarelas entre suas lajes para pedestres e ciclistas. Eu tenho sangue alemão, acredito no impossível, aquariana demais e fico coocriando mundos mais saudáveis e férteis para o futuro.⁠

Inserida por JeyneStakflett

AGROPOETA⁠

O Sol se transformou em Lua,
E a Lua, com fumaça, sumiu.
Aquele homem, tão culto e astuto,
Esconde sua misoginia,
Ainda se diz um machista extremista.

Seu brilho apagou, como a Lua,
O que era nobre se empobreceu.
Um fantasma a vagar no céu,
E eu, que era apenas mais uma,
Emergi como poeta engajada.
Já o agropoeta jamais me esqueceu.

Inserida por JeyneStakflett

⁠eu vomitei hoje depois que te vi com ela
senti uma mistura de nojo com gosto de morte

acho que o ciúme não me faz bem
não quero admitir que estou sofrendo

não quero isso pra mim
ninguém quer isso pra mim
nem você talvez

eu escolho não te amar mais
quero tirá-lo da minha cabeça
não posso convence-lo então foda-se

se nunca teve amor por mim
também não terá por ela

eu tenho pena dela
ainda jovem
vai sofrer mais e certeza nem imagina
o que espera por ela


queria estar enganada
mas acho que não
ignóbil destruiu meu coração

embora ainda ferida traída
eu ainda tenho carinho
lembro dos seus gestos

carícias em seus olhos
ao me ver em cena

sinto falta de você

Inserida por JeyneStakflett

⁠⁠PEIXES VOADORESSE AFOGANDOS
NO TEDIO

⁠entre tantos robalos e tubarões no mundo
eu escolho amar você um bagre
teratista colecionador de olhos fritos lisos

esfriou meus pés
da cintura pra baixo
morri para ele
cinza nuvem de rancor
em alto mar não é amor

nevou no verão
jamais calcularia tanta frieza
ou destreza na força
de menino que um dia sonhou
tanto ter e tinha tudo que não cabia

uma montanha de prantos
os peixes voaram do aquário do jaguar dourado
o cozinheiro de cookes que um dia matou sua família
de peixes e foi ao teatro

eu não estou falando do Neville
que sentou no poodle
estou contando a história de
um faxineiro
homem viu

Tadinha da Neide
sei o que seios que não seios nem quero saber mas seios

genioso faxineiro fez tudo limpou a casa jogou fora
tudo sem pudor sem se importar se era real
me contou que fez macumba
ai que medo

meu santo é forte meu pai é Xangô
faz me valer com as armas de Jorge
e espada de Iansã
meu Buda Vixnu
e Pai de Santo vão te vencer
seu EXU


pois eu não ando só
e com elas eu fecho o seu ciclo de Rei
rebaixado caro ignóbil perdeu tudo o mar não está pra pássaro
nem o céu para peixe


PEIXES VOADORES AFOGADOS NO TEJO

Inserida por JeyneStakflett