Jerônimo Bento de Santana Neto

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Muito díficil saber separar o joio do trigo nesse mar de lamas chamado Brasil.

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⁠No Brasil amigo do Rei vale mais que a lei.

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⁠Na teoria parece ser fácil, mas na prática temos muita dificuldade em respeitar a diversidade.

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⁠Compreendo a negação como uma das características da natureza humana, mas um olhar de rejeição a gente nunca esquece.

⁠A maioria das mulheres não querem um marido, querem um submisso que atenda as suas ordens.

⁠Ao longo do tempo a sociedade patriarcal criou freios morais para conter o poder sedutor da mulher.

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⁠Pra que serve uma DR ? Se o homem está sempre errado e a mulher sempre certa.

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⁠Será que já vem no DNA da mulher essa mania de querer moldar o homem à sua imagem e semelhança?

⁠Por que será que a preocupação com o risco de contágio do coronavírus só vem a tona quando não estamos incluso no evento, festa ou confraternização?

Recortes de conveniência até para o covid-19?

Brasil respira hipocrisia!

⁠O verdadeiro, o genuíno, o essencial na defesa das minorias está sendo deixado de lado, dando lugar a uma prostituição de pautas socias por pessoas oportunistas que só pensam em suas carreiras políticas.

Nossos líderes não são mais os mesmos.

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⁠Aprendendo com a vida.

"Quem tem boca vai a Roma"

No meu primeiro dia de trabalho, com 15 anos, menino da periferia, fui acompanhado por meu pai para agência do Banco Nacional, localizada no bairro da Pituba. Logo na recepção, foram nítidas as expressões de surpresa e desconfiança dos funcionários presentes.

Confesso que na época não dei muita importância para esse fato, talvez pela vida dura que levávamos e pela necessidade, sempre fui pragmático e focado no que era mais importante, naquele momento: o emprego.

Logo na primeira semana de trabalho, uma das minhas funções como boy era fazer pagamentos nos cartórios, bancos, correios, repartições públicas. Era muito verde, tímido, introspectivo, inexperiente e não conhecia a maioria dos bairros de Salvador.

De fato, não achava essa situação um grande empecilho para executar minhas tarefas. Porém, percebi que não poderia demonstrar ao meu chefe essa limitação quando comparado ao outro colega de função.

Dessa forma, sempre que ele perguntava sabe aonde fica? Eu respondia sem titubear: Sei, sim!

Já no ponto de ônibus, lembrei de um ditado antigo: quem tem boca vai a Roma. E assim, de grão em grão fui conhecendo todos cantos da cidade.

Mas uma coisa chamou bastante atenção nesses primeiros dias de trabalho.

Antes de sair para tarefas externas meu chefe entregava um valor em espécie para despesas com transportes.

Num desses dias, ao retonar no final da tarde, devolvi ao meu chefe o troco, já que não gastei tudo. Para minha surpresa, em vez de devolver o troco para tesouraria, ele simplesmente colocou o dinheiro no bolso e deu uma sorriso sarcástico.

A percepção da vida como ela é no mundo corporativo dava os seus primeiros sinais.

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⁠Aprendendo com vida!

"Não precisamos apagar a luz do próximo para que a nossa brilhe." (Mahatma Gandhi)

No primeiro dia de trabalho e nos meses seguintes era perceptível que para alguns funcionários da agência eu era o "patinho feio" do grupo e que não ficaria muito tempo empregado.

Para contragosto dos "cisnes" que trabalhavam comigo nos primeiros anos de banco e muitos "cisnes" que vieram depois eu continuava firme no meu lugar.

Como uma amiga dizia sempre: "Jerônimo, seu santo é forte..."

Vale salientar, que além de não duvidarem do meu potencial, muitos deles tentaram com trapaças, calúnias e falsidades puxar meu tapete e apagar minha luz para que as "luzes" deles brilhassem.

Acho o que incomodava os "cisnes" era meu perfil profissional extremamente centrado e averso a prática do "puxa-saquismo", da rasgacão seda e de jogar confetes gratuitos com intuito de obter promoções.


Por ironia do destino, um desses "cisnes" chegou a confessar vinte cinco anos depois ao me encontrar trabalhando numa agência:

"Rapaz, você ainda continua no banco?

Juro, quando você foi contratado para trabalhar lá na agência Pituba, falei pra mim mesmo: Esse ai ! Não fica um ano sequer nesse emprego!

Outro "cisne", sempre que me encontrava nas reuniões gerais fazia questão de afirmar:

"Cara, todo mundo nesse banco é promovido. Só você continua escriturário."

Pois bem, no ano seguinte, esse colega saiu do banco e meses depois a sua demissão recebi uma promoção para trabalhar como supervisor. Coisas da vida!

Às vezes, encontava um ou outro que fora demitido pelo banco se escondendo do meu ohar em audiências trabalhistas nas quais eu estava representando o banco como preposto ou testemunha.

Nessas situações, sempre deixei nas mãos de Deus.

Afinal, sempre soube que o mundo dá voltas e existem situações em que o silêncio é a melhor resposta.

O mais importante de tudo foi encerrar minha carreira após trinta e três anos de atividade bancária entrando e saindo literalmente pela porta da frente do mesmo prédio aonde tudo começou. Com a consciência tranquila
do dever cumprido sem nunca ter vendido minha alma.

Só me resta agradecer a Deus, familiares, pais, esposa, filhos e amigos. Que sem dúvida me ajudaram muito nesse percurso em todos os sentidos.

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⁠De um lado: Pessoas fingindo sofrimentos, fardos e doenças para chamar atenção.

Do outro: Pessoas aproveitando desse momento para chamar atenção via ajuda, generosidade e compaixão excessiva.

Numa mesma situação temos a presença duas expressões populares:

"Se fazer de doente para ser visitado"

"Me engane que eu gosto"

De fato, o mundo inteiro é um palco (Shakespeare).

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⁠Há uma diferença enorme entre conquistas e privilégios frutos do nosso trabalho e esforço, daqueles obtidos por meios ilícitos.

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⁠Mesmo calado ninguém está livre de ser recortado e rotulado.

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⁠O passado me representa, o presente me sustenta e o futuro me orienta.

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⁠No frigir dos ovos, a única ideologia que cabe ao povo brasileiro é garantir "o pão nosso de cada dia". O resto é hipocrisia.

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⁠De uma militância engajada e subversiva para uma militância excessivamente planfletária, engessada e perdida em pautas minimalistas.

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⁠A prova de sucesso da nossa ação educativa é a felicidade da criança.

(Maria Montessori)

Meu primeiro contato com a escola ocorreu pertinho da minha casa, através da pró Luzia e da pró Dalva, que além de vizinhas foram responsáveis pela minha alfabetização.

Luzia, professora titular, simpática, carinhosa e sorridente. Dalva professora auxiliar, séria, rigorosa e de poucas palavras. Decerto, que uma completava a outra, tanto no jeito de ser, como no desempenho das atividades pedagógicas.

Lembro que um dia, num ato de rebeldia joguei o lápis no rosto da pró Dalva. Não sei o porquê daquela atitude, talvez pelo fato gostar mais da pró Luzia tenha agido daquela maneira.

Acredito que, de fato, eu não gostava muito da pró Dalva, principalmente quando ela substituia a pró Luizia nas aulas.

Seu jeito de poucos sorrisos não me agradava. Tanto que, uma dia resolvi esconder meu caderno atrás do guarda-roupa, tentando convencer minha mãe que não poderia ir para escola. Imagine!

Em poucos minutos minha mãe descobriu a artimanha e tive que ir para escola.

Mas, é importante frisar que durante todo primário nunca gostei de estudar, queria mesmo era brincar e brincar, nada mais me interessava.

Apesar dessa má vontade com os estudos tirava boas notas.

Essa condição permitiu meu ingresso diretamente da alfabetização para o segundo ano primário na Escola Muncipal Manoel de Abeu, através de uma avaliação

Hoje, relembro com muitas saudades daqueles tempos, tendo consciência que tanto pró Luzia quanto pró Dalva foram importantíssimas na minha formação humana.

E, aquelas birras com pró Dalva são nada mais do que coisas de crianças.

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⁠Nesses tempos pós-modernos qualquer um de nós pode ser recortado, rotulado e cancelado.

⁠Ao invés de perder tempo querendo descobrir o sentido da vida, busque construir um sentido para sua vida.

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⁠Entre gastar neurônios tentando descobrir qual sentido da vida, melhor construir um.

⁠Só sei que errei mais do que acertei.

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⁠Equanto as ciências estão cercadas de dúvidas.

As pseudociências dormem e acordam agarradas em certezas absolutas.

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⁠Mais empatia compassiva, menos empatia política.

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