Jeozadaque Martins
Às vezes é melhor dizer ao coração "Ei, desiste. Não é tão fácil quanto parece" do que viver sofrendo por uma coisa que não se pode ter.
A medida que o nível de amizade vai aumentando, os palavrões ditos como forma de carinho tendem a aumentar.
Se o amanhã for como o hoje, eu não reclamarei de nada. E se isso quiser se repetir, não me cansarei dessa rotina...
Vejo pessoas dizerem que amam sinceridade, que preferem que digam verdades duras a mentiras doces, mas a verdade é que ninguém - e quando eu digo ninguém, é ninguém mesmo - está preparado pra ouvir todas as verdades.
Primeiramente, a verdade dói. E a verdade só se torna verdade quando ela vai de encontro com o que a gente pensa, sente ou faz.
Não quero dizer com isso que é melhor a falsidade. Não. O que eu quero dizer é que “Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal”.
Às vezes, perguntamos a alguns amigos o que eles acham de nós, do nosso jeito. As meninas costumam pedir opiniões sobre as roupas que estão vestindo. E se a opinião dada for de encontro com o que a pessoa espera, a sinceridade, nesse caso, vai fazer um estrago imenso na pessoa, provando assim que muita sinceridade machuca da mesma forma que pouca verdade ilude.
Ser sincero requer prática, requer deixar os medos de lado e expor sua opinião sem receio de julgamentos, mas é claro, tomando cuidado para não magoar a pessoa. Existe sempre um meio de fazer isso. A verdade pode ser dita de várias formas, pena que a maioria das pessoas escolhem justamente àquela forma que deixa mágoas profundas. A verdade pode vir acompanhada de um conselho, de uma palavra amiga, amortecendo assim a queda do ego da pessoa.
Gosto de músicas que me fazem parar pra pensar, que me fazem lembrar de um lugar, de uma pessoa, de um momento. Gosto de músicas com letras que provocam mudança de mente, renovam a alma e tocam o coração.
Tem dias que qualquer sussurro é um grito. Já em outros dias qualquer gentileza é uma declaração de amor.
Não é que eu desista fácil de algumas coisas. É que eu não sou tolo a ponto de ficar dando murro em ponta de faca enquanto há coisas na vida precisando ser desfrutadas.
Nada nessa vida vem com um selo de garantia. É necessário arriscar. Apostar todas as fichas em seus objetivos. Você só vai saber se vai dar certo se tentar.
As mudanças, por melhores que elas sejam, causam um certo estranhamento em nós. E o mais incrível: começamos a sentir saudades do que não deveríamos nem querer lembrar.
Mais uma vez estou aqui, só. Ou seria, como todas as vezes?
Faz silêncio, e já nem sei se sou eu quem escreve esse texto ou se é a pessoa que se apoderou de mim. Sim. Porque a essa altura, já nem sei quem eu sou, pra onde vou, o que quero...
Talvez eu até saiba. Talvez eu até tenha todas essas respostas dentro de mim, mas falta algum impulso pra que eu tenha coragem de não ouvir a voz dos outros e partir em busca do que eu sempre sonhei conquistar.
Preciso aproveitar esses momentos de coragem que vêm a mim apenas como faísca de uma chama ainda tímida. Preciso que essa faísca encontre apenas uma oportunidade para desencadear o que há dentro de mim.
Medo? Eu já não tenho mais. Não posso viver escondido à sombra de uma pessoa que eu não sou. Preciso impor minhas vontades, meus desejos, meus sonhos... Afinal, a vida é minha. Sou eu quem tem que traçar meu caminho, mesmo que esse caminho, aos olhos de algumas pessoas, seja ilusório, torto...
Mas eu não posso fazer nada disso se as oportunidades não vierem a mim. Eu preciso delas e as estou esperando.
Eu preciso errar... Eu preciso cair... Eu preciso aprender.
E eu tenho que fazer isso por mim.
E pra não sofrer mais ainda, a gente vive criando ilusões e vivendo delas. Ora isso é bom, ora é ruim.
Ontem olhei para o céu na esperança de ver as estrelas. Não as vi. Elas devem ter se escondido ao ver o brilho dos seus olhos.