Jeniffer Pompilho
Tenho saudade de sensações...
Como a paz que se sente no colo dos avós, ou no abraço de mãe.
A admiração e delicadeza no toque de uma criança.
O frio na barriga que só se sente quando tem paixão envolvida.
A energia que revigora quando se tem os pés tocados pela primeira onda do mar.
O vento que delicadamente toca o rosto e refresca alma, em um dia quente de verão.
Saudades do conforto e da paz contidos no abraço do amado.
Hoje amanheci assim, com saudades do que já passou e do que ainda não aconteceu.
Deus fala com a gente de inumeras maneiras, a gente só tem que entender quando Ele usa a voz de outra pessoa!
É uma pena que só se descobre aos 30 ou 40 que o que você vive aos 20 e poucos anos raramente será eterno, em geral vai passar.
Se esse “saber” nos fosse dado aos 20 e poucos, nos pouparia tanta aflição, desespero e impaciência!
Mas também nos tiraria toda a graça de ser imediatista. No fundo é gostoso pensar que se sabe tudo, que as coisas não passam, que os amores e as dores são para sempre, que somos “imortais”. Mas o melhor da juventude é saber que a gente tem um pouco mais de tempo para errar, aprender e corrigir!
Ah se existisse uma maneira de sentir tudo de uma só vez.
Se fosse possível sentir toda a dor de uma só vez;
Em um único momento, uma dose única e nunca mais.
Meu maior desejo é sentir tudo isso hoje e acordar amanha sentindo nada.
Porque não existe dor pior do que a fragmentada!
Não faz muito tempo, mas eu aprendi.
As coisas são exatamente como tem que ser.
Duram exatamente o quanto tem que durar.
E simplesmente passam, chegado o momento de passar.
E de repente eu não sentia mais saudade, não sentia mais vontade, não sentia mais afeto.
De repente eu não sentia mais... nem magoa, nem rancor, nem nada. Não sentia vontade de ver, nem de ouvir muito menos de falar.
E então eu senti... Senti que acabou!