A nascente desaprova quase sempre o itinerário do rio.
A verdade é muito nua, não excita os homens.
O virtuoso não serve a música. Serve-se dela.
Ninguém ignora que a poesia é uma solidão espantosa, uma maldição de nascença, uma doença da alma.
Os críticos julgam as obras e não sabem que são julgados por elas.
O corpo é um parasita da alma.
O tato na audácia é sabermos até onde podemos ir.
Cuidado, este não é revolucionário. É um conservador de antigas anarquias.
Os sonhos são a literatura do sono.
Quando uma obra parece avançada para a sua época, é simplesmente porque a sua época está atrasada em relação a ela.
O poeta é uma mentira que diz sempre a verdade.
O que o público reprova em ti, cultiva-o: é o que és.
O tato consiste em saber até onde podemos ir.
Não sabendo que era impossível, ele foi lá e fez.
Uma garrafa de vinho meio vazia também está meio cheia; mas uma meia mentira nunca será uma meia verdade.
(Jean Cocteau)
Não há amor; há unicamente provas de amor.
Mantenha-se forte diante do fracasso e livre diante do sucesso.
Tato consiste em saber o quão longe podemos ir.
A que poderíamos comparar o homem que passa por adversidades em sua vida? A um bloco de mármore no qual o escultor talha uma bela estátua... Reagindo ao escultor o bloco pensa: 'batem em mim, estragam-me, insultam-me, quebram-me, estou perdido...' Esse mármore é um tolo ... A vida nos esculpe. Faz de nós uma obra-prima. (adaptação)
Não se deve confundir a verdade com a opinião da maioria.
A poesia é indispensável. Se eu ao menos soubesse para quê…
Jean Cocteau
Nota: Trecho do discurso de recepção na Academia Francesa, em 20/10/1955.