IsabelMoraisRibeiro
Triste soneto à morte prematura.
Dirás que a vida cansa em amargura.
No coração digo antes...
Ferida rasgada de uma navalha.
Vai a vida, tão mal gasta.....
Quando eu morrer, eu sei...
Tu escreverás.....
Consciência que nos retalha.
Triste soneto de uma morte prematura...
O desejar, o querer, o não bastar....
Dirás que a vida cansa em amargura..
E, enganado procuras a razão.
Pálido e frio, tu me cantarás.
Que o acaso de sermos,justifique..
Nas quadras, refletido se lerá
De como, vã e breve, a vida expira.
E como em terra funda, dura e fria.
A vida, má ou boa, acabará...
Eis o que dói, talvez no coração.
Que a morte é um mistério...
Onde tudo é fugaz...
Contente por tê-lo escrito bem....
Um triste soneto à morte prematura..!!!
Hoje eu quero mesmo existir.
Quero viver e não... só existir
Ficar assim como estou, de molho na cama,
Ter um dia suave, calmo, ler o meu livro.
Para tentar amenizar a ignorância do ser humano..
ao qual eu pertenço....
tomar um bom banho quente..
e ficar debaixo dos edredons,
ficar em paz,
não me preocupar, com nada
Desligar o telefone...o computador..
Por hoje é suficiente para mim.
Tirei um dia para fazer uma faxina interna..!!
É de madrugada quente de verão...
Dorme a cidade, a vila, a aldeia
Dormem os lobos e o homem
Dormem as flores do meu jardim
Dormem as aves em cima da arvores
Dormem os peixes no fundo do mar
Dorme a minha alma cansada de dor
Dorme o meu coração protegido e quieto.!!
A caneta do tinteiro que deixaste à cabeceira.
Queria escrever para mim em forma de sonho...
Perfumado encantado, ela escrevia...
Deixado-se cair na cama de cansaço...
As páginas estão em branco....
O nosso amor é assim,
Desses que ficam grisalhos,
De histórias divididas e afetos desmedidos.
O amor aprende-se com o tempo...
No limite das renúncias e...no abandono das horas...
Um pouco de rotina e o charme do tempo.
Gosto das marcas, dos vincos da pele....rugas..
As páginas estão escritas....já não estão em branco..
A caneta do tinteiro que deixaste à cabeceira...
Escreve a vida vivida, sem ser esquecida por nós.!!!
A chuva cai com força na lama...
Lágrimas de sangue, dor...
De todos aqueles que perderam a vida..
Por uma causa, por um ideal...
Luta desigual entre o aço e a carne...
Entre a pátria, família, liberdade...
Rasgada por dentro, carne sofrida..
Sofrimento atroz, dor que arde...
No fogo do inferno, sofrida depois da ida....
Guardada depois da vida....dos mártires..
Da guerra feita do aço e da carne podre....
Sem alma, sem coração, sem honra, sem humildade..
Homens sem esperança perdidos, esquecidos, com fome.
Com frio, lágrimas de sangue que correm nas veias.
Sem medo, sem nada, esperam a paz dada pelo aço.!!!
Passeia-nos....
pelas noites azuis do verão
Iremos por atalhos sob a lua e as estrelas..
Pelos campos de trigo ou centeio....
Sentiremos nos pés o frescor e deixarei-nos ..
o vento levar-nos
Não pensaremos ou falaremos ...
Mas na nossa alma sentiremos um amor soberano
Pela mãe natureza e felizes...
por estarmos juntos meu amor.!!
No jardim da nossa casa...
Ouve-se o riso das flores
As borboletas saltitam e dançam
Amanhece a chover, uma chuva miudinha...
O solo inundado será o ventre
Das camélias e dos lírios
O orvalho serão as gotas de esperanças.!!!
Becos escuros
Viúvas na solidão..
Pensamentos solitários..
Palavras mudas..
Olhares maliciosos
Sombras malignas
Segredos no túmulo
Suspiros de desejo..
Silencio vazio..
Gritos de dor...
Jardim abandonado...
Sangue venenoso
Grades de ferro..
Retratos de sonho..
Sentimentos intriguistas...
Vergonha escondida...
Corpo manipulado...
Carne apodrecida!!!
Gosto de sentir o vento a passar…
Da chuva a cair…do tempo a ir e a vir
Viver as sensações e os momentos
Do encantamento como um sonho.
Cheio de presenças com emoções…
Da realidade cheia de incertezas...
Do fascínio que a vida ensina,vivo hoje.
Agora…cada momento com toda a intensidade.!!
As nuvens estão negras e cobrem o céu...
Assim esta frio o meu coração....
Feito de luar nesta noite calma
Vestido de vida, despida de memórias
Manso suave das águas do rio...
Mãos vazias, cheias de nada...
Casas velhas, desabitadas......
Perdidas , esquecidas...
Medos, segredos...das chaves feridas
As nuvens estão negras e cobrem o céu.....
nasce o sol vestido de luz feita de madrugada..!!
Rua deserta...
Beco quieto...
Linha vazia..
Calçada a portuguesa
Chuva de lágrimas..
Jardim inacabado...
Candeeiro sem luz..
Altar sem cruz
Igreja sem sino..
Pessoas sem destino..
Futuro sem esperança...
Janelas partidas...
Viver sem lembrança.
Olhar perdido...
Adeus mudo..
Vento forte...
Tempo esquecido...
Despedida cruel..!!.
Queria amar-te como um poema
Escrito na pele que cobre a alma
Os teus quentes braços...
Braços que cobrem a minha nudez
Feitos de desejos e ternura..
Como um clímax da minha loucura..
Tatuagem feita no corpo e na alma..!!
Choro amargo..
Grito preso..
Boca triste..
Consciência alucinada...
Palavras fingidas
Sentimentos puros
Coração seco..
Alma amarga...
Força guardada...
Beijo carente...
Salgado doce..
Voz rouca...
Memória esquecida...
Tempo perdido...
Dias verdadeiros...
Deserto cansado..
Atadura vitoriosa..!!
A morte está sempre à espreita.
O amor rejeita viver sem paixão.
A paixão liberta o desejo sedutor.
O respeito gosta de ser conquistado.
O vento leva para longe a dor do pensamento.
A chuva lava as lágrimas deixadas de dor.
A tempestade deixa marcas de sofrimento...
A mente absorve o mundo na sua beleza.
Os livros nos dão a liberdade de sonhar e viver
As mãos escrevem a dor do corpo e da alma!
Queria escrever um poema de amor...
Solidão, saudade escrita nas estrelas.
Como a luz que nasce de madrugada
Onde desejo que o tempo seja eterno
Perfumado como o vermelho das rosas...
Chove e fica o doce aroma a terra molhada.
Que me fizesse e esquecesse da dor,
Das ilusões que a vida dá...
Do abismo e da sombra da morte.!!
Os anjos são únicos..
São lindos…
Brincalhões…
Sonhadores…
Mágicos…
Brilhantes…
Protetores…
Amigos…
Sinceros…
Verdadeiros…
Cúmplices…
São do meu coração.!!
Solte a vida e aprenda a respirar…
Solte a dor acomodada no seu corpo…
De tudo aquilo que faz mal.
Prende-te e não deixa-te viver.
Solte as amarras que prendem
e não deixavam voar…
De tudo que assusta e que faz chorar
deixe ser amada e ame.
E voo...um voo sublime...
Cheio de amor, paz e liberdade…!!
Cama fria, vazia, solidão do poeta....
Palavra castrada, vazia amarga...
Lençol arrumado, amor acostumado...
Aroma enquadrado, perfume adocicado...
Saudade amargurada, passos apressados..
Alma que foge e vibra dentro da mente....
Castelos na areia que as ondas apagam....
Ambições lançadas ao vento, no tempo...!!
Andamos de mãos dadas, apaixonados.....
Como farelos lançados ao vento.
Ouve-se o nosso silêncio que carregamos pelas mãos...
Perfumadas e tatuadas no nosso corpo, na nossa pele.
Esquecermos o amor que nos une, é impossível de conseguir-se.
A distância pode separar os nossos corpos......
Mas não separa as nossas lembranças...
A paixão louca que sentimos um pelo outro....
A saudade fala sempre mais alto,do que mil gritos de dor.
não acordes o silêncio, que murmura a nosso favor,amor.!!!
Deixa-me sentir este fogo..
Que queima a minha alma fria
E o meu corpo podre...
Lançar-me nas chamas deste inferno
Que cobiça a minha alma..
Transformada em cinzas por instantes.
Morrer de dor que teima em mim.
Nos lençóis de cetim....
Nos teus braços de amante.
Embora morra por dentro e por fora
Por um amor insano que demora
Apenas um segundo…feito em cinzas.!!!
Se eu pudesse estar nos teus braços
Mataria a minha sede dos teus beijos
Do teu calor e do teu corpo meu amor.
Dormiria feliz como uma flor, orquídea.
Se eu por um momento, o tempo parasse...
Poderia chover e eu continuaria contente....
Com vontade de gritar, correr, sorrir e chorar..!
Se eu pudesse escrever o teu olhar, sem palavras e vírgulas,
Voar..voar como uma folha desprendida dos galhos secos..
Ler ...ler o teu olhar a brilhar, como a lua..
Se eu pudesse ler-te poesia e nela iria demonstrar.
Através das palavras escritas, cada gesto de amor....
nas folhas que caem, secas de várias cores ...!!!!
Estranha natureza esta,
a tua, que me roubas os sonhos
que banhas a minha alma em sangue....
tirando-me a luz, fazendo-me gritar.
Afasta-me esta dor, suplico-te....
acorda-me deste sonho maldito....
donde estremeço, vislumbra-me de mim
fazem-me voar para além do vazio.
Nas tuas mãos, encontro o xaile do caminho,
Onde a vontade abraça o meu lado selvagem.....
Estranha natureza esta, que persegue-me...
enlouquece-me e rouba-me os sonhos...
banha-se no meu sangue e arranca a minha alma..!!
Lança da morte, punhal ferido...
De espinhos numa flor, sem medo,
Sem temor, amor que abraça-me...
Que foge comigo, devassa-me os sentidos
Entranha-se na pele, como um grito colorido,
Voz rouca de um eco que acompanha-me
Esquizofrênicos sentidos de lembranças
Feitos de vozes, gritos, gemidos, suspiros
Que iluminam de esperança as lágrimas caídas,
De uma quimera fora do tempo esquecido,
Vivido de dor, fogo interno neste inverno antigo..!!!
Neste mundo existem....
mulheres amadas....
violadas na mente,
violentadas na alma,
castradas no corpo,
sem voz..sem liberdade,
acorrentadas em dor,
cansadas, tristes,
desesperadas, mal amadas,
laços atados, em nós de ferro...
mãos geladas e frias, feitas num mundo cruel..!!!