IsabelMoraisRibeiro
Loucos, tontos
Intolerantes, invejosos
Cantam, dançam
Sorriem, choram
Perdidos, estendidos
Ao sol, à chuva
Tempestade esquecida
Arriscam o amor..!!!
É nas palavras que encontramos
a verdade, mentira, amor, desprezo
sentimentos, pensamentos e desilusões
palavras muitas vezes duras de ouvir ou escrever.!
Punhal afiado que corta a alma...
Sangra calada na escuridão da noite..
Corpo nu que dança vulgarmente...
Esconde o pudor de quem a ama...
Que deixa-se sangrar de dor, de si...
Punhal vulgar corta a solidão da alma..!!
A vida é feita de passos...
de tempo, vida, sonho, desejo, tristeza
oração, vitórias, certezas, sofrimento, amor
paixão, razões, surpresas, esperança, fé,
lentos ou não, são o tempo da vida.
De pensamentos, dúvidas, desculpas,
tormentos, medos, afinal são os nossos passos..!!
Amo-te....
sou a tua mulher, amante..amiga
nas noites quentes e frias....
na dor, no silêncio, no campo..
no jardim, na vida, no prazer..
na serra, na montanha, na cama.!!!
Procuram um remédio para a dor, para o tédio ..
tempos perigosos, donde o corpo manda embora a alma.
Grita-se de saudade, ouve-se o som ao longe de um louco
despertado de um sonho abandonado, esquecido por momentos.
Desafios a viver cada minuto, calafrios de mil outonos
enganos pendurados num armário de mofo, cheiro a cânfora
Amores vividos em primaveras fugidas das regras fingidas
pontes velhas do amanhecer que nos consome a querer viver.!!!
O meu menino é um anjo
que Deus me deu...
companheiro das horas tristes
dias longos, chuvosos e frios.!!
Cômoda velha, segredos guardados
gavetas mexidas, remexidas, incompletas
palavras escondidas, trancadas à chave
papeis em silêncio, cheios de saudade
cheira a mofo de felicidade, esquecida no tempo.!!
Para matar a dor...o sofrimento
finjo que não a sinto, que não a vejo
parece um tempo lento e venenoso
mata-me aos poucos o corpo, a alma
infinito a cada minuto, suplica e finge..
ruídos da noite, sombras sussurradas.!!
Os filhos são tesouros de grande beleza
são o melhor de nós mesmos,
tesouros perdidos, esquecidos nos mares
recuperados do nosso coração,
carne da nossa carne, sangue do nosso sangue,
pedaços da nossa alma.!
Mouros encantados, elos perdidos
batalhas enfurecidas, intrigas embriagadas
consome o coração, sem dor ou paixão
sem ver, sem tocar, sem ouvir, sem falar.!!
Parábolas por entender, poesia mágica
palavras compradas, veredictos para vender
multidão confundida, manipulação caluniosa
amarga hipócrita, mentira dispersa
alma depenada, sangue na ferida
lâmpada falsa, lábia perdida
parábolas engasgadas, atiradas ao vento!
Palavras ditas, não ditas, escritas
nos dias silenciosos, à chuva ao vento
onde partimos as correntes de ninguém
alguém perdido, esquecido no tempo.!!
Num quarto...
Descanso, fechado, aberto, escuro
ausência do silêncio das memórias
esquecidas, onde não vejo, sinto ou oiço
corpo transparente e morto, apodrecido,
sem destino, sem tempo impiedoso.!!
Esperança esquecida, sentida, perdida
cheiro a rosmaninho perfume do tempo
fogem da morte, vida, amor, saudade
escombros de um barco atolado na praia
lágrimas de um marinheiro nas ondas do mar
sonhos forjados de uma sereia na areia quente
deserto de dor, alma estendida seca ao relento.!
Ponte dos suspiros onde o sonho não existe
palavras construidas com gestos, abraços e beijos.
Oceanos de um sonho destruído, lembranças esquecidas
cortadas pela raiz onde destrói um jardim, uma planta.
Palavras escondidas, banidas da memória de um tempo passado
sonhos românticos no vale dos suspiros não compreendidos.
Silêncios incompreendidos, quedas dadas destemidas, perdidas
como um taça de vinho velho, doce, suave, amargo, estragado.!
Ó saudade que foste embora de mim
deixaste secar o meu coração.
Fugiste do meu amor que eu sentia por ti,
paixão levou o vento que havia em mim,
sobrou tempo, tempo de ti em mim.!!
Poesia feita no coração pelos teus beijos
lábios e boca que eu tanto amo
pedaços de mim perdidos nos teus braços
rastros do meu corpo, onde deixaste sinais.
Lágrimas tortas, mortas, escritas na alma
amor ardente, frio, morto de repente,
renascido no cais, mergulhado, reinventado, transformado
sinto o teu cheiro, perfume, aroma no meu corpo gelado.
Beijos selados, marcados, quentes, suaves,
sussurras palavras ao meu ouvido de amor..
és um jardim, uma flor perfumada, sou o teu sangue
a tua metade, somente nos teus braços sou feliz "dizes tu"...!
Corpo despedaçado, atirado ao mar,
de um náufrago perdido no tempo,
tantas vezes esquecido, como uma melodia
cantada e entoada de um trovador,
peregrino num deserto de uma selva cidadina.
onde ninguém se conhece..... ou tem medo de ser conhecido...!!!
Queria inundar a minha casa, o meu quarto de flores,
enfeitá-lo com pétalas de rosas de todas as cores...
perfumes e aromas como de uma sinfonia de amor.!!
Sonhos perdidos, esquecidos,
mãos sofridas de amor...
desencantos sombrios das manhãs,
ouve-se o piano sozinho e triste
esperança que não sentes num lenço de seda sem alento..
musica, melodia tocada, suave magia antiga de um dia iluminado..
mulher de cabelos soltos, rosto despido de dor, amor, saudade
beijo perfumado, vinho seco fresco, delírios de sedas e cetim
corpo aninhado, suado embriagado de todo querer....
nos braços do amado....
verte uma lágrima de sal, num mar de ternura e carinho.!!
Senhor..
Tu que estas sempre comigo
nas horas difíceis e nas horas de alegria..
Tu és a minha força, a minha inspiração
estas sempre presente da minha vida
no meu coração ,na minha alma..
eu sei que posso contar sempre contigo.!!!