Irarodrigues
Casa vazia
Esvoaçam folhas
É final de inverno
Reflexo no lago
Luz do espelho
Meu desejo...
Ferozes lagartos
Hábeis esquilos
Camundongos espertos
Pássaros cantantes
É calmaria constante...
É sabor de campo
É beleza sem fim
É jardim encantado
Borboletas vadiam
Exalando o jasmim...
Hoje
Quero ficar em meu canto
Hora pensando
Hora rabiscando
E nesse rabisco viajar
Sem sair do lugar.
Viajar nos livros
Onde conheço
Desconheço
Encontros
E desencontros
Tudo posso hoje.
Só hoje no meu canto....
Uma vez só é pouco
Se a vida é um pingo de chuva
Um quase nada, um despertar de emoção.
Para dizer que te amo
Num lapso de paixão...
Amar-te ao nascer do sol é pouco
Se logo vem a noite e te leva de mim
Vem um novo dia e me mostra um poema
É tempo que se vai meu amor vira um dilema...
Amar-te uma vez só é pouco
Tudo logo se vai se esvai
Meu amor perde a vida, vira ilusão.
Porque fugaz é toda essa paixão...
Fica no corpo de uma saudade
Pedaços de um coração que geme de dor
São momentos vividos de hora esquecida
É tempo que deixa uma paixão sofrida...
Uma vez só é pouco...
UMA TARDE
Pássaros voando
Por ali passando
Num bater de asas
O canto
O encanto.
Era só magia
Numa tarde
Onde tudo ali
Virou poesia..
Se sou poeta?
Não sei
Só sei que sou eterna aprendiz tentando suavizar meus versos. Aqueles que trago da alma.
Só sei
Eles me acalma...
FAZ DE MIM TUA HARPA
Fui deusa e feiticeira
Se me olhas assim
Desvendarei teu mistério
Farei melodia e com você
Dançarei ao luar...
Se quiser irei além mais
Mostrarei no olhar
A canção para te encantar
No mar deixarei levar
Palavras de murmúrios
Toques suaves
Gestos ousados...
E nesse vai e vem
Veste-me de espumas
Transporta-me além da existência
Numa aventura qualquer
Forrado de fantasia
Curtida no meio do mar
Leva-me a delírios
Desnuda minha alma
Despe meu corpo
Faz-me mulher...
Libera essa fantasia
Voa comigo nesse sonho
Desabrocha o encanto
Do infinito do teu ser
Entrega-te e descobre-me
No doce perfume de mar
Na fragrância do teu olhar...
Faz de mim tua harpa
Dedilha meu corpo despido
Arranca de mim suspiro
Perde comigo a razão
Nos anseios contidos
Nos desejos escondidos...
Quero aconchego
Braços envolventes
Calor do colo
Embalos na alma
Numa macia
Alcova de nuvens
Cheirinho de sonhos
Agasalha-me...
Quero aconchego
Frio lá fora
Quentinho aqui dentro
No teu seio
No teu colo
Cantando cantigas
Fazendo-me calma
Nos embalos do teu regaço...
Quem sou eu
Quando chove
Sou as lagrimas da chuva
Com saudades de você...
Se e noite
Sou o clarão da lua
Ou o brilho das estrelas
Sou ate o sorriso
Que brota da minha boca...
Se e dia
Sou o sol
Sou o calor
Quero me bronzear
Aquecer-me...
Procuro saber de onde venho
Talvez da magia da lua
Ou das ondas que desliza
Morrendo lentamente
Nas areias mornas da praia...
O que procuro
Quem sabe o silencio da noite
O agito das manhas
Um entardecer chocante
De um por do sol
Encanto, encanto...
Autoria- Irá Rodrigues
http://ira-poesias.blogspot.com.br/
O meio ambiente pede socorro
Cada dia vai mudando
O homem só fica olhando
Finge não ouvir e nem ver
Todo mal que ele pode fazer...
São florestas derrubadas
A mãe natureza assassinada
A terra continua chorando
O meio ambiente implorando...
O que resta vive sufocado
O povo continua calado
Rios morrendo pela poluição
Em todo lado a degradação. ..
O planeta terra pede socorro
O homem egoísta sem explicação
Vai devastando o nosso chão. ..
O meio ambiente pede socorro
Cada dia vai mudando
O homem só fica olhando
Finge não ouvir e nem ver
Todo mal que ele pode fazer...
São florestas derrubadas
A mãe natureza assassinada
A terra continua chorando
O meio ambiente implorando...
O que resta vive sufocado
O povo continua calado
Rios morrendo pela poluição
Em todo lado a degradação. ..
O planeta terra pede socorro
O homem egoísta sem explicação
Vai devastando o nosso chão. ..
Na mudança da vida
Todo fragmento é um todo
O jeito do ser
A vida se torna
Linhas curvas
Ou paralelas
É vida
É mudança incerta
Ou se erra ou se acerta...
É acerto do erro
É desejo conexo
O encontro do novo
São erros e acertos
Sem seu DEUS nada feito...
São idas e vindas
Na mudança de vida
Um desejo constante
Um verdadeiro dilema
É jogo no sopro do vento
Na beleza de um poema...
Lógica
Medir o tempo
E nele estacionei
Sem marcas
Sem rugas
Sorrir
Chorei
Ao Sol implorei...
Segui viagem
Na vida a plenitude
Cantei
Reclamei canções
Brindei nos versos
As minhas emoções. ..
No vento vagabundo
Segui o tempo
Na minha indecisão
Busquei a lógica
Perdoe a razão. ..
ENTREGAS DO AMOR
O que quer que excite
Nesse corpo de mulher
Como instrumento que clama
Alimenta ou afoga a chama...
São frequências de um sonho
São desejos antes adormecidos
Um despertar que alucina
No êxtase de momentos esquecidos...
É luar insinuando o cenário
São corpos que se fundem
Perde a hora esquece o dia
Desejo e paixão se confundiam...
No envolver levemente de corpos
No enroscar de braços e pernas
Reclina a cabeça se delicia
Entrega-se em doce magia...
Aconchega-se nos braços amado
O bater acelerado do coração
Num beijo depois do amor
A entrega de nova emoção...
Foi apenas um sonho
Era madrugada sozinha em minha cama
Seu jeito brejeiro de chegar
Um arrepio o corpo em chama
Quando vem me tocar...
Sem respirar busco teu aconchego
Gemidos e suspiros soltos no ar
O brilho no olhar quando te beijo
E digo baixinho- Vem me amar...
No fim vem aquela calma
A noite está só começando
O calor que emanava da alma
Quando vai me tocando...
No céu o sorriso da lua
Suor no rosto em forma de poesia
Gritos estridentes na rua
Foi apenas um sonho já era dia...
Vem Setembro
Mês das flores
Dos encantos
E das cores.
Agosto se vai
Setembro chegando
A rosa cheirosa
Acorda gritando :
É tempo de alegria
Despertando borboletas
De ouvir os rouxinóis
Entre flores de quimera
Saudando a Primavera...
De acordar o dia
Nesse esbanjar de flores
No encontro da aquarela
Despertando a Primavera...
O tempo passou
Daquela vida do campo
Restou apenas lembranças
Aqui o dia amanhece
Não se escuta o galo cantar
Só barulho de carro a passar...
A vida aqui é diferente
O canto do passarinho não se ouve mais
Uma loucura dessa gente
Com tão pouco de satisfaz. ..
O povo apressado mal diz bom dia
A individualidade e falta de atenção
O povo não sabe o que é alegria
Orgulhosos flutuam fora do chão. ..
Saudade do tempo que passou
Da tarde ensolarada
De tudo que encantou
Dos amigos não sei mais nada...
Que saudade do entardecer
A chuva fininha deixando a terra molhada
Da noite esperando o amanhecer
Despertada pelo agito da passarada...
Quem dera pudesse voltar o tempo
Voltar ao meu mundo de criança
Correr livre no sabor no vento
Nada volta, resta apenas essa lembrança.
Amanhã
Pode ser tarde
A vontade passa
O desejo esfria
O ontem fica no passado.
O hoje não dá mais
Tudo passa
Ou faz agora
Ou não faça mais.
Quantas vezes
Deixamos de ser
O que desejamos ser.
Perde-se a oportunidade
Vai-se embora a mocidade.
E aí
Martela no pensamento
A culpa do arrependimento.
FIZ UM POEMA PRA MIM
Tracei versos
Usei um colorido diferente
Enfeitei com flores
Perfumei com aromas de jasmim....
Usei papel azul engomado
Letras com luz de estrelas
Salpiquei com algumas lembranças
Trazidas lá do passado...
A música que escolhi
Fala muito de mim
“ Deixa a vida me levar”
Quem melhor que Zeca Pagodinho
Para o meu poema cantar...
O recheio não poderia esquecer
Coloquei a magia da lua
Os encantos do pôr do sol
E os raios de nascer do dia...
Como esquecer os desejos
Aqueles planos bem feitos
Os segredos não poderiam faltar
Dos sonhos que espero alcançar...
Se deixasse de fora meus defeitos
O poema ficaria sem jeito
Rabisquei saudades esquecidas
Até as lembranças vividas..
O que for ruim não entra no meu poema
Nem tão pouco os problemas
Os meus amigos
Esses não foram esquecidos...
Li reli, gostei do que escrevi,
Tem mais ou menos um pouco de mim
No final ficou perfeito
Com tudo que tenho direito...
O sabiá
Com esse encanto de bater asas
Saúda o mês das flores
Embelezando com suas cores
Ruas praças e casas...
Na beira da sua morada
Tão perfeito é o seu bailar
Vem numa magia cantar
Quando de manhãzinha ele acorda
Trazendo nas penas essa beleza
Misturando-se com o alaranjado pôr do sol
Imagine pousado em girassol
É a grandeza do amanhecer da natureza...
Olhando o jardim fico a admirar
Flores se misturam em sintonia
Quando ele canta em sinfonia
borboleta começam a bailar...
Momentos
Sou feita de sonhos interrompidos
De momentos despercebidos
Até de desejos mal resolvidos
Ou momentos esquecidos...
Sou feita de choros
Sem motivo sem razão
Sou atos impensados
Sentimentos machucados...
Sinto falta do que perdi
De tudo que não cumpri
Experiências que não vivi
Historias que esqueci...
Quero sim um amor constante
Carinhosos o bastante
Para me fazer delirante
Não um amor irritante...
Quero um belo jantar
Com pessoas queridas
Uma noite bem dormida
De loucura prometida...
Quero despertar na manhã
Relembrando o que sonhei
Esquecendo o que chorei
Falando o quanto te amei...
Olhos de luar
Cai sobre o mar reveste de luz
Num cenário transcendente
É calmaria reluz
É pureza na alma
É amor que seduz...
Movimentos de sonhos
Despe-se nos olhos
É lua romântica
Nesse esbanjar indecente
Vira mulher passiva
Com desejo carente...
De cores profana
Em atos de amor
Ao derramar seus raios
Nas aguas do mar
Vira fantasia
Desperta magia...
Cheias de sabor
O mar uiva sua fúria
O clímax se esvai
Acalenta a alma
Num ritmo lascivo
Para o sol se insinua...
Sou o que sou
Sou a lágrima que não brota
A ferida que não dói
Uma ave ferida
Que voa com a asa quebrada...
Sou um coração sangrando
Permitir-me trancar nas asas do desejo
Larguei minha vida no mar navegando
Retalhei minha alma em prantos chorando...
Nesse mundo de sonhos
Deixei o coração se quebrar
No mistério do mar me perdi
Das profundezas sem fim ressurgi...
Um vazio tomou conta de mim
Esse mundo não é mais meu
De todo o passado da ida
Só lágrimas de despedida...
SEDUZ-ME
Daquele jeitinho
Todo meloso
Que só você sabe
Atrevido
Gostoso
Bem carinhoso...
Beija-me
Um beijo melado
Sabor chocolate
Apaixonado...
Me desperta
Com aquele abraço
Todo apertado
Bem enroscado...
Vem comigo
Serei tua tentação
Nos versos e poesia
Até o raiar do dia...
RECANTOS DE MIM
Vivo a fantasia
Rabisco poesias
Derramo sonhos
Colho magias...
E num doce anseio
Domino o medo
Esqueço os anseios
Liberto meus desejos...
Liberto a fúria
Presa dentro de mim
Declamo o amor
Canto em verso
Busco o reverso...
E num grito de mulher
Extravaso a paixão
Que presa no peito
Arrebenta o coração...
Recanto de mim...