Irair Paes Landim Junior
Soneto 63º aniversário de Brasília
O quadradinho visto em sonho
Riquezas ocultas entre os montes
De um ponto a outro, suponho
Tesouros de abundantes fontes.
Santo Bosco a ouvir amiúde:
Quão grande é a Prometida!
Oh! veluda voz não me ilude
Leite e mel jorrarão toda vida.
Nos graus 15 e 20 deságua,
Posto que cercada por espelhos d’água,
Reflete riquezas inconcebíveis.
De Colômbia a Sul da Argentina
Guiado por vozes audíveis
Dom Bosco viu a Terra de Brasília.
SONETO AO VASCO DA GAMA
Sou vascaíno pelo meu avô
Carrego a cruz de malta pelo meu pai
Sou vascaíno pelo que o Vasco foi
Navego na caravela para aonde vai.
Amar este clube é...
Vasco da Gama é uma paixão...
Mas uma paixão indelével
Eterno como o Vasco é.
O Vasco de hoje é o mesmo de 1898
Alegrias incontáveis traz ao torcedor
Que por amor
Veste o coração com manto bajoujo.
Sou vascaíno pelo que sou
Serei vascaíno pelo que o Vasco é.
SONETO A MINHA MÃE
Estar sozinho é como estar no deserto
Sem água, sem sombra.
Estar com a mãe é como estar em pasto
Hidratado e cheia a pança.
Mãe acalenta pela presença
Palavras de amor sem pressa
Com paciência aconselha
Demonstrando amor à beça.
Estar com a mãe no deserto
O calor não maltrata
O frio não machuca
O fastio dura um período
Embora sinta um vazio
A mãe abraça com afeto.
O brilho solar matinal sorrir na alvorada
Como o lunar esplendor alumia a noite.
O calor do entardecer, posto que poente
Aquece como o sol da manhã reluzente.