Inoema Nunes Jahnke
Em cada passo que dou
Há um, que falseia o caminho
Pois sábio é o pé que premei-a
Os ladrilhos aos espinhos...
Quando a agitação vem de dentro, nós fechamos para impedir a explosão e... implodimos silenciosamente. Paredes erguidas, vida fora que segue, aqui dentro... poeira.
Queria poder te dizer pra ficar, mas já é tarde, tarde de mais pra implorar pela chuva, a semente morreu, a fonte secou... o amor desencantou.
Nós éramos inseparáveis a escolha certa, e de repente tudo ficou estranhamente errado, e cada um foi para um lado, não adianta se perguntar de quem é a culpa, certo ou errado os dois perdemos acabou, não há vencedor nós perdemos um grande amor.
Pala amigo
Meu velho pala amigo
Companheiro de vaquejada
Contigo rodeei os muros
Das geladas madrugadas.
Meu velho amigo, meu pala
Do aço provaste o gosto,
E sem fazer muito esforço
Cerzi alguns buracos de bala.
Agora descansa ai...
Deitado sobre os pelegos,
Feito a velha gaita surrada
Pelo tempo e pelos dedos.
Minuano aguerrido,
Não te faz de distraído...
Com certeza tu sabes
Da enorme saudade
Que sibila na tua canção,
Pois traz na tua garupa,
Mais que frio... traz solidão...
Brasão farroupilha
Meu velho manto sagrado de pala a coberto
Sempre com muito valor te levei na minha encilha,
Hoje te trago por cima dos meus joelhos dobrado
Pois sei que no meu passado, muito tu me cobriu
Da chuva, do vento e do frio...
Hoje... porém, estou velho não monto só pastoreis...
Quando me despedir dos arreios que encilham esta vida
E se fizer liberta minha alma farroupilha,
Te levarei jaz ali... jogado por cima,
Minha mortalha, o meu brasão farroupilha.
Desistir? Talvez não seja está a palavra…
Talvez, apenas não se queria mais insistir, a insistência o desgaste de tentar forçar algo que não se encaixa é cansativo.
Todos temos um limite e saber reconhece-lo requer muita coragem. No processo temos que descartar a arrogância e aceitar que nem sempre vamos entender os porquês, e daí, está tudo bem, MUITAS VEZES a mais força em desistir do que em continuar...
Triste não é perder um grande amor, triste é nos perdermos por conta de um amor que não é correspondido.
Sufoco-me entre paredes que se expandem cada vez mais... Tão grande foi o espaço que você deixou que o teu silêncio ecoa dentro de mim, como se fosse eu um cômodo sem mobilha, uma casa vazia, um estar sem ser... um ser desabitado de mim mesmo.
Repense seu caminho, avalie bem suas escolhas a sempre duas opções e na dúvida não escute o orgulho, ele nunca é um bom conselheiro.
Quantos nós nos unem?...
Quantos são os laços que ligam nossas vidas?...Eu mesma não sei responder,sei apenas que são inúmeros incontáveis momentos em que chegamos tão perto um do outro que ao nos afastarmos sabíamos trazer e deixar algo a mais de um no outro...
Há sempre a opção da porta aberta...
Entenda, só fica na minha vida quem realmente quiser e eu a compartilho pelo tempo que eu quiser, os cadeados foram quebrados a porta está aberta, não há mais trancas ou amarras só a liberdade do querer...
Valorizar aquela pessoa que está sempre a nosso lado, aquela que por vezes nem mora na nossa casa, não está na nossa família, mas está na nossa vida... é ser grato pelos anjos que nos rodeiam.
Vista-se de fé, perfume-se de esperança, calce-se de coragem e sigo teu caminho... informe ao medo que desistir não é nem nunca será a tua opção.
Quando o coração cansa e o inverno alcança a alma, os sorrisos ficam desbotados, feito um dia cinza qualquer, os olhos... vão perdendo o foco a visão vai ficando embaçada pela neblina permanente no campo de visão, o coração bate mais fraco como se o fluxo sanguíneo fosse um rio parcialmente congelado... aos poucos vamos ficando mais lentos, a cabeça lateja e a vontade de viver aninha-se lá no fundo em busca de calor. Quando o inverno alcança a alma é preciso força até pra respirar, eu sei... mas acredite você consegue, não se esqueça que você nunca está só Deus está sempre com você.
...Fique bem.