Ingrid Ribeiro
Sinto como se tivesse enterrado minha essência embaixo de camadas e mais camadas de terra pra não sofrer por ser como eu sou.
A vida tem essas de ser imprevisível, ora achamos que vamos morrer de amor... Ora vemos, que a única coisa que não pode morrer é o amor próprio.
Às vezes penso em ser mãe de novo
mas daí escuto chorando a filha da vizinha
e me lembro das noites que eu mal dormia e repenso, é melhor adotar um cachorro.
Gostaria de me apresentar de novo, mesmo que você tenha já tenha me conhecido. Eu não sou a mesma de 10, 5, 2 anos atrás. A essência, mas o que eu sentia antes já não sinto mais... O que eu pensava antes, provavelmente também não penso mais. A vida é essa constante mudança e se transformar é uma auto cura.
Não basta querer transparecer ser um ser de luz e cura se após demonstrar isso no Facebook tu não consegue perdoar, julga os outros como menos evoluídos e se considera um ser mais iluminado.
Ser mãe é temer, sem nem ao menos saber se vai acontecer. É amar, sempre sabendo que vai continuar amando. É ter a certeza que tu e teu filho são o verdadeiro pra sempre.
As pessoas tornam a vida mais complicada do que realmente ela é, porque as pessoas só focam nas coisas fúteis.
Quando falávamos de globalização nas aulas em 2004, que todos teriam acesso a internet e ela iria "unir" pessoas de diferentes esferas. Achávamos maravilhoso... Quem diria que ver o que as pessoas pensam verdadeiramente nos daria tanta ânsia.
Hoje eu percebo que com atitudes e situações que eu me coloquei no passado, eu fiz escolhas que são irrenunciáveis. Precisamos aprender a seguir em frente e abraçar novos lugares, novos costumes e pessoas.
Chega um tempo que é difícil acreditar em amor, sinto que tudo que veio rotulado de amor... Só trouxe dor, lágrimas e citações tristes.
Cada vez que eles fazem questão de mostrar que eu não pertenço aquele lugar, eu mostro pra eles que foda-se seus pensamentos eugenistas de supremacia branca... Nunca mais poderão proibir a gente em qualquer lugar.
Ontem chorei ao conversar com Deus, sempre tentei agradecer nas minhas orações e raramente pedir algo. Claramente, me sinto mal em incomodá-lo com meus problemas mundanos.
Deitei a cabeça no travesseiro, tive certeza que era minha criança interior ferida pedindo zelo. As lágrimas molham a fronha, meu eu adulto acolhe e sonha pelo dia que eu e ela, estaremos juntas sem medo e sem vergonha.