Inajá Martins de Almeida
Quando o autor coloca um ponto final no texto, uma nova história começa a ser contada. É o momento em que a leitura vai além do ponto...
Entre livros nasci. Entre livros me criei. Entre livros me formei. Entre livros me tornei. Enquanto lia o livro, lia-me a mim o livro. Hoje não há como separar: o livro sou eu!
A palavra traz consigo a magia de poder encontrar outras tantas palavras e tecer encontros, somente possíveis, através da grande galáxia compactuando a nosso favor.
"A literatura é a melhor prova de que a vida não chega." nos diz Fernando Pessoa.
Será que poderíamos dizer mais alguma coisa?
Seria fingidor o poeta que se vale da literatura para se eternizar, já que a própria vida não é o suficiente?
Quem dera fôssemos tão fingidores quanto poetas
que dissimulássemos dores e alcançássemos leitores.
O homem é perene, faz parte do tempo - é temporal
a obra ultrapassa o tempo - é atemporal.
Fernando Pessoa é sempre presente
poeta fingidor nosso presente.
A vida se reveste de sonho e encantamento, quando o olhar está voltado para a natureza exuberante de Deus!
Nos jardins nas praças públicas nas ruas nas chácaras florescem as mais exuberantes flores: coléus, rosas, ibiscos, manacá da serra, era alemã; são as cores fortes do outono em meio ao azul celeste da bela cidade de São Carlos.
Como deixar de imaginar o sonho de tantos que fizeram a grandeza da arquitetura desta bela cidade de São Carlos.
"O livro que entra em nossa vida, portanto, já não é mais o mesmo: já deixou de ser estático num canto da estante; agora, ele, descortinou novos horizontes para nós; já nos enriqueceu um pouco mais; já nos tirou da ignorância verbal e oral; já nos transformou; já nos cativou; já se tornou responsável por aquele que cativou."