Ighor Mattos Granado.
Há quem diga que sou bobo, por já ter sido passado para trás diversas vezes.
Sou bobo, inocente, pois minha moral é idônea, e não enxerga o mau por não praticá-lo e não conhecer suas faces.
E até que eu descubra uma forma de me tornar mais esperto sem precisar praticar o mau, sentirei-me mais feliz sendo bobo.
Uma prova de que somos imperfeitos é o fato de vivermos nessa sociedade negligente moldada do nosso jeito
Criativo de fato sou, e assumo que nunca gostei de estudar.
Pois quem estuda somente aprende.
Eu gosto de criar.
Sabe aquela musica que você adorava ouvir quando criança, e que hoje em dia você escuta achando-a insuportável, não acreditando como a escutava repetitivamente e a achava super legal?
Nossas idéias sobre a vida são a mesma coisa.
Elas mudam com o passar do tempo, junto com o nosso corpo, junto com a gente.
Tenho à minha volta um bando pessoas que desacreditam de mim.
Para muitos, isto seria um motivo para o desânimo.
Mas para mim, serve de combustível, e me da mais força para continuar.
Para que daqui a algum tempo, eu olhe novamente à minha volta e tenha o prazer de ver um bando de pessoas surpresas.
Durante a nossa vida, ao longo do tempo, veremos passar vários cavalos a nossa frente. Grande maioria deles será da cor marrom, que é a cor mais comum. Porém, dentre milhares de cavalos marrons, sempre terá um diferenciado, da cor branca. Todos eles passarão correndo e poderemos montar em qualquer um para seguir nosso caminho. O cavalo branco é atípico, sempre lhe chamará mais atenção, e sempre será o mais veloz, sendo assim mais difícil de montar. Creio que esses cavalos representem os caminhos que podemos seguir em nossas vidas, e logicamente, o cavalo branco é a nossa melhor escolha, aquela que só passa uma vez, e temos de estar preparados para não perdê-la. Não que os outros caminhos sejam necessariamente errados, mas se caso vir a perder seu cavalo branco, poderá escolher montar em um cavalo marrom, ou se esforçar, ser forte o bastante e ter coragem de largar tudo e correr atrás de seu cavalo branco. Pois podemos sim fazer as nossas melhores chances, através de melhores escolhas.
Não fique triste por não ser reconhecido, na maioria das vezes a culpa não é sua, as pessoas estão cada vez mais individualistas, levianas..
Não adianta você ser honesto, você tem de ter status.
Não adianta dar o seu melhor, querer agradar;
não vão te dar valor se não puder comprar.
Já tentei compreender, e tive paciência;
mas não existe mais inocência.
Amor virou piada, não presta mais pra nada.
Se você tiver fama, não faltará companhia em sua cama!
Você tenta ser diferente de todos os outros, especial, e costumam dizer que você é engraçado.
Não adianta tentar compreender, tentar explicar, tentar mudar.
As pessoas perderam a essência, perderam o valor;
o amor.
No dia em que o caráter for mais valorizado que a carteira, estarei em paz para escrever sobre o amor.
Hoje em dia presume-se a má fé das pessoas, o que corrói diretamente qualquer tipo de relacionamento.
Conversa Comigo Mesmo - Crônica.
Às vezes o silencio me faz companhia e fico a lembrar de todo o tempo que passou, e tanta coisa mudou de lá pra cá. Sentado em uma mesa de bar, tomando minha cerveja, vejo a moça que ali passa. Veio-me a cabeça meus tempos de menino, onde a bola rolava e outra pessoa que pegava se tornava o novo amigo. Era tão simples, dizíamos “olá” e não havia receio alheio, dali pra frente era só entrar na brincadeira. Voltávamos pra casa, todos sujos de poeira, com um sorriso no rosto e já pensando o que fazer no dia seguinte. Tempo bom, eu era inocente, podia chamar alguém pra ver filme lá em casa, ou mesmo passear pela praça. Fico a pensar, se eu ainda fosse menino, e a tal moça que passou fosse também, eu a convidaria para tomar um suco, ou apresentaria para os meus amigos, afinal, era mais uma para brincar de pique esconde!
Claro que hoje em dia meus planos seriam outros, às vezes me falta alguém para poder conversar, assim como neste momento, que estou aqui sentado nessa mesa em uma linda tarde de sol, tomando uma cerveja estupidamente gelada e não tenho ninguém para compartilhar este prazer.
Mas o problema é que parece que se criou uma espécie de casca de proteção em todas as pessoas. Vamos ficando mais velhos e temos a tendência de pensar que todo estranho é perigoso, que temos que ter cuidado com tudo e todo mundo. Diversas vezes temos vontade de conhecer aquela pessoa que malha na mesma academia que nós, ou que encontramos todo domingo no supermercado, e ficamos a imaginar alguma forma de puxar assunto, com o intuito básico de conhecer, seja porque somos atraídos pela aparência, ou por que ouvimos alguém dizer que ela gosta de uma determinada coisa que nós também gostamos, não importa o motivo. A partir daí tentamos uma aproximação e a pessoa até nos trata com educação, responde a pergunta, mas notamos aquele ar de receio, e imaginamo-la pensando: “O que será que ele quer? Eu nem o conheço!”. Parece que passa todo tipo de desconfiança na cabeça da pessoa, o que não a impede de responder, mas logo encerra o assunto. Por mais que você tente continuar a conversa, ela sempre responderá, mas não comentará nada, excluindo assim qualquer chance de levar o assunto para frente.
Não dá, quando um não quer, dois não conversam! Diversas vezes, fui tentar fazer uma nova amiga e me acontecera tal fato, as mulheres pensam que queremos apenas levá-las para a cama. Com as elas já acontece exatamente ao contrário, elas puxam um assunto, e o cara já acha que ela está ansiosa para sair com ele. Ou seja, com isso elas criam esse receio, de não dar muita idéia, que se transforma em um jogo de pingue-pongue, pois os homens também ficam com receio de chegar e terminarem sem graça alguma, e que acaba dificultando qualquer tipo de relacionamento pessoal.
Infelizmente o mundo que vivemos tornou-nos assim, não há mais a inocência que tínhamos quando crianças. Está cada vez mais difícil fazer novos amigos. – Pense um pouco, e reflita sobre quantas vezes você já deve ter perdido a chance de conhecer pessoas que poderiam ser incríveis, e por medo, afastou-se dela, sem ao menos dar a chance de se conhecerem.
Claro que não podemos também nos abrir por completo logo de cara, os perigos existem, mas também não se feche por completo. Seja maleável, forme sua própria opinião, ao invés de viver das já formadas. O mundo muda, as pessoas mudam, e isso tem de acontecer também com nossas opiniões sobre a vida.
Tomo o ultimo gole, e vejo a moça entrar em seu carro e partir. Eu poderia ter puxado assunto com ela, mas tive medo de ser ignorado, me protegi disso, mas logo penso que poderia ter dado um resultado diferente. Arrependo-me mais uma vez.
“Hoje em dia presume-se a má fé das pessoas, o que corrói diretamente qualquer tipo de relacionamento.”
Me interesso em quem se interessa por pessoas interessantes, desde que não seja aquele interesse interesseiro por pessoas com status ou dinheiro.
A Bailarina.
O sorriso estampado em seu rosto
esboça a leveza em seu corpo;
na ponta dos pés, graciosa.
Serena, pura, vaidosa;
seu charme firme estremece;
meu coração que queima e aquece.
Seu sorriso que marca na mente;
o beijo selado ardente;
que destrói imagens da solidão
Equanto pisa no chão;
se solta, toca o meu coração.
Nem sempre o que as pessoas dizem condiz com que elas sentem.
Às vezes a gente omite, diz o que é melhor dizer
Pois certas coisas não deveríamos saber, muito menos sentir.
Não vivo para que as pessoas gostem de mim, vivo para ter orgulho de ser quem sou, e me diferenciar de todos os idênticos.
Às vezes nossas ideias são vistas como erradas, mas não porque elas de fato estejam, e sim pelo fato de algumas pessoas serem limitadas demais para entender o sentido de nossos pensamentos.
Cheguei um dia a acreditar que havia conquistado o auge da maturidade, pelo simples fato de seguir minhas próprias ideias, e buscar meus objetivos independentemente da opinião alheia, tendo minha própria personalidade.
Hoje percebo que fui um tolo, e que por melhores que tenham sido as minhas intenções, descobri que o mundo não tolera ideias formadas, que um simples desenho pode despertar várias interpretações, levando-me a crer que devemos ser maleáveis, usando nossa experiência que fora adquirida com o tempo, mas tendo sempre em mente que em certos momentos deveremos nos adequar às mudanças e os anseios da sociedade, sem nos desviarmos totalmente do objetivo principal. O que não exclui a possibilidade de amanhã, ou mais tardar, eu descobrir que esta opinião não é nada diante do que a real maturidade represente, pois, a única certeza que possuo, é a de que sempre me darei chances de mudar.