Idenir Ramos

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Minha pátria,
Meu Brasil,
Terra onde os pássaros cantam em português
e os ventos uivam poemas de Gonçalves Dias e Castro Alves.

Inserida por ideniramos

Meu legado é essa linha que acabei de escrever.

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Como são belos estes dias vagarosos
Onde a luz do sol dança com a sombra das árvores.
É nesses momentos lânguidos que colho imagens para meus futuros sonhos.

É hora de apanhar o violão, limpar a poeira
E musicar a dor dessa rejeição.

Platão expulsou os poetas de sua república,
Eu expulsarei os filósofos da minha.

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O poeta é apenas um homem
Que foi surpreendido enquanto olhava para dentro de si
Um homem que subitamente apanhou seu pensamento em palavras e suas emoções em harmonia
Maravilhado resolveu pintar na realidade as nuances dessa descoberta.

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Meus passos descompassados
Ora lentos
Ora apressados
Deixando marcas pelas areias do tempo
- Aposto que quem eu menos imagino os seguirá
pensando que eu sei para onde estou indo.

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Que monstro cegou meus olhos e fez com que eu não enxergasse o amanhã?

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Eu só queria desligar o celular
E partir por aí, sem rumo
Queria parar de me preocupar
Com sucesso e fracasso
Enfim, deixar as coisas como estão

Eu só queria seguir a brisa,
Buscar o pôr do sol distante
Sem nenhum pensamento
Senão a respiração do meu pensamento

Nas cordas do tempo
As notas que ressoam
Dizem-me tão pouco
Sobre o que devo ser e sonhar

Talvez eu seja apenas um castelo de areia
No deserto de uma ilusão.
Talvez eu nem exista mais depois que o sol se for.

Inserida por ideniramos

Primeiro aprendemos a viver, depois a pensar, e por fim aprendemos a pensar sobre a vida - e é aqui que realmente tudo começa.

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Minha vida é um exílio na Sibéria.

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Primeiro vem à solidão, depois a loucura, depois a euforia e por último, talvez, a sabedoria.

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A política é uma piada de mau gosto.

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Saber que existem somente dos caminhos já é meio caminho andado.

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Amor.
Furor.

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Minhas escolhas pesam mais à medida que o tempo passa.

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Tudo que é feito com sinceridade pode um dia tornar-se eterno.

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Aqueles livros que ali jazem empoeirados sobre a prateleira são meus cartões postais e os mapas de onde meu pensamento esteve.

O sol nascendo urgente e cálido, descortinando meu hoje, chamando-me para a vida e empurrando-me para o precipício...

Escrevo, não porque eu saiba ou tenha grandes pretensões.
Escrevo porque a folha esta em branco e a cabeça demasiada cheia.
Escrevo para enfrentar a insônia na noite e preencher a lacuna do dia.
Escrevo porque sinceramente não cogito não escrever.
Escrevo para desvelar ideias, alimentar a imaginação.
Escrevo para edificar no papel um absurdo qualquer.
Escrevo tomado de euforia, as vezes entorpecido de café.
Escrevo para desvendar o mundo, descortinar mistérios.
Escrevo porque espero alguma coisa, uma retratação do tempo talvez.
Escrevo por vicio, não por virtude, se eu fosse prudente recolher-me-ia ao silencio onde a dignidade repousa.
Escrevo por contradição, por pura vontade de perturbar as letras.
Escrevo sem preocupar-me com nexo ou beleza ou sabedoria.
Escrevo porque sou louco e minha loucura abomina laconismo.
Escrevo para resguardar as cinzas da vida na ânfora perene da literatura.
Escrevo porque quero escrever, oras....

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Diga apenas o que preciso ouvir para me apaixonar

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Idiossincrasias

A forma como visto meu sapato
como sempre prefiro um casaco preto
o jeans surrado, sempre o mais confortável
as músicas que fazem minha cabeça
e me fazem sorrir já pelo amanhecer
os fones sempre nos ouvidos
uma batida compassada
uma guitarra arrebatadora
uma voz altissonante
meu cabelo desgrenhado - minha vaidade

As frases impactantes
que tenho sempre na ponta da língua
as ruas por onde andei e sempre retorno
as arvores que admiro e desenho
a sombra projetada pelo vôo do pássaro
sobre as pedras - a sombra que eu queria poder pintar num quadro com cuidado e elegância

Meu cérebro, meu intelecto
as memórias que retenho e sempre visito
dia após dia beijo a boca das mulheres
que amei um dia
uma a uma, beijo sobre beijo, beijo e mais beijo, infinitas camadas sobrepostas de beijos
Céus como eu amo os lábios femininos!
as palavras que elas usam para me ferir
ou me conquistar ainda mais
a forma como conseguem tudo de mim
com apenas um toque ou um olhar meigo

A curva do amanhã, o horizonte resplandecendo
a sepultura que jamais me assusta
meu epitáfio já escrito e corrigido
a esperança - minha mão sendo segurada no escuro pela fé

As brigas e as discussões com meu pai
as brigas um pouco mais suaves com a minha mãe
as brigas com meus irmãos e amigos
o arrependimento instantes depois

As palavras que li nos livros
dos clássicos aos best sellers
a ordem enlouquecedora das palavras no dicionário
os poemas, eternos poemas
de todos os grandes poetas

Meus passos sorrateiros pelas avenidas da morte
- sou amigo do abismo a tempos
meus vicios, minhas loucuras
minha vida enigmática
como um conto de Jorge Luis Borges

Minha vontade de escrever sem parar
rasgando a carcaça do tempo
cuspindo sobre tudo que se diz beleza e não é

Eu, minhas idiossincrasias
meu modo de pensar e agir
de repensar e desistir ou prosseguir

Minhas indagações filosóficas e teológicas
meu estoicismo misturado com epicurismo
meu cristianismo livre, solto, despojado
minha profunda admiração pelo eclesiastes

Meus dias cinzentos, azuis
as manhas cheias de sol e sentio
as tardes sempre sonolentas
as noites sedutoras, enluaradas

O perfume das primeiras flores da primavera
a possibilidade de visitar a praia no verão
o outono camaleônico e amarelecido
a pressa de me abrigar do frio do inverno - a gripe

Novamente a presença da morte
e do amor
binomia que me intriga
o que é melhor inexistir ou amar e ser amado?
na morte não existe sofrimento
no amor o sofrimento é presença constante
não amar é não viver

Não disse tudo, sempre fica algo por dizer
que se dane! Tudo é devaneio, palimpsesto de sonhos, pesadelos, delírios.

Inserida por ideniramos

Um silêncio dentro de outro silêncio:
O que ela não quis me dizer, dentro do que ela pensou em me dizer, mas não disse.

Sou aquele tipo de sujeito que aprendeu a ler as entrelinhas das entrelinhas, traduzo lacunas, percebo o inexprimível, sou meticuloso, concentrado e por isso o mundo é meu, as mais suaves nuances da comunicação humana me são familiares, nada me é estranho ou absolutamente novo.
As palavras não precisam estar impressas para serem lidas; as palavras são os signos sagrados sobre os quais se movem nossos espíritos.
E quando ela tentou guardar a sete chaves o que seu coração gritava, gesticulava e escrevia em letras garrafais ficou mais patente meu talento sobrenatural de entender almas, descobrir mistérios.
Talvez uma das diferenças entre eu ela seja, olhem só, Clarice Lispector: Ela vive citando Clarice, e eu vivo o que ela vive citando. Confesso que devo muito a ela e muito a Clarice se não fosse por essas duas mulheres eu seria um homem...um homem normal.

Inserida por ideniramos

Sou um homem solitário. Aquele que estava sentado ali no canto e você ignorou.

Inserida por ideniramos

Na loucura de me perder pelas minhas visões fui achado.

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