Hudson Henrique

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⁠De todas as agonias possíveis,
posso afirmar que:
a felicidade é completamente individual.

Por que quando a face olha as horas,
é o tempo que está aceitando o indivíduo;
já que nele não cabe mais nenhum minuto que sobra.
E tudo que resta, são os segundos que me deteriora.
Em meu relógio no punho que não sabe mais ver as horas.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Me sinto um pedaço de rolha nas entrelinhas da imensidão pluvial; que bate em minhas ondas e me faz entrar água nas orelhas, sentindo aquele riso inocente e frágil da minha criança quando pequena.

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⁠Me sinto como uma casa velha de madeira, fazendo barulho a noite;
assustando quem eu queria que ficasse mais perto.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Não me tire a incerteza,
pois é a única dádiva que tenho da vida.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Até o dado momento presente que já passou.
Seu passar da ponta de dedos pelas minhas costas.

Seu olhar me comia, faminta.
Permiti.

Sempre irei permitir.

Inserida por HudsonHenrique

Procuro a felicidade em buracos sem fundo,
em latas de sardinhas e batatinhas fritas.

Busco fugir de tudo que foge de mim.

Inserida por HudsonHenrique

A estado de espírito é a decadência das coisas.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Nas suas veias Interurbanas;
vem me discar a cobrar,
vem me matar de todas as formas.

Vem ser o que você tem medo.

Inserida por HudsonHenrique

⁠O telefone nunca toca.
Perco o foco nos meus afazeres.

Troco os talheres, limpo a mesa, enxugo a pia;
e a cidade ainda chora continuando vazia.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Todas as escritas acabam aqui.
Nunca faz ou fizeram diferença.

Sempre alguém morre o tempo todo;
e às vezes não é enterrado.
O funeral acontece aos poucos,
sendo velado sob risadas escalafobeticas
de quem você achava que era importante.

E aos poucos,
me consideraria bom o suficiente pra desparecer lentamente; sem comoção de aplausos.
Sumir ao poente de uma alvorada lenta e desperdiçada em minha cama infinita e dormente.

Sempre alguém deixa de existir,
e não é por escolha.
Você segue as massas ou se contenta com uma solitude inaceitável e desvastadora. Não há outra escolha.
Sua mente não se aconchega.
E eu não sigo ninguém que pensa igual ao outro.

Por que me sinto tão suficiente,
que os assuntos discutidos ao meu pé do ouvido
são totalmente desinteressantes e sem brilho.
Pudera eu poder rir das mesmas velhas piadas e me considerar sortudo por isso.
Elas são desgastantes e ingratas, confusas, chatas e arrogantes, sem graça.

Teu sorriso inibido contra meu pudor,
pode me desencadear tanta maldição.
E teus elementos atirados ao fogo,
me colocaram colares sufocantes; esperando de mim o que eu não posso entregar.
Nunca serei páreo, nunca serei ácido, nunca serei sério.

Alguém morre o tempo todo.
E essas são minhas últimas frases estacadas em uma estaca no chão, que não sobrarão, senão, caliças e destroços de mais uma vez que "tentei ser" o que alguém procurava. A última vez que fui enganado por sentimentos em formato de migalha.
E os acontecimentos precoces que me ponderaram a escória de passar por tantas guerras sem armas, me tornaram infrágil diante de todas as carcaças que levei diante minhas costas.

Então,
o que apaga de repente
não causa alarde constante.
E ser facilmente esquecido
na estante
é o que mais desejo.
Nunca serei constante.
E essas são as últimas frases que escrevo nessas lápides.
E meus fios de cabelo se desvanecem diante a escuridão de madeira.
Minha barba cresce junto com a arrogância, com a impertinência, e me torno tão frio que já não me reconheço mais.

Meia dias delongos,
esvairados: no tempo certo da minha loucura sentimental.
É tão barato não ter um preço a se pagar.

E minhas dividas estão sanadas diante seu inquérito de passagens de idas e voltas; abrindo machucados sarados.
Como se eu pudesse tapar todos os seus buracos.

Fui uma caravela que soprava teus dias, fazendo dele um dia bom.
Fui embarcação, que você se apoiou e usou pra se esquecer de si mesma.
Sem mais,
navegar não é e nunca foi preciso.

Aceno.
Ninguém balança à mão do horizonte.
Nada corresponde.
E Todas as escritas acabam aqui.
E me vou junto com elas.

E como se eu não fosse nada,
se faz de indiferente
no meio de tanta gente
que só queria
contabilizar mais um digito
em sua cadeia alimentar.

Se faz de diferente,
no meio de tanta indiferença
que não fez, se quer, nenhuma sequência
em meus atos,
degradando minha inocência.

E como se eu não fosse nada: se esquece fácil.
Se desloca, novamente, pra sua quietude,
me separando do resto do mundo.
Me excluindo de tudo que julga ser incorreto.
Me esquecendo como um passar de vento mechendo seus lençóis na janela.

Já não há mais motivo pra seguir.
Eu amo vocês,
mas é tarde.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Achei algo que valia a pena; mas não era você.

Sempre acabei ficando com o resto que os outros deixaram; com os pesos,
e as malas prontas, cheias de insegurança.

Quais nunca ficaram de verdade em mim.
E que se foram quando se supriram de suas necessidades.

Não quero mais tentar curar ninguém.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Se pecados realmente existem,
eles são pagos em vida,
não em morte.

Em morte
se descansa dos outros,
não de nós mesmos.

Inserida por HudsonHenrique

⁠As decepções do passado
não podem interferir
nas suas escolhas do futuro.

Inserida por HudsonHenrique

Já escrevi tanto sobre tantos,
que me perco entre meus entretantos.
No entanto,
sou vírgulas ao invés de pontos.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Sonhar é um quesito obrigatório para se manter a ilusão da vida.

Inserida por HudsonHenrique

Agradecer o que vem depois da tempestade é saber apreciar o aprendizado dentro das adversidades.

⁠O significado da vida é morrer várias vezes enquanto você a vive.
É renascer a cada fracasso.
É cair e se desintegrar ao mínimo.
Mas enquanto você respirar: você luta. Você grita, e você corre.

Viver não é o encontro do fim ou da morte.
Viver é desistir todo o dia, e mesmo assim,
continuar a insistir no que você acha que vale a pena.
Apenas você sabe dos seus próprios valores.

Viver é só morrer depois que você aprender a lutar contra si mesmo: o seu pior inimigo.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Minha noite tem sonos picados,
e sonhos sem fio na faca cega que segue afiada.

Um cachorro late na alvorada amarga,
nos travesseiros do peito
com palavras encravadas.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Se um dia eu alcançar a perfeição de algo que faço, logo,
deixarei de fazer.

Alcançar o limite,
lhe cria um teto;
limita o homem.

E não quero nada que impeça de chover sob minha cabeça.

Inserida por HudsonHenrique

⁠Quantas coisas te machucaram sem ao menos te tocar?

Inserida por HudsonHenrique

⁠Na morte você será menos do que é agora.

Inserida por HudsonHenrique