Honoré de Balzac
O mágico pincel, as musas lisonjeiras
Nem sempre adornarão estas folhas ligeiras
Com seu festivo encanto.
Mas a furtiva mão de minha bela ama
Muita vez me dirá sua secreta flama
Ou o seu mudo pranto...
Quando velhinha, a estas páginas fanadas,
Ela vier indagar das coisas encantadas
Que o futuro lhe diz,
Queira então o Amor que a fecunda lembrança
Dessa viagem feliz,
Seja doce de ver como um céu em bonança!
- Não poderíamos contentar com esta felicidade?
E o pobre poeta cometia a tolice de responder: - Sim.
O verdadeiro amor é eterno, infinito, sempre semelhante a si mesmo; é igual e puro, sem demonstrações violentas; vê-se de cabelos brancos, sempre jovem no coração.
São as boas qualidades e não a beleza de uma mulher que fazem casamentos felizes. A mulher que nos ama sabe fazer-se bela.
"Muitos homens de ação são propensos ao fatalismo e muitos homens de pensamento acreditam na providência."
Atrás de toda grande fortuna há um crime.
Nota: Adaptação do pensamento original.
A poesia, a pintura e todos os sublimes gozos da imaginação, têm sobre os espíritos elevados direitos imprescritíveis.
Há duas histórias, a oficial, mentirosa, Ad Usum Delphini, e a secreta, em que estão as verdadeiras causas dos acontecimentos, história vergonhosa.
O segredo das grandes fortunas sem causa aparente é um crime esquecido porque o serviço foi bem-feito.
Não existem princípios, apenas fatos.
Não existe o bem e o mal, apenas circunstâncias.
O homem superior apoia fatos e circunstâncias a fim de guia-los.
Se houvesse princípios e leis fixas, as nações não as mudariam como mudamos de camisa, e não se pode esperar de um homem que seja mais sábio do que uma nação inteira.