Hermes Fernandes
Algumas vezes perdoamos pessoas que nem notaram o quanto nos machucaram. E se depender de nós, jamais saberão.
Orar por um desafeto, pedindo que Deus use de misericórdia com ele, em vez de usar de juízo, requer que perdoemos sem reservas e não nos frustremos quando somos atendidos.
O bônus é de quem é perdoado. O ônus é de quem perdoa. Simples assim. Porém, complicado na prática. Só amor nos habilita a isso.
Quando nos desencantamos ao aproximarmos de alguém, percebemos que o que sentíamos não era amor, mas apenas ilusão.
Amar é atravessar o abismo que nos separa do outro, preservando ao aproximar-nos o mesmo sentimento que tínhamos enquanto estávamos longe.
É fácil amar quem está distante. Difícil mesmo é amar o próximo. A proximidade revela relevos antes ocultos pela distância.
Nosso alvo deveria ser ter cada vez menos razão para nos arrepender. E para tal, temos que acertar mais, errar menos.
Devemos defender aguerridamente o direito de expressão, mesmo que isso signifique queimar ou ridicularizar algo que nos seja tão caro.
Não o convido a receber uma bênção, mas para ser uma bênção para o mundo. Você é a resposta de Deus à oração de alguém...Descubra como.
Enquanto o Antigo Testamento diz que devemos ser cabeça em vez de cauda, o Novo Testamento insiste que devemos ser membros uns dos outros. Ninguém precisa estar por baixo, pra que estejamos por cima. A graça nos nivelou!
O reino de Deus não trabalha com categorias como lucro e prejuízo, ganhos e perdas. O que vale nele é a partilha motivada por amor.
Que ninguém necessite perder para que eu possa ganhar. Que minha vitória não custe a humilhação de ninguém.
Mesmo não tendo por perto quem gostaríamos, deveríamos ser gratos pelo simples fato dele existir. Compartilhamos o mesmo chão, o mesmo ar, o mesmo pulsar, o dom da contemporaneidade. Isso não incrível?
Não há meio termo. Ou somos cristãos subversivos, ou somos subvertidos. Ou sabotamos o sistema ou nos tornamos engrenagem dele.
De que adianta deixarmos a porta da gaiola aberta, se cortamos as asas do pássaro? De que adianta chamá-lo à liberdade, se ele prefere o comodismo da prisão?
Uma gota de evangelho diluída numa caixa d'água de ideologia não passa de placebo. Não cura nada e ainda deixa um gosto amargo na boca.